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segunda-feira, 31 de maio de 2010
MOÇAMBOLA-2010 - Costa do Sol, 0-Desportivo,1: Valente “tiro” de Muandro
NUMA partida de futebol muito “amarrada” a meio-campo e com os jogadores muito presos à táctica de contenção de bola implementada pelos técnicos, Muandro, médio ofensivo do Desportivo, acabou sendo o mais esclarecido, já que foi dos seus pés que saíram algumas das melhores jogadas e um valente “tiro” que deu a vitória sobre o Costa do Sol, por 1-0.
O golo de Muandro, apontado na sequência de um livre directo, a cerca de 30 metros da baliza, levantou o campo do Costa do Sol até os adeptos “canarinhos” terão se deliciado com aquela verdadeira obra de arte.
Momento sublime do clássico entre o Costa do Sol e o Desportivo, que aconteceu já perto do final da primeira, e que de certa forma veio trazer mais competitividade e interesse para os escassos três minutos que faltavam e para a etapa complementar. É que se assistiu, em particular nos primeiros 45 minutos, a um jogo muito combativo na zona central do meio-campo com Mambo, Escuro, Diogo, do Costa do Sol, e Nelinho, César Bento e Muandro, do Desportivo, a digladiarem-se pela posse da bola.
A emoção fora das bancadas não correspondia ao futebol praticado. Muitos passes falhados. As defesas superavam quase sempre os homens mais adiantados e quando não estavam lá eram os guarda-redes que se impunham como aconteceu aos cinco minutos quando Tó cabeceou para uma defesa espectacular de Gervásio. Este lance e o remate de Binó, por cima, aos sete minutos, foram duas excepções no respeitante a jogadas de perigo junto a uma das balizas.
Mas na segunda parte, graças ao referido golo de “bandeira” de Muandro houve mais espaço, visto que o Costa do Sol foi obrigado a correr atrás do prejuízo, no entanto, abria lacunas que eram bem aproveitadas pelo Desportivo que tinha em Muandro um quebra-cabeças por força da cavalgadas pelo flanco esquerdo e nos lances de bola parada.
Aliás, quando jogados oito minutos da segunda parte, Muandro na cobrança de um livre directo quase fazia o segundo golo, valeu a atenção de Antoninho que defendeu para canto. Na sequência desse canto, Binó poderia ter feito o golo da tranquilidade para os “alvi-negros” que entraram melhor em jogo, quando se pensava que seriam os “canarinhos” a acercarem-se com perigo da baliza à guarda de Gervásio.
O certo é que o Costa do Sol jogava sem alegria, embora viesse de duas vitórias consecutivas parecia uma equipa abatida animicamente e à procura de identidade. Não conseguiu encontrar-se, nem as arrancadas de Josimar pelo corredor central que puseram nalgumas vezes a defensiva em sentido, chegaram para catapultar para uma exibição que lhe permitisse, pelo menos, empatar o jogo.
Só por uma vez, os comandados de Mandigora, que ainda não se sentou no banco, criaram perigo por intermédio de Valdo, aos 66 minutos. De resto, o Desportivo, mesmo com uma defesa e ataque refeitos devido as ausências de Zainadine Júnior, Baúte (centrais), Steven e Tico-Tico (avançados) soube portar-se muito bem. Jogou como conjunto e com um elevado espírito de união entre os sectores.
Destaque para o jovem avançado Jojó que começa a ganhar a confiança de Akil Marcelino.Mateus Infante realizou um bom trabalho. Soube controlar o jogo mesmo quando a tensão tendia a subir dentro das quatros linhas.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITROS: Mateus Infante, auxiliado por Daniel Viegas e Ivo Francisco. Quarto árbitro: Paulo Buque.
COSTA DO SOL: Antoninho; Kito, Manuelito, João Mazive e Dito (Maradona); Mambo (Payó), Diogo e Escuro (Valdo); Ruben, Josimar, Escuro e Tó.
DESPORTIVO: Gervásio; Emídio, Munino, James e Cândido; Nelinho, Cesár Bento, Muandro e Isac (Tchitcho); Binó e Jojó (Santos)
ACÇÀO DISCIPLINAR: Cartão amarelo para Kito, do Costa do Sol, e Cândido, do Desportivo.
GOLO: Muandro aos 44 minutos.
Ivo Tavares
MOÇAMBOLA-2010 - Liga Muçulmana tomba em Lichinga
A LIGA Muçulmana tombou em Lichinga (0-1) na décima jornada do Campeonato Nacional de Futebol (Moçambola-2010) e atrasou-se na corrida ao primeiro lugar, estando neste momento há dois pontos do líder Ferroviário de Maputo, que na sua deslocação à cidade da Beira empatou com o Sporting a duas bolas.
No confronto mais aguardado da ronda, o Desportivo derrotou ontem o Costa do Sol por 1-0 no terreno deste e subiu do sexto para o quinto lugar em troca com o Ferroviário da Beira, que na tarde de sábado foi derrotado pelo Maxaquene também por uma bola sem concorrência.
Os “canarinhos”, que vinham encetando uma fuga dos lugares de despromoção, ontem voltaram a cair perante os “alvi-negros” e mantiveram-se na oitava posição com 10 pontos, agora de parceria com o FC Lichinga. A outra formação que está a fazer furor no Moçambola é a HCB, que na recepção ao Matchedje saiu mais uma vez vitoriosa por 1-0.
O Vilankulo FC, por sua vez, manteve a senda de vitórias em casa, batendo o Ferroviário de Pemba por 1-0. O Atlético Muçulmano perdeu a oportunidade de conquistar os três pontos ao consentir um empate a um tento diante do Textáfrica. Após a realização desta jornada, como já o dissemos, o Ferroviário continua líder destacado com 26 pontos, mais dois que a Liga Muçulmana.
A HCB mantém-se na terceira posição com 19, o mesmo acontecendo com o Maxaquene, que com 18 vai em quarto. O Desportivo é quinto com 16. O Ferroviário da Beira e Vilankulo FC, com 15 cada, ocupam as posições imediatamente a seguir. O Costa do Sol e o FC Lichinga constituem uma parelha, com 10 pontos. Depois segue-se um trio com nove constituído pelo Matchedje, Sporting e Textáfrica, este último abaixo da linha de água.
O Atlético vai em penúltimo com sete e o Ferroviário de Pemba em último com apenas três. A próxima ronda tem como partidas mais aliciantes a Liga Muçulmana-Maxaquene e Ferroviário de Maputo-Ferroviário da Beira. Os “canarinhos” viajam para Beira, onde lhes espera o Sporting. O Desportivo e o Matchedje recebem o Vilankulo FC e Atlético, respectivamente. O FC Lichinga desce para o planalto para medir forças com o Textáfrica. A HCB desloca-se ao terreno do Ferroviário de Pemba.
MOÇAMBOLA-2010 - Ferroviário reforça liderança
O FERROVIÁRIO de Maputo escorregou na Beira ao consentir um empate a duas bolas frente ao Sporting local, mas ganhou vantagem de mais um ponto sobre a Liga Muçulmana, que na sua deslocação a Lichinga, perdeu por um tento sem concorrência.
Estas foram as maiores surpresas desta décima jornada do Moçambola, sem tirarmos o mérito à vitória do Desportivo sobre o Costa do Sol, por 1-0, o que lhe permitiu subir mais um degrau na tabela classificativa (do sexto para o quinto).
O Maxaquene também não deixou os seus créditos por mãos alheias. Sofreu a bem sofrer, mas saiu vitorioso diante do Ferroviário da Beira, por uma bola sem concorrência. A HCB, por sua vez, está mesmo electrizante. Ontem recebeu e bateu o Matchedje, por 1-0, o mesmo resultado conseguido pelo Vilankulo FC em casa diante ao Ferroviário de Pemba. Aliás, os representantes de Inhambane não perdem em casa desde que a prova se iniciou, enquanto o FC Lichinga conseguiu o seu primeiro triunfo perante o seu público.
O Atlético Muçulmano é que desperdiçou uma soberba oportunidade de fugir dos lugares incómodos, ao permitir que o Textáfrica lhe impusesse uma igualdade a um tento. Na actual classificação, destaque vai para a subida do FC Lichinga do 12º para o nono lugar. A próxima jornada, portanto a 11ª, contempla os encontros Ferroviário de Maputo-Ferroviário da Beira, Sporting da Beira-Costa do Sol, Desportivo-Vilankulo FC, Ferroviário de Pemba-HCB, Matchedje-Atlético, Textáfrica-FC Lichinga e Liga Muçulmana-Maxaquene.
Estas foram as maiores surpresas desta décima jornada do Moçambola, sem tirarmos o mérito à vitória do Desportivo sobre o Costa do Sol, por 1-0, o que lhe permitiu subir mais um degrau na tabela classificativa (do sexto para o quinto).
O Maxaquene também não deixou os seus créditos por mãos alheias. Sofreu a bem sofrer, mas saiu vitorioso diante do Ferroviário da Beira, por uma bola sem concorrência. A HCB, por sua vez, está mesmo electrizante. Ontem recebeu e bateu o Matchedje, por 1-0, o mesmo resultado conseguido pelo Vilankulo FC em casa diante ao Ferroviário de Pemba. Aliás, os representantes de Inhambane não perdem em casa desde que a prova se iniciou, enquanto o FC Lichinga conseguiu o seu primeiro triunfo perante o seu público.
