INÁCIO Sambo, uma das figuras incontornáveis de futsal nacional, participou, por indicação da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), num curso de nível básico virado para a formação de treinadores e instrutores.
Foi uma experiência muito proveitosa, onde estiveram presentes treinadores de onze países africanos, alguns dos quais à procura de aprender o ABC do futsal. Deu para colher mais alguns ensinamentos sobre as metodologias técnicas que irei procurar passar aos meus colegas num momento oportuno. Como foi um curso virado também para formação de instrutores aproveitei tirar o máximo proveito nesse aspecto e vi que existem diferenças abismais entre ser-se treinador e ser-se professor de futsal, aquele que realmente forma novos técnicos, disse Sambo.
Durante o curso, Sambo constatou que Moçambique está acima da maioria dos países africanos no que toca à organização e seriedade com que trata o futsal. Deu para tirar algumas ilações no que diz respeito à organização do futsal nos respectivos países. Apresentei o nosso programa de actividades e um pouco do historial e os dirigentes da CAF ficaram maravilhados. Posso dizer que apenas a Líbia e o Egipto mostraram um trabalho mais aturado. O resto dos países presentes denotou muitas lacunas organizativas.
Neste que foi o primeiro curso de futsal promovido pela CAF, Inácio Sambo defendeu ter sido muito importante, pois, para além do curso, principal objectivo da sua presença, serviu para trocar ideias e colher sugestões sobre o que deve ser feito para tornar o futsal africano cada vez mais competitivo. Esteve em análise a possibilidade de solicitar à FIFA o aumento de representantes africanos no “Mundial”. Esta é uma ideia que havia sido levantada por Moçambique no curso da FIFA em 2005, quando sugerimos a presença de duas selecções africanas. Essa meta foi alcançada agora. A luta passa por introduzir três países do Continente Africano.
Um outro ponto que foi discutido à margem do curso foi a possibilidade de o Campeonato Africano realizar-se de dois em dois anos, e não de quatro em quatro como vem acontecendo. Esta foi uma questão levantada também por Moçambique e tudo indica que vai ser julgada procedente pela CAF se se atender que já se equaciona a realização de um Campeonato Africano em 2010. O último “Africano” decorreu na Líbia em 2008.
Sambo revelou que a CAF terá ficado de tal forma agradada com o bom percurso que Moçambique vem tendo a nível da promoção de cursos de treinadores, do plano de competições a nível de selecções e equipas que tenciona organizar o próximo curso no país, mais concretamente na cidade de Maputo.Para além de Moçambique participaram no curso Líbia, Egipto, Zimbabwe, Uganda, Tanzânia, Maurícias, Egipto, Gâmbia, Quénia e Eritreia.
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