QUANDO o jogo começou e o Ferroviário da Beira deu mostras de que estava para fazer um futebol de belo recorte técnico e táctico, parecia que teríamos uma bela tarde de uma partida do Moçambola, pois o Maxaquene também respondeu com algumas jogadas de gabarito, pelo menos até ao primeiro quarto do tempo.
Os beirenses saíram e logo tentaram assumir o jogo, mas faziam-no de forma atabalhoada e sem nexo e muito menos objectividade, enquanto os visitantes procuravam maior entrosamento na intermediária, um sector que tinha o seu “capitão” sombra de si próprio não conseguindo alimentar da melhor forma o ataque.
O golo do Ferroviário surgiu à passagem do minuto 33 quando numa triangulação bem feita do lado direito do seu ataque entre Carlos e Abílio, este cruzou para o interior da pequena área tendo a bola passado por uma “floresta” de pernas entre defensores dos “tricolores”, incluindo o guarda-redes, tendo parado nos pés de Mendes que, sem marcação, nada mais poderia fazer senão empurrá-la para a baliza desguarnecida.
Quando os locais ainda estavam na ressaca do golo festejando eis que uma jogada de contra-ataque rápido iniciada por Kito II acaba surpreendendo a defensiva e o guarda-redes Gervásio, pois Eurico deu seguimento positivo ao lance, restabelecendo a igualdade, resultado com que terminou a primeira parte sem que os golos justificassem algo na prestação das duas equipas.
No reatamento, nada de novo se viu a não ser a continuação de jogadas à papel químico da etapa inicial, e aos 81 minutos aconteceu a polémica do jogo com a expulsão de Kito II, com um vermelho directo por ter reclamado de forma violenta junto do juiz uma pretensa falta depois de se ter embrulhado com um contrário. O jogo parou cinco minutos, pois os jogadores cercaram Dionísio Dungaze pedindo explicação até que o “banco” do Maxaquene interveio para acalmar os ânimos.
Daí em diante nada de futebol se viu a não ser anti-jogo, principalmente por parte dos visitantes até ao fim. O juiz teve uma boa prestação.
FICHA TECNICA
Árbitro: Dionísio Dungaze, auxiliado por Mário Albino e Daniel Calavete. Joaquim Tomo foi o quarto.
Fer. da Beira - Gervásio, Edson (Nando), Ninito, Burra, Cândido, Abílio (Eládio), Nené, Carlos, Degato, Tony(Henriques) e Mendes.
Maxaquene - Nelinho, Maló, Fred, Narciso, Kito II, Nelsinho (Mucuapela), Jumisse, Maikel, Eurico (King), Liberty e Macamito (Amílcar).
Amarelos para Carlos, Jumisse e Nelinho e vermelho directo para Kito II.
ANTÓNIO JANEIRO
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