O Atlético Muçulmano é que desperdiçou uma soberba oportunidade de fugir dos lugares incómodos, ao permitir que o Textáfrica lhe impusesse uma igualdade a um tento. Na actual classificação, destaque vai para a subida do FC Lichinga do 12º para o nono lugar. A próxima jornada, portanto a 11ª, contempla os encontros Ferroviário de Maputo-Ferroviário da Beira, Sporting da Beira-Costa do Sol, Desportivo-Vilankulo FC, Ferroviário de Pemba-HCB, Matchedje-Atlético, Textáfrica-FC Lichinga e Liga Muçulmana-Maxaquene.
MOÇAMBOLA-2010 - HCB,1 –Matchedje,0: Resultado enganador
A HCB venceu ontem o Matchedje por uma bola sem resposta, com um grande golo de Amílcar à passagem dos 28 minutos do jogo.
Os “militares” foram os primeiros a darem sinal de querer resolver o jogo logo nos minutos iniciais, executando lances curtos, onde Julinho, Cufa e Tchitcho eram autênticos quebra-cabeças aos defensores Bila, Mucuapele e Calima. Nos primeiros 10 minutos, o Matchedje beneficiou de dois pontapés de canto e quatro remates dos quais, dois bem defendidos por Chico.
A HCB aos poucos foi se organizando e aos 18 minutos, Amílcar, depois de receber a bola de Henry, correu até à linha final e fez um cruzamento para a grande área, tendo a bola caído na cabeça de Danito Nhamposse que atirou por cima do travessão com o público a gritar golo.
Os treinadores das duas equipas que se mantinham sentados nos seus bancos, foram obrigados a se levantarem para melhor controlarem as jogadas dos seus pupilos, com maior destaque para Mussá Ossman, que a jogar em casa, era obrigado a ganhar.
Foi depois de um puxão de orelhas, que os avançados Amílcar e Danito iniciaram uma forte descarga eléctrica contra os “militares” que estavam com os “canhões” sem munições suficientes para se defenderem de tanta pressão.
À passagem do minuto 23, mais uma oportunidade da HCB desta vez por intermédio de Gito, que recebeu a bola dos pés de Henry, correu em direcção ao flanco esquerdo, passou por Matofa, esgueirou-se e penetrou na grande área, viu Amílcar desmarcado no centro da grande área, lançou a bola, este correspondeu bem, endossando-a novamente para Gito e com apenas o guarda-redes pela frente, não teve calma suficiente para introduzir o esférico no fundo da baliza do Matchedje.
Num contra-ataque rápido, Vasco, do Matchedje, atravessou com a bola jogada o meio-campo, atirou para Julinho, que correu até ao fundo da linha, cruzou rasteiro para Edmundo que perdeu em disputa com Mucuapele, o homem mais forte da muralha da HCB, que em jeito de balão, chutou para o centro do terreno, onde Maninho passou por Gito antes de entregar a Amílcar, que depois de fintar Cufa, disparou forte para o belo e único golo da partida quando decorriam 28 minutos.
O Matchedje não se convenceu, continuou a fazer o seu jogo, com passes curtos e muito objectivos, talvez foi uma das maneiras que prejudicou a equipa, porque na hora certa, os “militares” já não tinham pernas para rematar à baliza. Os pupilos de Nacir Armando partiam a jogar desde a sua defesa, meio-campo até à pequena área do adversário, mas no momento do remate já estavam sem forças.
A turma da casa, depois de marcar o golo, optou por defender o resultado, partindo em contra-ataques esporádicos, o que permitia muito campo de manobra para os “militares” que estavam sem sorte, porque visitaram muitas vezes a zona mais recuada da HCB. Com este tipo de jogadas a primeira parte terminou.
Entrou a etapa complementar, com o Matchedje decidido a virar o resultado, porque jogou muito bem, mas o dia não era seu. A HCB, com um fio de jogo bastante defensivo, poderia ter dilatado o resultado à passagem dos 75 minutos se Dangalira, com o guarda-redes fora da baliza, não tivesse cabeceado por cima do travessão.
Nacir Armando mexeu na equipa o que veio a dar maior dinâmica ao jogo, remetendo a HCB para a sua defesa, ficando apenas à frente Mavó que entrou na segunda parte e sem muita capacidade e força como tem demonstrado nas outras partidas.
O Matchedje fez tudo por tudo para inverter o resultado, mas nada foi possível porque a HCB soube se defender melhor até ao apito final. Em suma, foi uma partida dividida em duas histórias, sendo a primeira para a HCB e a segunda totalmente para o Matchedje.
Amosse Lázaro, auxiliado por João Paulo, Marcos Marrengula e Ribeiro Manuel (quarto) realizou um bom trabalho.
FICHA TÉCNICA
HCB: Chico; Bila, Elidio, Mucuapele, Calima, Maninho, Danga, Danito Nhamposse, Henry, Amílcar e Gito. Alinharam ainda Zuma, Aurito e Mavó.
MATCHEDE: Zacarias; Caló, Matofa, Cufa, Vasco, Jojó, Tchitcho, Julinho, Edmundo, Leonel e Jacinto. Jogaram ainda Zito, João e Ngoni.
Acção disciplinar: cartão amarelo para Jacinto por anti-jogo.
Bernardo Carlos
Os “militares” foram os primeiros a darem sinal de querer resolver o jogo logo nos minutos iniciais, executando lances curtos, onde Julinho, Cufa e Tchitcho eram autênticos quebra-cabeças aos defensores Bila, Mucuapele e Calima. Nos primeiros 10 minutos, o Matchedje beneficiou de dois pontapés de canto e quatro remates dos quais, dois bem defendidos por Chico.
A HCB aos poucos foi se organizando e aos 18 minutos, Amílcar, depois de receber a bola de Henry, correu até à linha final e fez um cruzamento para a grande área, tendo a bola caído na cabeça de Danito Nhamposse que atirou por cima do travessão com o público a gritar golo.
Os treinadores das duas equipas que se mantinham sentados nos seus bancos, foram obrigados a se levantarem para melhor controlarem as jogadas dos seus pupilos, com maior destaque para Mussá Ossman, que a jogar em casa, era obrigado a ganhar.
Foi depois de um puxão de orelhas, que os avançados Amílcar e Danito iniciaram uma forte descarga eléctrica contra os “militares” que estavam com os “canhões” sem munições suficientes para se defenderem de tanta pressão.
À passagem do minuto 23, mais uma oportunidade da HCB desta vez por intermédio de Gito, que recebeu a bola dos pés de Henry, correu em direcção ao flanco esquerdo, passou por Matofa, esgueirou-se e penetrou na grande área, viu Amílcar desmarcado no centro da grande área, lançou a bola, este correspondeu bem, endossando-a novamente para Gito e com apenas o guarda-redes pela frente, não teve calma suficiente para introduzir o esférico no fundo da baliza do Matchedje.
Num contra-ataque rápido, Vasco, do Matchedje, atravessou com a bola jogada o meio-campo, atirou para Julinho, que correu até ao fundo da linha, cruzou rasteiro para Edmundo que perdeu em disputa com Mucuapele, o homem mais forte da muralha da HCB, que em jeito de balão, chutou para o centro do terreno, onde Maninho passou por Gito antes de entregar a Amílcar, que depois de fintar Cufa, disparou forte para o belo e único golo da partida quando decorriam 28 minutos.
O Matchedje não se convenceu, continuou a fazer o seu jogo, com passes curtos e muito objectivos, talvez foi uma das maneiras que prejudicou a equipa, porque na hora certa, os “militares” já não tinham pernas para rematar à baliza. Os pupilos de Nacir Armando partiam a jogar desde a sua defesa, meio-campo até à pequena área do adversário, mas no momento do remate já estavam sem forças.
A turma da casa, depois de marcar o golo, optou por defender o resultado, partindo em contra-ataques esporádicos, o que permitia muito campo de manobra para os “militares” que estavam sem sorte, porque visitaram muitas vezes a zona mais recuada da HCB. Com este tipo de jogadas a primeira parte terminou.
Entrou a etapa complementar, com o Matchedje decidido a virar o resultado, porque jogou muito bem, mas o dia não era seu. A HCB, com um fio de jogo bastante defensivo, poderia ter dilatado o resultado à passagem dos 75 minutos se Dangalira, com o guarda-redes fora da baliza, não tivesse cabeceado por cima do travessão.
Nacir Armando mexeu na equipa o que veio a dar maior dinâmica ao jogo, remetendo a HCB para a sua defesa, ficando apenas à frente Mavó que entrou na segunda parte e sem muita capacidade e força como tem demonstrado nas outras partidas.
O Matchedje fez tudo por tudo para inverter o resultado, mas nada foi possível porque a HCB soube se defender melhor até ao apito final. Em suma, foi uma partida dividida em duas histórias, sendo a primeira para a HCB e a segunda totalmente para o Matchedje.
Amosse Lázaro, auxiliado por João Paulo, Marcos Marrengula e Ribeiro Manuel (quarto) realizou um bom trabalho.
