O CLUBE Desportivo da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) empatou ontem a zero golo com o Desportivo de Maputo, numa partida em que os dois conjuntos dividiram a sua actuação, tendo a primeira parte pertencido à equipa da casa e a segunda totalmente dominada pelos forasteiros.
Numa tarde agradável para a prática de futebol, onde os termómetros estiveram ao lado dos jogadores, logo nos primeiros minutos notou-se de ambos os lados uma atenção muito cautelosa com jogadas de sistema táctico quase idênticas, pois todos faziam tudo no sentido de povoar os dois meios campos e tentarem em contra-ataques construir os lances de golo. A turma do HCB conseguia sempre penetrar na zona mais recuada do Desportivo criando jogadas de perigo, mas que não surtiam os seus efeitos.
Já à entrada do primeiro quarto de hora, a turma do HCB poderia ter aberto o activo por intermédio de Danga, que recebeu o esférico de Eládio e à entrada da área desferiu um potente remate que foi defendido em voo por Marcelino, quando o público já gritava pelo golo.
Foi o primeiro lance de perigo do jogo no qual os “alvi-negros” reagiram e muito bem, conseguindo controlar o esquema de jogo do HCB.
Já na ponta final da primeira parte, o HCB voltou a manietar o Desportivo, mas a muralha montada por Semedo não permitia que a equipa da casa conseguisse os seus intentos, até porque tudo morria nos pés de Zainadine Júnior e Nelson que foram os autênticos “carrascos” dos avançados Danga, Amílcar e Gito.
A etapa complementar foi praticamente dominada pelo Desportivo que tudo fez para vencer a partida, mas faltou acutilância e agilidade dos seus avançados principalmente Muandro e Secanhe que na hora da verdade rematavam por cima do travessão ou desnecessariamente embrulhavam-se com os defesas do HCB.
A partir dos 65 minutos, o meio-campo da turma do HCB desapareceu por completo e a equipa defensiva congelou-se na defensiva como forma de assegurar o empate, porque os seus jogadores já não tinham estofo suficiente para jogar de igual com os “alvi-negros”.
As duas formações vendo o tempo esgotar-se, adoptaram outro sistema táctico, centrando as suas jogadas no meio campo e optando por ataques esporádicos à espera do apito final.
O jogo terminou com um nulo. Resultado justo que premeia o desempenho das duas formações.
A arbitragem, comandada por Abdul Gani, auxiliado por Gimo Patrício e Carlos Nhanjenje, tendo como Félix Maugente como quarto juiz, esteve bem.
Vejamos como as equipas alinharam:
HCB - Chico; Bila, Costa, Mucuapele, Antoninho, Paito, Eládio, Henry, Danga, Amílcar e Gito. Alinharam ainda Jordão e Aurito.
DESPORTIVO - Marcelino; Nelson. Zainadine Júnior, Sonito, Tchitcho, Binó, Muandro, Josué, Secanhe e Emídio.
Jogaram ainda Imo, Aníbal e Julinho.
Acção Disciplinar - Cartolina amarela para Artur Semedo, treinador do Desportivo, por alegadamente se dirigir mal aos árbitros.
Bernardo Carlos
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