O FUTURO dos “Mambas” é promissor desde que se faça um trabalho contínuo e regular a nível da selecção de Sub-23, que ontem demonstrou uma certa qualidade que é justificada pela vitória sobre o combinado principal do Lesotho, por 3-1, em partida amigável realizada no campo do Costa do Sol.
O seleccionador nacional, Mart Nooij, esteve a acompanhar o jogo da bancada principal do campo dos “canarinhos” com o objectivo de tirar ilações em relação a cada um dos atletas que evoluíram no terreno, à busca de soluções para os “Mambas” e, no entender de Miguel Chau, ele terá saído satisfeito e com algumas indicações sobre as prováveis apostas para a selecção “A” que, no próximo dia 5 de Setembro, defrontará o Quénia, em mais uma partida de qualificação para o CAN e Mundial-2010.
Os prognósticos lançados para este jogo por alguns dos atletas seleccionados para o encontro foram confirmados na prática, visto que a equipa apresentou-se com uma estrutura equilibrada, que revelou algum conhecimento mútuo entre os seleccionados e uma boa interpretação táctica, que culminou com a vitória, por 3-1.
Houve um perfeito entendimentos entre os sectores: O quarteto defensivo constituído inicialmente por Butana, Mexer, Zainadine Júnior e Mayunda, revelou-se bastante coeso. No meio-campo, Josimar, pela direira, e Ruben, pela esquerda, apoiados por Nelsinho e Mustafá foram aguerridos e a experiência dos alas foi preponderante para catalizar o jogo ofensivo e valeu a técnica apurada de Tony na finalização. Maninho, que fazia a dupla com Tony, é que se revelou algo apático, mas soube colaborar com o seu companheiro de ataque.
MAIS JOGOS DE CONTROLO
Para além de servir de diagnóstico da capacidade dos atletas que possam ser elegíveis para os “Mambas”, o jogo de ontem foi um teste para a participação no primeiro torneio de futebol da CPLP de Sub-23, que se realizará em princípios de Setembro no Brasil. Miguel Chau voltou a vincar a necessidade de pôr a equipa a rodar regularmente, tendo em conta que é a base para o futuro dos “Mambas”.
A selecção de esperanças não se movimentava desde 2007, razão que pode ser relacionada com a crise de opções a nível da selecção “A”. Segundo Chau, a selecção de Sub-23 precisa de uma média de 100 jogos por ano, sendo a que está mais próxima da principal, por forma a oferecer várias alternativas aos “Mambas”.
Aliás, Chau anotou que nos países onde o futebol é sério, as selecções de esperanças estão constantemente em rodagem, através de participação em vários torneios internacionais. Disse, por exemplo, que a maior parte das selecções de Sub-20 que participaram nos Jogos da Lusofonia tem uma média de 60 jogos por ano, razão pela qual se revelaram mais astutas em relação ao combinado nacional.
SALVADOR NHANTUMBO
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