FICHA TÉCNICA
HCB: Chico; Bila, Elidio, Mucuapele, Calima, Maninho, Danga, Danito Nhamposse, Henry, Amílcar e Gito. Alinharam ainda Zuma, Aurito e Mavó.
MATCHEDE: Zacarias; Caló, Matofa, Cufa, Vasco, Jojó, Tchitcho, Julinho, Edmundo, Leonel e Jacinto. Jogaram ainda Zito, João e Ngoni.
Acção disciplinar: cartão amarelo para Jacinto por anti-jogo.
Bernardo Carlos
MOÇAMBOLA-2010 - Atlético, 1-Textáfrica, 1: Domínio repartido
NA primeira parte, o Textáfrica superiorizou-se aos donos da casa, que aos 50 segundos, podiam ter inaugurado o marcador, se Patrício tivesse acertado no remate à baliza de Scheimmeikel, depois de uma belíssima jogada de ataque.
Face a esta situação pensou-se que o Atlético fosse “massacrar” o seu adversário, mas foram os “fabris” que encurralaram o seu adversário, dificultando-o em todos os capítulos. A equipa “muçulmana” terá se ressentido da ausência de Fala-Fala no meio-campo e não conseguiu “pensar” o jogo como se impunha, facto que foi aproveitado pelos visitantes, que à passagem do minuto 30 da primeira parte chegaram ao golo, numa clara displicência dos defensores do Atlético, com Nino a concluir com êxito.
As contas de Uzaras começaram a ficar mais complicadas, tendo em conta o posicionamento da sua equipa na tabela classificativa, acrescida às dificuldades de conseguir controlar o jogo para poder chegar à vitória. O Textáfrica era um adversário que estava ao seu alcance, mas difícil era contorná-lo.
Já no final da primeira parte, o Atlético Muçulmano desfez-se da ansiedade e tomou de assalto o meio-campo contrário, mas o seu “calcanhar de Aquiles” foi o capítulo de concretização. Os seus avançados não atinavam com a baliza contrária. Os seus remates, quase todos, saíam muito por cima da baliza.
No início da etapa conclusiva, o Atlético Muçulmano entrou a pressionar o seu oponente, com jogadas de belo recorte técnico, mormente protagonizado por Chees, do lado direito, que foi uma autêntica dor de cabeça para Dondo e sua turma. Muitas faltas foram assinaladas a partir desse lado, que semearam pânico à baliza dos homens da Soalpo.
Uzaras Mahomed incitava os seus pupilos para pressionar o seu adversário, mas esqueceu que Nino é um jogador veloz e, por pouco não chegou aos 2-0, numa jogada de contra-ataque, que só terminou quando a bola “beijou” as malhas laterais de Anivaldo, num autêntico susto para os donos da casa.
Aos 23 minutos, o Atlético chegou ao golo de empate na sequência de um livre. De muito longe, Tony rematou, sem muita força, mas Scheimmeikel, num erro de cálculo não se fez à bola e viu-a, de forma surpreendente, a ultrapassar a linha do golo.
A partir de então, o Atlético desfrutou de mais ocasiões para chegar ao segundo golo, ante um Textáfrica sempre inconformado com o resultado, pelo menos até à explusão de Tawinha, aos 85 minutos de jogo.
Samuel Chirindza assinalou alguns foras-de-jogo inexistentes ao ataque do Textáfrica. A expulsão de Tawinha não sofre qualquer contestação.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Samuel Chirindza, coadjuvado por Arsénio Marrengula e Félix Maugente. Quarto árbitro: João Armando
ATLÉTICO MUÇULMANO: Anivaldo; Nelito, Hilário, Chico, Henriques, Sergio , Chees, Mouka, Ivan, Patrício e Nelsinho.
Jogaram ainda: Avelino, Gito e Tony.
TEXTÁFRICA: Schmmeikel; Ernest, Tawinha, Casimiro, Dondo, Nino, Phondo, Mangalo, Jordão, Paulo e Lalito. Alinharam ainda: Loló, Bito e Félix.
Golos de Tony (Atlético) e Nino (Textáfrica)
Acção disciplinar: Amarelo para Sérgio (Atlético) e Paulo (Textáfrica). Vermelho para Tawinha.
Joca Estevão
MOÇAMBOLA-2010 - Vilankulo FC, 1 Ferroviário de Pemba, 0: Pembenses não sobrevivem no “inferno” de Vilankulo
NO sábado, os comandados de Flin, tiveram algumas dificuldades para manterem a tradição de não perderem jogos em casa. O Ferroviário de Pemba sob batuta de Arnaldo Ouana complicou muito as manobras da equipa local, que precisou de oitenta e oito minutos para a violar a baliza contrária.
Os pembenses entraram a pressionar na perspectiva de confundir o adversário na sua própria casa. Arnaldo Ouana montou um esquema táctico que dificultou o jogo rente à relva, característica de Flin quando joga em casa. Cachimo pela esquerda, Animal pelo meio e Abidala pela direita, na intermediária, tudo fizeram para que os donos da casa não se aproximassem da sua área. Marito e Issa travavam uma luta titânica com o Mac, o goleador-mor de Vilankulo.
Aos quinze minutos, Jaimito fez a primeira intervenção, socando o esférico para canto num livre cobrado por Hermínio. Dois minutos depois foi Bila a salvar o barco quando Cachimo rematou forte com Jaimito longe da trajectória da bola. O Pemba controlava as operações no meio-campo onde Sérgio, médio esquerdo do Vilankulo, era autêntico corredor.
Vilankulo a pouco e pouco foi se desfazendo deste período mau, mas tinha em Paiva Dias, juiz da partida, um verdadeiro adversário, que ia cortando as jogadas de grande perigo na área dos forasteiros. Aliás, foi no primeiro tempo que aconteceu o caso do jogo. Vilankulo ganha um pontapé de canto fruto de tabelinha entre Félio e Edgar, na cobrança, Bila enviou a bola para área, na tentativa de aliviar, Dula tocou-a com a mão na pequena área, Célio Mugabe, o auxiliar que assistiu tudo de perto, simplesmente ficou estático no terreno, numa altura em que os próprios jogadores do Pemba estavam parados à espera do apito do árbitro. Paiva Dias mandou prosseguir a jogada, perante protesto do público.
No reatamento, Arnaldo Ouana, aparentemente satisfeito com a postura da equipa, não mexeu no onze inicial, pese embora tenha sentido o agigantamento do adversário. Flin não satisfeito com a produção dos seus pupilos deixou Sergito nos balneários e no seu lugar voltou com Titos, um ponta-de-lança adaptado a médio esquerdo.
O Ferroviário continuava perigoso. Flin chamou Adino para o lugar de Edgar, uma substituição quanto a nós, forçada, pois, Edgar, brigava com os defesas e ia criando espaço para a entrada de Mac. Adino, algo nervoso, andou perdido no terreno até que acertou com a entrada de Belo que ocupou o seu lugar habitual, médio esquerdo por onde começaram a sair despejos para a área. Titos passou a ser o segundo ponta-de-lance, trocando sempre de posição com Félio. Adino recuou jogando em paralelo com Jossias no meio-campo.
Aos poucos, o Vilankulo foi “alugando” o meio-campo do adversário, onde Félio sempre criou dores de cabeça com a bola colada no pé, bem como nos livres. Aos 88 minutos Félio levantou o estádio. Belo “rouba” a bola e mete em profundidade, onde apareceu o sempre irrequieto Félio, que puxou a bola para a grande área, sendo empurrado por Fido. Luís Santiago, o segundo arbitro auxiliar que acompanhava a jogada, não perdoou, levantou a bandeirola e Paiva Dias assinalou o penalte.
Joe, “capitão” da equipa, especialista nos livres dos onze metros, atirou a contar para o alívio dos cerca de quatro mil espectadores.Não havendo mais nada, Ouana tentou forçar o jogo. Numa sentada lançou Maduro e Telinho, numa altura em que Paiva Dias, algo contrariado, mandou jogar mais sete minutos para além dos noventa, mesmo apupado pelo público. Foi um tempo de bastante sufoco para a baliza de Jaimito.
Paiva Dias terá sido traído por Célio Mugabe ao não assinalar um lance de grande penalidade no final da primeira parte.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Paiva Dias, auxiliado por Célio Mugabe e Luís Santiago. Bernardino dos Santos foi quarto árbitro,
VILANKULO FC: Jaimito; Joe, Mambucho, Tcharles e Bila; Jossias, Zé Cumbe, Sergito (Titos) e Félio; Mac (Belo) e Edgar (Adino).
FERROVIÁRIO DE PEMBA: Bonifácio; Marito, Issa, Abdala, Azize, Animal, Cachimo (Telinho) Dula, Fido, Zuaia (Maduro) e Hermínio
ACÇÃO DISCIPLINAR: cartões amarelos para Tcharles, do Vilankulo por contestar decisões do árbitro, e Fido por jogo perigoso.
Golo de Joe na transformação de uma grande penalidade aos 88 minutos.
