É, inquestionavelmente, o “grupo da morte”. Senão vejamos: Mali, campeão em título, Angola, Nigéria e Costa do Marfim. Cada um destes, sem sombra de dúvida, sério candidato ao pedestal de honra. Uns degraus abaixo, Tunísia, que igualmente espreita uma possível qualificação, e depois o Ruanda, que paulatinamente vai ganhando o seu espaço no contexto basquetebolístico africano em femininos.
Das surpresas já acontecidas, registo para o seguinte: derrota do Mali diante da Costa do Marfim por 10 pontos (52-62) e das marfinenses face às angolanas, pela mesma diferença (55-65). Angola, que igualmente bateu Ruanda (66-54) e Tunísia (62-56), comanda invicta o grupo com seis pontos, porém, tem agora dois colossos: Mali, hoje, e Nigéria, amanhã, para a decisão definitiva do seu primeiro lugar, ou não.
Mas há mais uma partida a ter em consideração nas contas finais: Costa do Marfim-Nigéria, esta tarde, num grupo em que, indubitavelmente, há a realçar o extraordinário crescimento das marfinenses, que “a priori” não eram tidas nem achadas para esta discussão que agora se desenrola.
Ora, tendo em conta que Moçambique, nos quartos-de-final, enfrentará um destes quatro adversários – não há melhor escolha possível – que preferência tem o seleccionador nacional? Nazir Salé afirma que será preciosamente nessa altura que irá começar, de facto, o Afrobásquete, dado que os candidatos vão se cruzar já no sistema de eliminatórias, portanto, sem qualquer apelação para uma nova oportunidade.
“Teremos que nos conformar com qualquer selecção que vier, pois há muitas surpresas neste grupo e outras virão ainda. Nesta altura, as escolhas são difíceis, até porque todos já estão com os olhos postos no título. Angola? Bom, se calhar continua a ser mais difícil jogar contra esta equipa do que com as outras, mas temos que estar preparados para o que der e vier”, referiu Nelito.
Segundo ele, o grande “handicap” das moçambicanas é o jogo interior, porém, parafraseando-o, como não se tem cão tem de se caçar com gato.
“A diferença não reside essencialmente no porte físico, mas em termos defensivos e de ataque. Contra o Senegal, por exemplo, falhámos oportunidades facílimas de obtenção de pontos. E esta foi a grande diferença entre nós e eles, pois podíamos ter chegado aos 60 pontos. Todavia, como nestas situações os “ses” não contam, mas sim os feitos, aquilo que temos que atingir no jogo, então, temos que aceitar a realidade”, destacou o “mister”.
ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo
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