terça-feira, 6 de outubro de 2009

Basquetebol – Liga Nacional Vodacom: Alta rotação “alvi-negra” beneficia Maxaquene

FOI verdadeiramente empolgante o fecho da primeira volta da Liga Nacional de Basquetebol Vodacom.

Jogo de Basquebol entre Real Sociedade e Benfica de Quelimane
Um fecho espectacular e uma vez mais a provar que o presente campeonato está de facto a fazer as delícias dos adeptos da bola-ao-cesto, neste momento incapazes de adiantar qualquer prognóstico em relação ao campeão, tal é a incerteza que se vive de jornada para jornada. Não havendo, doravante, nenhuma formação invicta, o quadro que se apresenta na linha da frente é o seguinte: Maxaquene 13 pontos, Ferroviário 13 e Desportivo 13, uma igualdade técnica atiçada pelo excelente triunfo, sexta-feira, dos “alvi-negros” sobre os “locomotivas” pela marca de 76-59, abrindo espaço para uma segunda volta ainda mais empolgante, até porque, na perseguição a este triunvirato, é necessário ter-se atenção à magnífica campanha que vem sendo levada a cabo pelo Ferroviário da Beira, que está a dois pontos dos comandantes.

A Liga Nacional de Basquetebol Vodacom conheceu uma paragem devido à realização, na capital do país, do Afrobásquete de Sub-16. Apesar desse facto, a verdade manda dizer que o seu regresso foi a todos os títulos gigantesco, a avaliar pelo extraordinário envolvimento dos atletas, com particular realce para os vizinhos Desportivo e Maxaquene, que se “uniram” contra os outros dois concorrentes da cidade de Maputo.

É que, paralelamente à vitória “alvi-negra”, os “tricolores” ganharam ao Costa do Sol por 84-77 e não somente ascenderam ao primeiro posto como também, e sobretudo, marcaram o ressurgimento do dinossauro, que fez um investimento num técnico espanhol com o claro objectivo de recuperar a sua verdadeira identidade.

Tendo em conta a presença em grande dos “locomotivas” do Chiveve, que se digladiam directamente com os “canarinhos” pela quarta vaga que dá acesso às meias-finais (“play-off”) e até ameaçam os três da frente, o campeonato ganha mais pólos de atracção, com as próximas jornadas a prometerem uma discussão sem quartel. Aliás, os beirenses podem achar-se com alguma vantagem, dado que grande parte dos desafios da segunda volta, nomeadamente com os adversários de Maputo, disputarão no Pavilhão dos Desportos da sua cidade e perante o seu público autenticamente louco.

Nesta sétima jornada, o Ferroviário da Beira já havia derrotado o Desportivo local por 100-64, conseguindo a segunda “chapa 100”, uma vez que já o tinha feito diante do Costa do Sol. Noutra partida da ronda, a Real Sociedade, formação que prometia lutar pela transição para os “play-off”, está a desencantar os seus adeptos, sendo a única que até aqui ainda não venceu. Desta vez, perdeu diante do Benfica de Quelimane pela marca de 73-91.

DESPORTIVO EM ALTA

A alta rotação “alvi-negra” funcionou em pleno. Foi um Desportivo destemido aquele que se apresentou diante do Ferroviário. Um Desportivo que, mesmo com algumas quebras de ritmo nalgumas etapas da contenda, procurou sempre manter a verticalidade, acabando por fazer justo a uma vitória (76-59) que põe a Liga Nacional de Basquetebol Vodacom ainda mais animada.

É que assim se criou um ciclo de vitórias e derrotas em torno dos três, senão vejamos: Maxaquene bateu Desportivo e perdeu com Ferroviário; Ferroviário venceu Maxaquene e baqueou diante do Desportivo; Desportivo foi derrotado pelo Maxaquene e ganhou ao Ferroviário. Interessante! Bastante interessante, mesmo.

Na partida de sexta-feira, a supremacia “alvi-negra” somente foi posta em causa no decorrer do segundo período, que terminou com uma igualdade (33-33). A seguir, mesmo tendo em conta algumas falhas imperdoáveis, a sua confiança já era de tal forma que inibiu os “locomotivas” **de tentarem um novo empate। Os três pontos (53-50) de vantagem foram depois ampliados nos últimos 12 minutos, altura em que se confirmou o triunfo, para satisfação dos seus adeptos.

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