Victorino Xavier
Os pembenses entraram a pressionar na perspectiva de confundir o adversário na sua própria casa. Arnaldo Ouana montou um esquema táctico que dificultou o jogo rente à relva, característica de Flin quando joga em casa. Cachimo pela esquerda, Animal pelo meio e Abidala pela direita, na intermediária, tudo fizeram para que os donos da casa não se aproximassem da sua área. Marito e Issa travavam uma luta titânica com o Mac, o goleador-mor de Vilankulo.
Aos quinze minutos, Jaimito fez a primeira intervenção, socando o esférico para canto num livre cobrado por Hermínio. Dois minutos depois foi Bila a salvar o barco quando Cachimo rematou forte com Jaimito longe da trajectória da bola. O Pemba controlava as operações no meio-campo onde Sérgio, médio esquerdo do Vilankulo, era autêntico corredor.
Vilankulo a pouco e pouco foi se desfazendo deste período mau, mas tinha em Paiva Dias, juiz da partida, um verdadeiro adversário, que ia cortando as jogadas de grande perigo na área dos forasteiros. Aliás, foi no primeiro tempo que aconteceu o caso do jogo. Vilankulo ganha um pontapé de canto fruto de tabelinha entre Félio e Edgar, na cobrança, Bila enviou a bola para área, na tentativa de aliviar, Dula tocou-a com a mão na pequena área, Célio Mugabe, o auxiliar que assistiu tudo de perto, simplesmente ficou estático no terreno, numa altura em que os próprios jogadores do Pemba estavam parados à espera do apito do árbitro. Paiva Dias mandou prosseguir a jogada, perante protesto do público.
No reatamento, Arnaldo Ouana, aparentemente satisfeito com a postura da equipa, não mexeu no onze inicial, pese embora tenha sentido o agigantamento do adversário. Flin não satisfeito com a produção dos seus pupilos deixou Sergito nos balneários e no seu lugar voltou com Titos, um ponta-de-lança adaptado a médio esquerdo.
O Ferroviário continuava perigoso. Flin chamou Adino para o lugar de Edgar, uma substituição quanto a nós, forçada, pois, Edgar, brigava com os defesas e ia criando espaço para a entrada de Mac. Adino, algo nervoso, andou perdido no terreno até que acertou com a entrada de Belo que ocupou o seu lugar habitual, médio esquerdo por onde começaram a sair despejos para a área. Titos passou a ser o segundo ponta-de-lance, trocando sempre de posição com Félio. Adino recuou jogando em paralelo com Jossias no meio-campo.
Aos poucos, o Vilankulo foi “alugando” o meio-campo do adversário, onde Félio sempre criou dores de cabeça com a bola colada no pé, bem como nos livres. Aos 88 minutos Félio levantou o estádio. Belo “rouba” a bola e mete em profundidade, onde apareceu o sempre irrequieto Félio, que puxou a bola para a grande área, sendo empurrado por Fido. Luís Santiago, o segundo arbitro auxiliar que acompanhava a jogada, não perdoou, levantou a bandeirola e Paiva Dias assinalou o penalte.
Joe, “capitão” da equipa, especialista nos livres dos onze metros, atirou a contar para o alívio dos cerca de quatro mil espectadores.Não havendo mais nada, Ouana tentou forçar o jogo. Numa sentada lançou Maduro e Telinho, numa altura em que Paiva Dias, algo contrariado, mandou jogar mais sete minutos para além dos noventa, mesmo apupado pelo público. Foi um tempo de bastante sufoco para a baliza de Jaimito.
Paiva Dias terá sido traído por Célio Mugabe ao não assinalar um lance de grande penalidade no final da primeira parte.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Paiva Dias, auxiliado por Célio Mugabe e Luís Santiago. Bernardino dos Santos foi quarto árbitro,
VILANKULO FC: Jaimito; Joe, Mambucho, Tcharles e Bila; Jossias, Zé Cumbe, Sergito (Titos) e Félio; Mac (Belo) e Edgar (Adino).
FERROVIÁRIO DE PEMBA: Bonifácio; Marito, Issa, Abdala, Azize, Animal, Cachimo (Telinho) Dula, Fido, Zuaia (Maduro) e Hermínio
ACÇÃO DISCIPLINAR: cartões amarelos para Tcharles, do Vilankulo por contestar decisões do árbitro, e Fido por jogo perigoso.
Golo de Joe na transformação de uma grande penalidade aos 88 minutos.
Victorino Xavier
MOÇAMBOLA-2010 - Sporting,2-Fer. Maputo,2: Com bênção do régulo!
VITÓRIA era a palavra de ordem no seio dos sportinguistas! Com efeito, um dia antes do “derby” contra os “locomotivas”, algumas cabeças de gado caprino foram sacrificadas para sustentar a cerimónia orientada por um dos régulos da cidade da Beira, sob os auspícios da edilidade. Dito e feito, os “leões” do “Chiveve” surpreenderam tudo e todos pelo menos na primeira parte até ao ponto desta etapa ter terminado com uma vitória de 2-1.
O Sporting da Beira entrou na partida com a lição bem estudada, sabendo que estava diante de uma formação que não foi derrotada na presente edição do Moçambola. Mas o Ferroviário estava muito cauteloso e conseguiu chegar com algum perigo à baliza adversária.
Não demorou, o Ferroviário começou a pressionar o adversário na tentativa de chegar ao golo, mas a defensiva do Sporting estava concentrada. Aliás, a partir dos 15 minutos viu-se a formação da casa muito agressiva e melhor tacticamente
A pressão do Sporting deixava o técnico dos “locomotivas”, Chiquinho Conde, muito inquieto até ao ponto de ficar boquiaberto no minuto 29 com uma jogava fenomenal que permitiu a Babo fazer o primeiro golo. O “caldeirão” da Beira “vibrou” com os adeptos do Ferroviário da Beira a apoiarem os “leões”.
Depois disso, Babo procurou provar aos “locomotivas” que estava no seu dia “D” criando muitas situações de perigo à baliza defendida por Mahomed. Mas contra todas as expectativas, o árbitro Aníbal Armando marcou um penalte a favor do Ferroviário de Maputo, à passagem dos 43 minutos que, quanto a nós, muito duvidoso mas que resultou no golo do empate apontado por Jerry.
O Sporting não se deixou levar pelas “atrocidades” do árbitro. Muito pelo contrário, mostrou que estava em condições de fazer descarrilar uma “locomotiva” bem estruturada. E foi na sequência de um penalte bem executado por Belmiro que o Sporting colocou-se de novo na frente do marcador. O penalte surge na sequência de um pontapé de canto com António a cruzar e a bola a bater na mão de Zabula. A primeira parte terminou com os “leões” em vantagem (2-1).
Já na etapa complementar, o Ferroviário entrou com outro figurino, Mendes saiu da linha média e foi reforçar os dois avançados (Luís e Jerry) que vinham até então sendo as referência de ataque.
As mexidas no Ferroviário não pararam por ai, Jair “saltou” do banco para reforçar o ataque, ou seja, Chiquinho Conde apostou numa linha avançada com quatro homens. A entrada de Michael veio dar mais agressividade ao ataque. Assistia-se a uma “locomotiva” a carburar com maior fluidez. E não tardou que se alcançasse o objectivo quando Jerry aos 28 minutos da etapa complementar restabeleceu a igualdade.
O Ferroviário cresceu com o golo e controlava as incidências do jogo perante um Sporting que queria provar que “em casa mandamos nós”. Todavia, a bênção do régulo valeu a pena, porque pelo menos deu para conquistar um precioso ponto que poderá ser importante naquele que é o objectivo: a luta pela permanência. Aliás, o 2-2 acaba tendo um sabor à vitória.
A equipa de arbitragem liderada por Aníbal Armando não influenciou no resultado.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Aníbal Armando; auxiliado por Júlio Muianga e Estrela Gonçalves. Quarto árbitro: José Mandava.
SPORTING: Gona; Belmiro, Maninho, Chico e Ibraimo; Gitinho (Carlitos), Caito e António (Abílio); Maumane (Hugo), Babo e Dário.
FERR DE MAPUTO: Mahomed; Jotamo, Tony, Zabula e Fred; Momed Hagi (Jair), Danito Parruque, Mendes e Ítalo (Michael); Jerry e Luís (Marufo).
Eduardo Sixpence
MOÇAMBOLA-2010 - Maxaquene, 1-Fer. Beira,0: 35 dias depois!...
OS adeptos do Maxaquene tiveram que esperar 35 dias para voltarem a festejar uma vitória algo que aconteceu no último sábado na recepção ao Ferroviário da Beira. Liberty, que nem tem sido primeira opção de Salvado, marcou, aos 31 minutos, o golo que fez a diferença num jogo em que os beirenses venderam caro a derrota.
O Ferroviário da Beira até foi a equipa que entrou melhor no jogo procurando surpreender o Maxaquene, sobretudo com tiros fora da área, sendo que o melhor lance foi aos cinco minutos quando numa jogada rápida a bola sobrou para o brasileiro Victor que rematou fortíssimo, mas Soarito estava atento e socou para canto.
Depois desta entrada destemida aos poucos o Ferroviário foi recuando e cedendo espaço aos anfitriões que passaram a ter maior domínio do jogo e foi na sequência disso que aos 31 minutos o Maxaquene chegou ao golo por Liberty, que concluiu da melhor maneira uma jogada de insistência junto á área dos beirenses.
