O DESPORTIVO rubricou na tarde de sábado, no Estádio do 1º de Maio/Standard Bank, diante do Costa do Sol, uma das exibições mais bem conseguidas desta época, se não a melhor. Brindou os seus adeptos com um futebol de primeira, sobretudo na etapa inicial, período em que encostou os “canarinhos” às cordas.
O empate acabou tendo um sabor à derrota para o Desportivo, pois merecia ter saido do “1º de Maio” com uma vitória, nem que fosse pela margem miníma. Na primeira parte o Desportivo dispôs de cinco oportunidades claras para gizar a baliza à guarda de Antoninho.
A mais clara deu-se à passagem dos 14 minutos quando Nelson desperdiçou uma grande penalidade. O médio, que até realizou uma boa exibição, acusou algum nervosismo na hora “H” e rematou fraco, permitindo a defesa de Antoninho.
O “keeper” voltou a estar bem entre os postes ao efectuar uma defesa “do outro mundo” após cabeceamento de Binó. Na sequência desse lance, que deu origem a um pontapé de canto, Binó de novo, de cabeça, levou a bola ao poste.
Sonito, que fez parelha com Binó no ataque, também esteve em destaque ao errar o alvo por muito pouco após um cabeceamento. Cheirava a golo, mas estava escrito que a excelente exibição do Desportivo não iria ser coroada com uma vitória quando Muandro, que havia entrado para o lugar do lesionado Isac, não conseguiu fazer o golo quando se encontrava em posição privilegiada.
Ao intervalo era perceptível o desconsolo dos adeptos do Desportivo, enquanto do lado do Costa do Sol era visível o ar de preocupação, visto que estavam sem reacção, até porque na ausência do habilidoso Ruben, a cumprir castigo, Josimar mostrava-se incapaz de furar a bem montada defesa do Desportivo, onde Emídio, que mereceu a confiança do “míster” em detrimento de Mexer, foi um autêntico patrão. Aliás, a maior parte dos jogadores “alvi-negros” esteve em tarde inspirada com particular incidência para o avançado Binó, que até ser subsitituído por Imo, a meio da segunda parte, foi o verdadeiro espelho da raça “alvi-negra .
Superiorizou-se claramente aos defesas contrários e com a bola controlada jogou e fez jogar, só lhe faltou o golo que tanto procurou. Talvez por isso, quando saiu para dar lugar a Imo, a produção ofensiva do Desportivo baixou, foi sem este avançado que o Costa do Sol criou as únicas situações de golo. Primeiro por Perry, que entrou para o lugar de Marufo, e depois por Silvério. Esta última foi uma perdida clamorosa, já que Silvério só tinha Marcelino pela frente. No entanto, coube ao Desportivo, no caso a Sonito, a última oportunidade para quebrar a igualdade.António Massango manchou a sua exibição ao não assinalar um penalte a castigar falta de João Mazive sobre Sonito no decorrer da primeira parte. Ficou também por mostrar um cartão amarelo a Jonas após uma entrada a pé juntos sobre Isac, que saiu lesionado do lance.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: António Massango, auxiliado por Francisco Machel e Salomão José. Quarto: João Armando
DESPORTIVO: Marcelino; Zainadine Júnior, Emidio, Mayunda (Mexer) e Josué; Nelson, Tchitcho, Isac (Muandro) e Secanhe; Binó (Imo).
COSTA DO SOL: Antoninho; Jonas, Kito, João Mazive e Dito; Mambo, Hilário (Artur Comboio), Silvério e Josimar; Marufo (Perry) e Tó (Júnior).
DISCIPLINA : Cartão amarelo para Jonas do Costa do Sol.
IVO TAVARE
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