O BÁSQUETE a nível da capital do país passou a partir de ontem a contar com cinquenta e cinco novos técnicos de Nível I que irão treinar basicamente as camadas de iniciação em diversos quadrantes (clubes, básquete “show” e torneio Mini Básquete-Millennium Bim e escolas).
O grupo de técnicos ora capacitado é fruto do curso promovido pela Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo (ABCM) e que foi ministrado pelo técnico espanhol Luís Lopez durante pouco mais de uma semana।
A assiduidade e a prática foram os requisitos exigidos para a aprovação dos técnicos। E tudo parece ter corrido de forma brilhante já que todos tiveram uma prestação excelente, conforme fez questão de frisar Luís Lopez.
O curso teve como principais “iten´s”: os fundamentos ofensivos e defensivos; ataque e defesa em equipas de formação e projecção de um vídeo com exercícios de técnica individual e fundamentos।
O aspecto técnico foi o que mereceu uma atenção especial। É neste sentido que o curso foi essencialmente prático para que os técnicos pudessem melhor assimilar os conhecimentos e tirar dúvidas resultantes das dificuldades que encontram nas suas respectivas equipas.
Participaram no curso técnicos oriundos do Básquete “Show”, Torneio MiniBásquete Millennium Bim, das escolas e de clubes. No final todos disseram estar satisfeitos com a iniciativa e já apelam para a promoção de mais cursos do género.
FOI MUITO IMPORTANTE
“FOI um curso muito importante। Aprendemos metodologias de treino desde o aspecto técnico à planificação dos treinos que serão muito úteis para o desenvolvimento das nossas actividades futuras”, Hadija Achá, fazendo uma avaliação daquilo que foi o curso.
Hadija, professora de Educação Física, diz que já tinha uma visão geral sobre as técnicas de basquetebol, mas que o curso veio lhe dar um conhecimento mais detalhado, pelo que faz uma análise muito positiva das novas lições. Acrescenta que a Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo deve continuar a promover mais cursos do género por forma a desenvolver a modalidade na vertente das camadas de iniciação.
BASTANTE POSITIVO
“Gostei muito de participar neste curso। Acho que foi bastante positivo, pois saio daqui com a percepção de que colhi ensinamentos novos e importantes, algo que ainda não tinha tido a oportunidade de aprender”, disse António Englesse visivelmente satisfeito. António Englesse, treinador de uma das escolas da capital do país, destacou as metodologias técnicas como a lição que mais lhe despertou a atenção. “Aprendemos como movimentar os pés quando temos a bola e preparamo-nos para efectuar um passe e também quando estamos a defender. Isso foi algo de novo e que me impressionou”, ajuntou que a planificação de treino foi igualmente muito positiva. Englesse é de opinião que iniciativas iguais a estas são sempre bem-vindas.
ADEQUAR O MÉTODO DE TREINO À ESTATURA DO MOÇAMBICANO
“O BASQUETEBOLISTA moçambicano é por norma baixo e não possui uma desenvoltura física notável ao contrário da composição dos do norte de África, como por exemplo os senegaleses. É neste sentido que os métodos de treino leccionados no curso estiveram mais virados para o aprimoramento dos aspectos técnicos”, afirma Ernesto António para quem foi muito bem orientado. Ernesto António é de opinião que este curso veio apenas despertar aquilo que o atleta moçambicano precisa: exponenciar a técnica. “O jogador moçambicano é por natureza dotado tecnicamente e é preciso potencializar estas qualidades já existentes tanto nos treinos como noutros cursos”, frisou. O participante disse ter participado em alguns cursos, mas que este teve um cariz especial já que aprendeu muita coisa nova.
CURSOS DESTES SÃO BEM-vindos
“Aprendemos muita coisa boa। O técnico espanhol esteve muito bem, ensinou-nos novas metodologias de treino e de maneira simples o que nos permitiu assimilar sem qualquer problema a mensagem que pretendia nos passar”, palavras de Ivo Pires, um dos participantes, quando questionado sobre como tinha decorrido o curso। Ivo Pires, treinador da equipa sénior da UP, diz ter ficado maravilhado com tudo o que aprendeu.
"Os métodos de planificação é algo que preciso de saber mais e felizmente surgiu a oportunidade de ficar a conhecer no curso. As técnicas de defesa, ataque, de lançamento e passe foi também algo de positivo”, disse ajuntando que os cursos desta natureza constituem uma mais-valia para o engrandecimento do básquete no país.
COMPORTAMENTO EXCELENTE
O espanhol Luís Lopez foi o técnico que durante cerca de uma semana se encarregou de ministrar o curso de Nível I que teve como objectivo elevar o conhecimento tecnico-pedagógico dos treinadores dos escalões de formação। No final do curso, cujo encerramento foi ontem, Luís Lopez era um homem satisfeito, pois é de opinião que todos os participantes demonstraram um excelente empenho.
“Notei que houve da parte dos jogadores muita gana em querer aprender e preocuparam-se em fazer sempre melhor। Foram extraordinários na forma como abordaram cada sessão de treino. Regresso hoje (ontem) a Espanha com a percepção de que cumpri com o meu dever”, anotou. O técnico espanhol diz que procurou trabalhar mais o aspecto técnico, atributo que ele considera ser a principal arma do jogador moçambicano, no caso particular o basquetebol.
“Deu para perceber que o jogador moçambicano é bom sob o ponto de vista técnico e foi nesta vertente que procurei trabalhar com maior incidência”, defendeu. Fazendo uma análise das principais lacunas do básquete moçambicano, disse que o técnico moçambicano precisa de trabalhar mais no aspecto colectivo a defender e atacar. O técnico gostaria de voltar a Moçambique para leccionar mais cursos.
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