Após o golo não se viu a reacção dos beirenses, que já denotavam algum cansaço, daí que o Maxaquene passou a ter algum controlo do jogo e com a bola sempre nos pés dos seus jogadores que procuravam criar situações para o segundo golo, mas não havia calma suficiente quando necessário. Prova disso é o que aconteceu aos 41 minutos, quando Hélder Pelembe surgiu encostado à esquerda e depois de passar por Ninito não conseguiu bater o desamparado Minguinho para murmuro dos adeptos “tricolores”.
No retorno para o segundo tempo, o Ferroviário da Beira deu a impressão de que voltaria arrasador e discutiria seriamente o jogo. Nito e Carlos entraram para o lugar de Mupoga e Victor, mas foi o Maxaquene que depois de um pequeno susto voltou a criar situações para golo. Hélder Pelembe ultrapassa Gildo, centra, mas nem Tony nem Mustafá chegaram a tempo de fazer o desvio para bater o keeper Minguinho.
O Ferroviário da Beira conseguia ter a bola sob controlo, sem criar verdadeiras situações de golo e quem fazia isso era o Maxaquene, que aos 58 minutos só não chegou ao tento porque Kito e Tony atrapalharam-se, com este último a rematar por cima após um cruzamento de Hélder Pelembe, que se revelou como distribuidor.
O único lance de grande perigo por parte dos “locomotivas” surgiu aos 65 minutos, quando Nito, num lance de contra-ataque, teve tudo para fazer um golo mas o seu remate foi frouxo permitindo uma defesa fácil de Soarito.
O Maxaquene ficou assustado e Arnaldo Salvado preferiu alterar a equipa para que não perdesse o jogo. Entrou Alvarito e Eboh para os lugares de Mustafá e Liberty alterações que visavam assegurar o jogo como veio a acontecer.
A última situação de golo surgiu aos 88 minutos, quando o recém-entrado Aníbal centrou para a área dos “locomotivas”, com Minguinho a desviar com uma palmada e na recarga, Vovoti rematou fraquíssimo.
Assim, o Maxaquene voltou às vitórias depois de quatro jogos sem o conseguir.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: José Maria Rachide, auxiliado por Francisco Machel e João Abreu. Quarto árbitro: Filimão Filipe.
MAXAQUENE: Soarito, Vovoti, Nito, Gabito e Eusébio; Mustafá (Eboh), Kito (Aníbal), Liberty (Alvarito) e Macamito; Hélder Pelembe e Tony.
FERROVIÁRIO DA BEIRA: Minguinho, Ninito, Nené, Gildo e Barrigana; Edson, Buramo (Alex) e Timbe; Mupoga (Nito), Jerry e Victor (Carlos).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Hélder Pelembe e Nito, pelo Maxaquene, e para Timbe, do lado dos beirenses.
Golo: Liberty (31 minutos)
Atanásio Zandamela
MOÇAMBOLA-2010 - Resultados e Classificação
RESULTADOS DA JORNADA
Maxaquene-Fer. Beira (1-0)
Vilankulo-Fer. Pemba (1-0)
Atlético-Textáfrica (1-1)
Sporting da Beira-Fer. Maputo (2-2)
Costa do Sol-Desportivo (0-1)
HCB-Matchedje (1-0)
FC Lichinga-Liga Muçulmana (1-0)
CLASSIFICAÇÃO
J V E D B P
1º Fer. Maputo 10 8 2 0 22-5 26
2º Liga Muçulmana 10 8 0 2 21-5 24
3º HCB de Songo 10 5 4 1 10-7 19
4º Maxaquene 10 5 3 2 12-8 18
5º Desportivo 10 4 4 2 9-8 16
6º Fer. Beira 10 4 3 3 9-6 15
7º Vilankulo FC 10 4 3 3 6-9 15
8º Costa do Sol 10 3 1 6 11-12 10
9º FC Lichinga 10 2 4 4 5-9 10
10º Matchedje 10 2 3 5 6-11 9
11º Sporting da Beira 10 2 3 5 9-15 9
12º Textáfrica 10 1 6 3 5-9 9
13º Atlético Muçulmano 10 1 4 5 6-14 7
14º Fer. Pemba 10 1 0 9 5-15 3
PRÓXIMA JORNADA (11ª)
Fer. Maputo-Fer. Beira
Sporting da Beira-Costa do Sol
Desportivo-Vilankulo FC
Fer. Pemba-HCB
Matchedje-Atlético
Textáfrica-FC Lichinga
Liga Muçulmana-Maxaquene
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Mandigora apresentado ontem no Costa do Sol
O ZIMBABWEANO David Mandigora foi ontem apresentado oficialmente como novo técnico do Costa do Sol até ao fim da presente temporada que já caminha para metade. O novo timoneiro “canarinho” será coadjuvado por Rui Évora, que esteve interinamente no comando da equipa depois do afastamento de João Chissano do cargo de treinador por maus resultados, e Aleixo Fumo.
David Mandigora tem a espinhosa missão de levantar a equipa dos escombros em que se encontra para os lugares cimeiros, o que passa por algumas mexidas no conjunto que resultarão na contratação de novos jogadores para reforçar quase todos os sectores.
O processo de mexidas decorrerá depois de sensivelmente três semanas, altura em que David Mandigora e seus parceiros farão a apreciação minuciosa do estágio da equipa e vão tirar as suas conclusões e propostas que serão apresentadas à direcção do clube para a tomada de decisões a respeito do assunto.
O contrato de David Mandigora pode ser renovado por uma época caso consiga alcançar a meta traçada que, como nos referimos, não coloca de lado a luta pelo título.
Chamado a fazer uma avaliação preliminar sobre o que acha da equipa do Costa do Sol e se acreditava na possibilidade dos “canarinhos” recuperarem o estatuto de candidatos ao título atendendo que está neste momento a 15 pontos da liderança, David Mandigora disse que não era altura de comentar sobre o assunto, ajuntando que precisava de algum tempo para avaliar o estágio do conjunto e, com os seus colaboradores, fazer as correcções necessárias.
O vice-presidente “canarinho”, Issufo Mogne, realçou que o principal objectivo é colocar o Costa do Sol nos lugares cimeiros sem pôr de lado os objectivos traçados desde o início da época, que é a conquista do campeonato.
O Costa do Sol não está preocupado com o capítulo da finalização, mas também com todos os sectores para os quais já existem algumas propostas da direcção e do próprio treinador.
A direcção “canarinha” acha que a contratação do treinador calhou em bom momento, pois acontece numa altura em que o Moçambola sofrerá um interregno com a preparação do jogo amigável entre os “Mambas” e Portugal, a 8 de Junho, em Joanesburgo.
MOÇAMBOLA-2010 - Do clássico no sul, aos duelos pelo trono no centro e norte
A DÉCIMA jornada do Moçambola será de fortes atracções. Os olhares dos amantes do desporto-rei, em particular, estarão postos nas três regiões do país, algo que não acontece sempre.
É que nesta ronda estão programados três desafios susceptíveis de prender atenções, ou seja no sul, o Desportivo desloca-se ao ninho do “canário” para medir forças com o Costa do Sol; no centro, o Ferroviário de Maputo visita a Beira para defrontar o Sporting local, enquanto no norte, Lichinga irá “parar” para receber a Liga Muçulmana. Todos os jogos realizam-se domingo a partir das 15:00 horas.
Se na capital do país se assistirá a uma partida em que o Costa do Sol e o Desportivo procurarão a todo custo vencer para não verem fugir ainda mais o pelotão da frente, por outro lado, nas cidades da Beira e Lichinga, jogam o Ferroviário e Liga, respectivamente, o primeiro e segundo classificados do Moçambola, que, separados apenas por um ponto, vêm travando uma árdua luta pelo trono.
Nesta ronda, “locomotivas” e “muçulmanos” terão vida difícil e um deles poderá mesmo sofrer um “desaire”. Tanto o Sporting da Beira como o FC Lichinga já demonstraram qualidades para “roubarem” pontos aos grandes. Tal ficou vincado, por exemplo, quando o FC Lichinga venceu o Costa do Sol, por 1-0, na terceira jornada, e o Sporting da Beira bateu fora o Matchedje, por 1-0, e vendido caro a derrota diante do Maxaquene e o Desportivo.
Assim sendo, antevêem-se jogos muito complicados para “locomotivas” e “muçulmanos”.
Outro embate a ser seguido atentamente é o do Maxaquene e Ferroviário da Beira. Após um início fulgurante, “tricolores” e “beirenses” têm defraudado as expectativas nas últimas rondas. O confronto acontece numa altura em que ocupam o quarto e quinto lugares, respectivamente, com o mesmo número de pontos (15).
A HCB, que ocupa a terceira posição, recebe o Matchedje, e procura regressar às vitórias após o empate frente ao Textáfrica. Os “militares” também procuram refazer-se da improvável igualdade, em casa, com o Vilankulo FC.
O Vilankulo FC, que tem sido a sensação da maior prova do panorama futebolístico nacional, recebe no seu terreno o Ferroviário de Pemba, num embate entre recém-promovidos. O representante de Inhambane está na sétima posição em frente de um potencial candidato ao título, o Costa do Sol.
