segunda-feira, 13 de abril de 2009

MOÇAMBOLA-2009 - Maxaquene, 1 – Textáfrica, 0: Muito desperdício e perfume de Surprise

FOI um Maxaquene esbanjador e zarolho aquele que derrotou o Textáfrica na tarde de sábado, tendo terminado o desafio a defender a magra vantagem e a rezar para que o golo de empate não acontecesse para complicar as contas da disputa do primeiro lugar.

MUITA acção e pouca eficácia na abordagem táctica e algumas lacunas técnicas caracterizaram a actuação dos “tricolores” frente a uma Liga Muçulmana de Maputo
Antes do golo obtido por Hélder Pelembe, aos 28 minutos, a turma de Litos foi a única que demonstrou vontade de inaugurar o marcador, mas os dianteiros Liberty, Eusébio e o próprio Pelembe não atinaram com a baliza, desaproveitando boas situações para abrir o activo .

Perante a maior capacidade e velocidade na circulação da bola evidenciada pelos “tricolores” , o Textáfrica limitava-se a jogar no erro adversário, atitude que transformava o guarda-redes Soarito em mais um espectador do encontro. Assim, a equipa de Chimoio dava sinais de presença em campo quando o esférico chegava aos pés do sul-africano Surprise, decididamente o novo Maradona do “Moçambola ”.

Recorrendo ao seu tecnicismo e formidável leitura de jogo, Surprise baralhou a defensiva contrária por múltiplas ocasiões, obrigando Campira, Faria, Mustafa e Kiki a recorrem à violência para o parar.

Com quase toda A defesa amarelada, os jogadores do Maxaquene apresentaram-se mais solidários na etapa complementar, vigiando Surprise passo a passo, anulando muitas investidas contrárias. Ângelo, outro sul-africano dos “fabris” , puxou para si a responsabilidade do jogo e suplantou Macamito e Jumisse no miolo do terreno, que se apresentaram desencontrados na segunda metade.

Apesar de o Textáfrica ter adiantado várias “pedras” no terreno, obrigando o Maxaquene a povoar o meio-campo defensivo, pertenceram À equipa de Litos as oportunidades mais flagrantes de alterar o marcador, mas Macamito, Liberty, Michael e Steven foram perdulários em semana de Páscoa.

Com tanto desatino com a baliza, o desafio só podia terminar com a vitória escassa, numa tarde em que os adeptos que foram ao campo levaram para casa imagens lindas de como tratar a bola com esmero e carinho. Imagem de autoria de Surprise, um verdadeiro talento a espalhar o seu perfume no “Moçambola” .

A arbitragem de José Mandava foi táctica e disciplinarmente confusa. Ajuizou mal alguns lances e poupou alguns cartões amarelos, porém, não influenciou directamente no resultado.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: José Mandava, auxiliado por Agostinho Pelembe e Carlos Nhanengue. Quarto árbitro: Mateus Infante.

MAXAQUENE: Soarito, Campira, Nito, Faria, Kiki, Mustafa, Jumisse, Macamito (Narciso), Liberty, Hélder Pelembe (Steven) e Eusébio (Michael).

TEXTÁFRICA: Tony, Zola, Gervásio, Lóló, Dondo, Custódio, Mito, Ângelo, Malate (Tume), Sumbe e Surprise.

ACÇÃO DISCIPLINAR: cartões amarelos para Campira, Kiki, Jumisse, Dondo e Ângelo.

CUSTÓDIO MUGABE

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