quarta-feira, 15 de julho de 2009

JOGOS DA LUSOFONIA - Moçambique arrebata segunda medalha

MOÇAMBIQUE conquistou ontem a sua segunda medalha nesta segunda edição dos Jogos da Lusofonia, que decorrem desde o dia 11 deste mês na capital portuguesa, Lisboa.

A partida com Cabo Verde (ARTUR FERREIRA)
Desta vez, a medalha foi de prata e conseguida pelo judoca Bruno Luzia, na divisão de menos de 66 quilogramas, que perdeu na final frente a um anfitrião.

Enquanto isso, Edson Madeira, a quem se tinha depositado tanta esperança, caiu logo na estreia. A primeira medalha, a de bronze, foi conseguida segunda-feira no atletismo, pelo barreirista Kurt Couto, nos 400 metros. Os resultados de ontem, à excepção do judo, não foram dos melhores. Tanto em basquetebol feminino como em futebol, as equipas nacionais tombaram aos pés de Portugal.

DEFESA COMPROMETIDA

Deolinda Gimo atleta ao serviço da selecção nacional feminina de basquetebol
A defesa do título em basquetebol sénior feminino está seriamente comprometida. Ontem, na sua estreia, a Selecção Nacional perdeu, de forma infantil, diante de Portugal, por 62-71, numa partida que esteve muito bem ao alcance das moçambicanas.

Portugal, sabendo que ia defrontar uma das melhores selecções destes jogos, entrou um tanto ou quanto tímido e foi aceitando aos poucos o domínio dos moçambicanos até ao final do primeiro período, que terminou a perder por oito pontos de diferença (14-22).

Mas no segundo período, as moçambicanas cederam algum espaço de manobra e permitiram que Portugal ganhasse confiança e acreditasse que era possível uma reviravolta. Nesta etapa, o jogo foi disputado taco-a-taco, com as portuguesas aos poucos a reduzirem o marcador e a chegarem ao intervalo a perderem apenas por cinco pontos.

O terceiro período terá sido determinante para a derrota de Moçambique. Portugal entrou certeiro. Logo nos primeiros segundos conseguiu um triplo e reduziu a desvantagem para apenas dois pontos.

No contra-ataque, Deolinda Ngulela perdeu a bola, permitindo que os “tugas” chegassem ao empate (35-35). Os três minutos que se seguiram foram de nervosismo por parte da equipa nacional que não acertava na defesa e nos lançamentos. Portugal passou assim pela primeira vez a comandar o marcador, primeiro por um ponto de diferença, para depois dilatar paulatinamente para três e mais tarde para cinco. A dois minutos do final deste terceiro período, Moçambique já perdia por 10 pontos, para no final a diferença estar em 14.

No quarto e último período, Moçambique forçou a barra, mas já era tarde, pois Portugal estava embalado e não dava nenhum espaço de penetração. Algumas jogadoras nacionais ainda tentaram alguns “golpes” para além dos 6,25 metros, mas os “tiros” saíam tortos.

A opção encontrada pela equipa técnica para uma possível reviravolta foi o “pressing”* homem-a-homem, que numa primeira fase até resultou, mas depois veio o período das faltas e aí Portugal levou a melhor.

Esta é a segunda vitória portuguesa neste torneio, depois de ter batido Angola, na primeira jornada.

Hoje, pelas 12:00 horas, Moçambique volta a entrar em campo, desta feita diante do Brasil, uma das candidatas ao título.

Refira-se que Angola venceu ontem Cabo Verde, por 71-22.

PERDER NA PONTA FINAL

A Selecção Nacional de futebol (sub-20) vai de mal a pior neste torneio. Depois de uma estreia promissora frente à Índia (2-0), os “Mambinhas” somaram por derrotas os restantes dois encontros.

No domingo, o cominado nacional foi vergonhosamente cilindrado por Angola (5-0) e ontem perdeu diante de Portugal, por 0-2.

No jogo de ontem, os moçambicanos voltaram a denunciar falta de concentração nos momentos cruciais. É que os dois golos de Portugal aconteceram nos últimos sete minutos, o que não se compreende e nem se permite numa equipa desta dimensão, com jogadores experientes e a actuarem na alta competição.

O próximo adversário chama-se Cabo Verde, que bateu Portugal (1-0) e Índia (7-1). Pelo que ainda se podem esperar mais dissabores.

Gil Carvalho**, em Lisboa

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