O Atlético Muçulmano, a jogar em casa diante do Textáfrica, procura fugir aos lugares de despromoção. Os “muçulmanos” ocupam a 13ª e penúltima posição, mas em caso de vitória ficarão para além da “linha vermelha”, enquanto os “fabris” cairão se o Lichinga também vencer.
MOÇAMBOLA-2010 - Calendário da 10ª jornada
AMANHÃ
Campo do Maxaquene (Machava)
15:00 h - Maxaquene-Fer. Beira
Campo Municipal de Vilankulo
15:00 h - Vilankulo-Fer. Pemba
Campo do Olimpic África
15:00 h - Atlético-Textáfrica
DOMINGO
Campo do Ferroviário da Beira
15:00 h - Sporting da Beira-Fer. Maputo
Campo do Costa do Sol
15:00 h - Costa do Sol-Desportivo
Campo do HCB do Songo
HCB-Matchedje
Estádio Municipal
15:00 h FC Lichinga-Liga Muçulmana
Josimar pretendido pelo SuperSport (RAS)
O MEIO-CAMPISTA do Costa do Sol Josimar é pretendido pelo SuperSport United, da vizinha África do Sul, segundo informações dos bastidores.
Entretanto, confrontado com esta informação ontem na apresentação do novo treinador, Issufo Mogne, vice-presidente do Costa do Sol, não confirmou nem desmentiu o interesse do clube sul-africano pelo “pequeno/grande” jogador moçambicano.
Disse, no entanto, apenas que o médio-ala ainda pertence ao Costa do Sol e haviam vários contactos com clubes estrangeiros para a sua contratação. “Não confirmo, mas existe a intenção”, elucidou.
Josimar, que no ano passado foi eleito melhor jogador da Taça de Moçambique e do Torneio da COSAFA, caso se concretize a sua ida ao SuperSport da RAS vai ser colega do ponta-de-lança da Selecção Nacional Dário Monteiro.
Tinito no “Azar”
O MÚSICO moçambicano Tinito vai exibir-se amanhã, ao vivo, no Sporting Clube Munhuanense Azar, na capital do país, para entreter os sócios daquela que é uma das mais antigas colectividades do país.
O “Azar” é um dos clubes que nos últimos anos está virado para a formação, levando a cabo algumas acções de carácter cultural, numa clara demonstração de que é possível “casar” o desporto e a música.
Tinito, que há bem pouco tempo regressou em peso na arena musical com temas dedicadas ao Maxaquene, Liga Muçulmana e Matchedje, promete um espectáculo de qualidade.
Sublinhar que a sede do Munhuanense Azar, contrariamente a tantas outras, até dos chamados clubes grandes da praça, tem sido um verdadeiro centro educacional de associativismo, onde frequentam antigos e novos jogadores.
Campeonato da Cidade passa a designar-se Liga GWM
O CAMPEONATO de Futebol da Cidade de Maputo passa a designar-se Liga GWM na sequência dum acordo assinado entre a Associação de Futebol da Cidade de Maputo (AFCM) e a empresa patrocinadora do evento, a GWM.
O acordo, válido por três anos, vai permitir que a prova futebolística mais importante da capital do país tenha melhor qualidade e que os seus intervenientes sejam estimulados através de prémios. Aliás, no acto da assinatura do entendimento, a GWM procedeu à entrega de cheques no valor de dois mil meticais a cada vencedor da primeira jornada da prova que se iniciou no passado fim-de-semana. O Estrela Vermelha, 1º de Maio e Académica foram os primeiros beneficiários do projecto.
No acto da assinatura do contrato, o presidente da Associação de Futebol da Cidade de Maputo, Victor Miguel, disse que “queremos um campeonato forte e objectivo, por isso os clubes têm que melhorar a sua organização. Este ano o campeonato é disputado por seis equipas, porque fizemos uma purificação e as condições que impusemos foram de que os participantes deviam ter estatutos, sedes e campos. E estes que estão neste momento a competir são os que reuniram esses requisitos”. Apelou igualmente aos clubes para valorizarem o produto que lhes é colocado à disposição.
Baptista Bonzo, responsável da GWM, por seu turno, deixou claro que “para a GWM, com este acordo, estamos a apoiar os clubes e atletas no momento em que mais precisam, antes de ascenderem ao Moçambola e à Selecção Nacional, de forma a melhorarem o seu desempenho”.
Acrescentou que “também estamos cientes de que o apoio vai minorar os custos de operação dos clubes e estimular os atletas para um melhor desempenho e consequentemente, para um futebol de qualidade que atraia mais espectadores aos campos”.
Deixou claro que “para a GWM, este patrocínio representa, por outro lado, a sua participação social numa área sensível que precisa de ser estimulada de forma a desenvolver e satisfazer os anseios dos atletas, treinadores, público e a sociedade”.
A GWM vai apoiar a AFCM na organização do Campeonato da Cidade e na premiação dos que se revelarem. Pela vitória, cada equipa vai receber dois mil meticais, e pelo empate setecentos e cinquenta.
No final do evento, serão laureados o melhor jogador, melhor marcador, guarda-redes menos batido, melhor equipa de arbitragem. O melhor jogador receberá dez mil meticais, o melhor marcador sete mil e quinhentos, o mesmo valor a que terá direito o guarda-redes menos batido. A melhor equipa de arbitragem terá direito a cinco mil meticais.
O campeão vai receber um troféu e 25 medalhas, enquanto o vice só terá 15 mil meticais.
PRÉMIO ESPECIAL PARA O CAMPEÃO
A equipa campeã, para além do troféu e medalhas, vai receber um prémio especial de um estágio na África do Sul, uma semana antes do arranque da “poule” de apuramento para o Moçambola-2011, com todas as despesas pagas, onde deverá realizar no mínimo dois jogos com equipas da terra do “Rand”.
O novo parceiro da AFCM vai ainda comparticipar nas despesas de participação da equipa na fase de apuramento para o Moçambola-2011.
MUNDIAL-2010 - Brasil e Austrália já estão na RAS
AS selecções do Brasil e da Austrália foram as primeiras a desembarcar na África do Sul para disputarem o Mundial. A comitiva australiana foi a primeira a chegar, na quarta-feira, enquanto os brasileiros desembarcaram ontem.
Como não podia deixar de ser, os “hexa” campeões mundiais tiveram uma recepção calorosa. Cerca de duas centenas de adeptos sul-africanos e brasileiros estiveram no Aeroporto Oliver Tambo, em Joanesburgo. Mas os jogadores, comando técnico e delegados da federação brasileira foram vistos apenas ao longe, antes de entrarem no autocarro, motivando muitas críticas da pequena multidão.
O «escrete» vai ficar instalado no hotel do Randpark Golf Club, na província de Randburg, a norte de Joanesburgo. Os treinos vão ser realizados na escola secundária sita nos arredores da unidade hoteleira.
O primeiro encontro do Brasil está marcado para 15 de Junho, frente à Coreia do Norte, no Ellis Park, Joanesburgo. Ainda na mesma cidade, a Costa do Marfim é o próximo adversário da “canarinha” (dia 20), no Soccer City. Cinco dias depois encerra o Grupo G, frente a Portugal, no Durban Stadium.
A Austrália mereceu à sua chegada os comprimentos do director-executivo do Comité Organizador do Mundial, Danny Jordan. “Estamos contentes por receber a Austrália, a primeira equipa a chegar ao nosso país. Os estádios estão todos prontos, tudo está no lugar e agora as equipas começam finalmente a chegar”,
A Austrália está enquadrada no Grupo D e estreia-se no dia 13 de Junho frente a Alemanha. Gana e Sérvia também fazem parte deste grupo.
MUNDIAL-2010 - Morre tenor da cerimónia
A NOTÍCIA apanhou todos de surpresa: Siphiwo Ntshebe, tenor escolhido para a cerimónia de abertura do Mundial, morreu na quarta-feira. O sul-africano contraiu uma estirpe violentíssima de meningite na semana passada e não resistiu à doença. Ntshebe, de 34 anos, encontrava-se a ensaiar quando se sentiu mal.
Foi internado de imediato num hospital de Port Elizabeth e passou vários dias numa situação extremamente complexa. Ntshebe iria cantar a música “Hope”, que contém uma mensagem escrita por Nelson Mandela.
“Ele tinha uma voz maravilhosa e a sua música era única na melodia e na mensagem de esperança e compaixão”, disse Nick Raphael, proprietário da editora Epic Records, que tinha um contrato com Siphiwo. Apesar de ser apelidado “o Pavarotti negro”, Ntshebe ainda era pouco conhecido no seu próprio país. Nelson Mandela fez questão de indicar este cantor lírico para o espectáculo de inauguração do Mundial, para que cantasse finalmente diante de uma plateia de 70 mil espectadores.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
“One Goal” será lançado a 19 de Junho
A British Council e o DFID em Moçambique em coordenação com a Liga Moçambicana de Futebol lançam no dia 19 de Junho, no Estádio da Machava, um projecto de sensibilização para o acesso à educação escolar de crianças denominado “One Goal”, tendo como cartaz o capitão dos “Mambas”, Tico-Tico, que tal como outras “estrelas” mundiais aderiram à iniciativa.
O anúncio foi feito terça-feira pela Directora da British Council, Lisa McManus, que se fazia acompanhar do assessor do programa, Chababe Amade Chababe, ex-futebolista moçambicano.
O projecto, que terá a duração de aproximadamente dois meses, será lançado trinta minutos antes do encontro do Moçambola entre os Ferroviários de Maputo e da Beira, pelo Ministro de Educação, Zeferino Martins, que na ocasião transmitirá curtas mensagens de sensibilização para que crianças moçambicanas tenham acesso à educação escolar.
A iniciativa vai escalar três pontos do país. Depois de Maputo seguir-se-á Lichinga, no dia 27 de Junho, quando o Futebol Clube local, representante do Niassa no Campeonato Nacional, receber o Matchedje, e finalmente Beira, a 11 de Julho, no confronto entre o Sporting e a HCB, no caldeirão.
Crianças de várias escolas circunvizinhas dos campos por onde o projecto passará, serão mobilizadas para os campos, onde, para além de assistirem aos jogos da prova máxima do futebol nacional, receberão bonés, camisetes, cadernos, canetas e outro material escolar, que servirá igualmente de incentivo para a sua educação escolar.
A British Council e o DFID querem, através do desporto, aproveitando-se do Moçambola e numa altura que decorrerá o Mundial na África do Sul, sensibilizar toda sociedade a aderir ao projecto, uma vez que faz parte das metas do milénio.
O presidente da FIFA, Joseph Blater, aplaudiu a iniciativa e encorajou os seus promotores a prosseguirem com muita força, pois, na sua óptica, não há desporto são, futebol, sem educação escolar.
OS PROPÓSITOS DO “ONE GOAL”
A campanha “1Goal”, liderada pela Campanha Global para Educação e apoiada por diversos Governos procura usar os preparativos do Mundial de Futebol para mobilizar dezenas de milhares de assinaturas a nível planetário. Estas apelam aos doadores a disponibilizarem mais recursos para a educação e maior cometimento à educação a nivel nacional, procurando gerar maior consciência nas pessoas nos países em desenvolvimento da necessidade de mandar os seus filhos à escola.
A concretização desta campanha só será possível criando-se oportunidades com políticos de alto nivel e com a imprensa através de eventos que possibilitem a mobilização de massas.
O objectivo geral desta actividade é ligar Moçambique ao esforço internacional e assegurar que eventos em Moçambique chamem a atenção a fazedores de políticas de alto nivel e faça um uso eficaz dos meios de comunicação nacionais para aumentar o conhecimento e entendimento da mensagem do “One Goal” em Moçambique.
Portanto, esta campanha irá impulsionar esta consciência e mobilizar o apoio de milhares de “fãs” de futebol em Moçambique através do registo dos seus nomes numa petição, apelando aos líderes mundiais para assegurarem que todas as crianças moçambicanas tenham uma oportunidade para frequentarem a escola ora através da página (http://www.join1goal.org), popularizando um símbolo de apoio para a campanha (um chapéu, uma caneta, um caderno, etc).
Maputo acolhe “Regional” de atletismo
A CAPITAL do país vai acolher no próximo fim-de-semana o Campeonato Regional de Atletismo de Juniores em masculinos e femininos. A prova iniciou às 9:00 horas de sábado e termina ao fim da tarde de domingo
Até este momento, oito países já confirmaram a sua participação, nomeadamente África do Sul, Suazilândia, Lesotho, Botswana, Malawi, Zimbabwe, Namíbia e Maurícias, para além de Moçambique.
Perspectiva-se um fim-de-semana agitado no Parque dos Continuadores, que está em obras de melhoramento no seu piso revestido de “tartan”. Azarias Fumo, treinador da Selecção Nacional, afirma que as pequenas lombas constituem um perigo para quem corre, visto que o risco de contrair uma lesão é bem maior. No entanto, acredita que até sábado o piso ofereça as condições desejadas para realizar uma prova de tamanha dimensão.
As maiores esperanças de conquista de medalhas da Selecção Nacional estão depositadas em Sílvia Panguana, vice-campeã africana dos 100 metros barreiras. A atleta ficou recentemente em segundo no Campeonato Africano de Juvenis disputado no Botswana.
Kudzanai Alberto, que fez subir a Bandeira de Moçambique nos Jogos do SCSA-2008, ao conquistar o terceiro lugar nos 100 metros, é também um atleta a ter em conta.
Na qualidade de anfitrião, o combinado nacional far-se-á representar na sua máxima força nas especialidades que estarão em movimento, nomeadamente 50 metros, 100, 200, 400, 800 e 1500. Marcará presença igualmente nas provas técnicas: salto em altura, comprimento e lançamento de peso.
MOÇAMBOLA-2010 - Desportivo já é sexto classificado
O DESPORTIVO venceu ontem, em Maputo, o Sporting da Beira, por 2-1, na conclusão da nona jornada do Campeonato Nacional de Futebol – Moçambola-2010 – e “pulou” do oitavo para o sexto lugar agora com 13 pontos. Os “alvi-negros” adiantaram-se no marcador aos 11 minutos, por César Bento, mas os “leões” chegaram à igualdade aos três da segunda parte. Coube a Jojó a sentença final, aos 29 da etapa complementar.
Concluída a nona ronda, o Ferroviário continua líder com 25 pontos, mais um que a Liga Muçulmana. A HCB está em terceiro com 16. Maxaquene e Ferroviário da Beira, com 15 pontos cada, ocupam as posições imediatamente a seguir. O Desportivo passou para a sexta posição com 13, enquanto o Vilankulo FC foi relegado para a sétima com 12. O Costa do Sol, que era sétimo, desceu para o oitavo com 10 pontos. O Matchedje é nono com nove e o Sporting mantém-se em décimo com oito pontos, os mesmos do Textáfrica, décimo primeiro. Abaixo da linha de água estão o FC Lichinga, Atlético e Ferroviário de Pemba com sete, seis e três, respectivamente.
BEM SUADO!
O Desportivo teve de suar bastante para arrancar os três pontos diante do Sporting da Beira ontem no relvado do 1º de Maio/Standard Bank e, diga-se em abono da verdade, os “leões” aterrorizaram a “águia” que poucos argumentos teve para impor o seu jogo e chegar com facilidade à baliza dos forasteiros.
Com mais um bocado de inteligência, o Sporting teria saído a sorrir desta partida na qual teve a primazia de chegar vezes sem conta ao reduto “alvi-negro” e o guarda-redes Gervásio teve quota parte de culpa para a infelicidade dos “leões” beirenses que actuaram com muita determinação, mas pouco acompanhados pela sorte.
Os “alvi-negros” não tiveram o brilho que nos habituaram e deixaram patente várias fragilidades, sobretudo no seu sector mais recuado, muito pelas alas, donde era lançado em grande medida o perigo para a baliza de Gervásio.
Infelizmente, por ironia do destino, acabou sendo o Desportivo a conseguir primeiro os seus intentos, dada a eficácia e experiência demonstradas por Muandro, que fez do corredor esquerdo “alvi-negro” um caminho fértil para as investidas em direcção à baliza “leonina”.
Foi na sequência das várias assistências à zona de rigor que César Bento ganhou uma sobra a seguir ao alívio da defensiva e encheu o pé esquerdo a visar, à passagem do minuto 11. No entanto, teria sido o próprio Muandro a acertar primeiro na execução de um livre, mas o esférico foi embater no poste aos seis minutos.
Neste período, o Sporting ainda procurava melhor posicionamento no terreno e foi paulatinamente se assentando ao chão e no segundo quarto de hora o jogo ganhou outro rumo, pois as investidas começaram a alternar-se e com maior frequência para a baliza de Gervásio.
Os “alvi-negros” acusaram dificuldades de articulação, com passes mal feitos e a defensiva a atrapalhar-se bastante, abrindo espaço para que o Sporting ganhasse alguns remates junto da grande área, muitas vezes por Bobo, que foi um autêntico “rato” entre os centrais.
Porém, Gervásio estava mais atento ainda, mas houve um lance em que o “capitão” sportinguista Dário sofreu um empurrão nas costas quando se preparava para rematar dentro da grande área, só que o árbitro da partida, João Armando, entendeu que não houve intenção de agressão por parte do defensor “alvi-negro”. Aliás, estava próximo da jogada.
Com a vantagem, o Desportivo partiu para o intervalo, mas sofreu o golpe logo no seu regresso (decorridos três minutos), com um golo de belo efeito de António, de cabeça. Neste lance, o seu autor fez aquilo que por pouco não conseguiu na intercepção do centro de Mahumane, também de cabeça, com o esférico a sair quase a roçar o poste.
O Sporting acreditou que podia conseguir mais do que o tento da igualdade e com contra-ataques rápidos foi criando instabilidade na defensiva “alvi-negra” e Gervásio teve que prestar mais atenção, mas a sorte estava do lado do Desportivo que, aos 74 minutos, voltou a marcar por Jojó.
Mas antes houve mais uma tremedeira nas hostes “alvi-negras”, pois Bobo arrancou um forte remate que Gervásio foi interceptar nas alturas e a bola projectou-se quase a tocar o poste.
Esta foi a última chance perdida pelos “leões” e com muita tristeza viram os seus intentos a não surtirem o efeito desejado, apesar de muito esforço.
Em síntese, o Desportivo teve o sucesso pelos golos conseguidos, mas o Sporting foi a melhor equipa que se apresentou em campo e que merecia sair deste encontro com um resultado diferente.
João Armando, árbitro da partida, fez bom trabalho. Não influenciou no resultado.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: João Armando, auxiliado por Arsénio Marrengula e Olívio Adriano. O quarto árbitro foi Paiva Tsona.
DESPORTIVO: Gervásio; James, Emídio, Baúte (Elfídio) e Muandro; Isac, Nelinho, César Bento e Dino (Cândido); Steven (Binó) e Jojó.
SPORTING: Gona; Belmiro, Chico, Ibrahimo e Maninho; Dário (Joaquim), Caíto, Gitinho e António (Hugo); Mahumane (Fevereiro) e Bobo.
DISCIPLINA: cartolinas amarelas para Muandro (Desportivo), Chico e Ibrahimo (Sporting).
Salvador Nhantumbo
MOÇAMBOLA-2010 - Classificação depois da conlusão da 9ª jornada
J V E D B P
1º Fer. Maputo 9 8 1 0 20-3 25
2º Liga Muçulmana 9 8 0 1 21-4 24
3º HCB de Songo 9 4 4 1 9-7 16
4º Maxaquene 9 4 3 2 11-8 15
5º Fer. Beira 9 4 3 2 9-5 15
6º Desportivo 9 3 4 2 8-8 13
7º Vilankulo FC 9 3 3 3 5-9 12
8º Costa do Sol 9 3 1 5 11-11 10
9º Matchedje 9 2 3 4 6-10 9
10º Sporting da Beira 9 2 2 5 7-13 8
11º Textáfrica 9 1 5 3 4-8 8
12º FC Lichinga 9 1 4 4 4-9 7
13º Atlético Muçulmano 9 1 3 5 5-13 6
14º Fer. Pemba 9 1 0 8 5-14 3
PRÓXIMA JORNADA (10ª)
SÁBADO
Maxaquene-Fer. Beira
Vilankulo-Fer. Pemba
Atlético-Textáfrica
DOMINGO
Sporting da Beira-Fer. Maputo
Costa do Sol-Desportivo
HCB-Matchedje
FC Lichinga-Liga Muçulmana
Futebol em debate
DESPORTISTAS e diversas personalidades ligadas ao desporto, dentre elas empresários e sociedade civil no geral, juntam-se hoje, quinta-feira, pelas 18:00 horas, no Complexo Palhota para debaterem os problemas que o futebol, a modalidade rainha, enfrenta naquela parcela do país, que se justifica pela redução de um número considerável de equipas federadas e presença quase nula no Moçambola nas últimas décadas.
Sob o lema passado, presente e futuro do nosso futebol, o encontro é aguardado com enorme expectativa atendendo que vai trazer ideias através das quais serão perspectivadas as etapas a seguir para tirar a modalidade da letargia na província.
O surgimento do Atlético Muçulmano de Maputo veio salvar a ausência prolongada de equipas representantes da província no Moçambola.
O Desportivo da Matola foi a equipa que, antes da criação do Atlético Muçulmano, logrou esse feito ao conseguir participar no Campeonato Nacional há sensivelmente dez anos.
Designada por reunião provincial de futebol, o encontro, promovido pela Direcção Provincial da Juventude e Desportos de Maputo, pretende reflectir profundamente sobre o estágio do futebol na província e definir estratégias para resolução dos vários problemas que enfermam a modalidade naquela parcela do país.
Direcção da FMT toma posse hoje
A NOVA direcção da Federação Moçambicana de Ténis (FMT) eleita a 14 de Maio para o quinquénio 2010/2014 e encabeçada por Valige Tauabo toma posse amanhã à tarde na sede do Comité Olímpico de Moçambique.
O novo presidente da FMT a ser empossado hoje prometeu o relançamento da modalidade com a promoção do ténis júnior, que, no entanto, será suportado pelo programa de mini-ténis cuja experiência foi feita durante o mandato anterior e criou bases para o início da prática desta disciplina nalgumas províncias do país, com maior destaque para Niassa que, por essa via, foi a primeira a acolher o Campeonato Nacional em 2005.
Na agenda, relativa a 2010, que já caminha para a metade, a nova direcção prevê a realização dos Campeonatos Nacionais de seniores e juniores e do torneio de mestres, que envolve os melhores tenistas do ano nas duas categorias.
O próximo ano marcará o relançamento da prática de ténis propriamente dito, visto que, para além de competições de agenda nacional, será resgatado o “Open” de Moçambique, que no passado trouxe a Maputo tenistas de vários quadrantes do mundo.
Ainda sobre os incidentes contra a Argélia: FIFA sanciona Egipto
A FIFA obrigou ontem o Egipto a jogar as suas próximas duas partidas de qualificação para o Mundial 2014 a mais de 100 km do Cairo, devido aos incidentes ocorridos aquando da recepção à Argélia, na fase de apuramento para o Mundial 2010.
"O Comité de Disciplina decidiu interditar a realização dos dois primeiros jogos em casa num recinto situado a menos de 100 km do Cairo", lê-se num comunicado do organismo internacional, que decidiu ainda penalizar a Federação Egípcia de Futebol com uma multa de cerca de 70 mil euros.
A FIFA considera, portanto, que os responsáveis egípcios "não tomaram todas as medidas necessárias para garantir a segurança da delegação argelina, além da segurança e ordem no Estádio Nacional do Cairo", antes, durante e depois do encontro, disputado a 12 de Novembro de 2009.
Recorde-se que o autocarro da equipa visitante foi atacado, no caminho entre o aeroporto e o hotel, e quatro pessoas ficaram feridas, incluindo três atletas.
O encontro foi disputado depois, num clima explosivo, e o Egipto conseguiu um golo, nos derradeiros instantes, garantindo o empate na eliminatória e a disputa de um play off, no Sudão. Contudo, a Argélia garantiu, em Cartum, o apuramento para o Mundial 2010.
PREPARAÇÃO PARA MUNDIAL-2010 - Selecções africanas empatam
AS selecções africanas – Nigéria e Camarões – empataram com a Arábia Saudita e Geórgia, respectivamente, sem abertura de contagem nos desafios realizados terça-feira inseridos na sua preparação para o Campeonato do Mundo de Futebol a ter lugar na vizinha África do Sul.
Os ensaios, até certo ponto, corresponderam aos anseios dos técnicos das duas equipas africanas, uma vez que os respectivos técnicos tiveram a oportunidade de experimentar alguns jogadores que podem vir a ser alternativas na África do Sul, caso os titulares estejam impossibilitados, bem como os sistemas tácticos a usarem nessa maior prova futebolística do planeta.
Nos outros ensaios, o Paraguai e os Estados Unidos perderam com a Irlanda e República Checa, por 1-2 e 2-4. A Coreia do Norte, por sua vez, não foi para além de uma igualdade a dois golos diante da Grécia.
“Ranking” da FIFA: Moçambique sobe quatro lugares
MOÇAMBIQUE subiu quatro lugares no “Ranking” da FIFA ocupando agora a 85ª posição de acordo com a actualização ontem divulgada em Zurique, Suíça, que é a última antes do Mundial da África do Sul. O Brasil continua líder seguido pela Espanha.
Com as preparações para o Mundial a intensificarem-se, pouco mais de 20 jogos amigáveis foram disputados no mundo nas últimas semanas. Consequentemente, houve poucas alterações na actualização do “Ranking” Mundial.
O duelo pelo topo da lista entre o líder, Brasil, e a campeã europeia, Espanha, continua. Ambos têm boa vantagem sobre o pelotão formado por Portugal, Holanda e Itália. Em seguida vêm Alemanha, Argentina, Inglaterra e França e, mais atrás, dois países que não estarão na África do Sul, Croácia e Rússia, e que devem perder ainda mais terreno após o torneio.
Já os anfitriões do Mundial receberam um incentivo: a selecção sul-africana não só venceu dois amistosos como ganhou sete posições no “Ranking”, mais do que qualquer outra equipa. A África do Sul agora ocupa o 83º lugar. Os únicos países que conquistaram um avanço semelhante foram Omã (que aparece na 91ª posição, depois de subir seis degraus) e Estónia (em 99º lugar, galgando cinco posições). No grupo dos 100 melhores, Burkina Fasso (em 48º, com alta de quatro posições) e Montenegro (que avançou uma posição e agora é o 64º classificado) atingiram as suas colocações mais altas desde a criação da lista.
Dos 20 melhores, somente Croácia, Rússia e Egipto estarão ausentes na África do Sul. Com base na nova edição do “Ranking”, o Grupo G — que conta com Brasil, Portugal e Costa do Marfim — ainda é o mais equilibrado da Copa do Mundo, contanto que apenas as três melhores selecções sejam tomadas em conta. A média do trio é de 1239 pontos e 10º lugar. No entanto, levando-se em consideração as quatro selecções, o Grupo D, da Alemanha (18º lugar é a classificação média), encabeça o “Ranking”, enquanto o Grupo H, da Espanha, é o mais forte em termos de pontuação (1013 em média) — à frente do suposto "grupo da morte", cuja média é o 34º lugar e 1000 pontos.
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