FORAM duas faces! Duas faces distintas do mesmo emblema. O emblema “alvi-negro”, que na jornada basquetebolística do fim-de-semana, na capital do país, pautou-se pelo bem e pelo mal
Com claras mostras de a bola-ao-cesto da cidade de Maputo mudar de rei, face à caminhada vitoriosa da turma de Carlos Ferro, a luta centra-se também no apuramento para a fase regional da Liga Nacional de Basquetebol Vodacom.
E, para animar ainda mais este sensacional campeonato, vejamos estes dois resultados: o primeiro triunfo do Costa do Sol, frente ao Maxaquene, por números bastante expressivos para a natureza do adversário (113-64); e a vitória da Real Sociedade sobre Académica por convincentes 15 pontos (96-81), atiçando ainda mais a titânica luta entre os dois conjuntos pela qualificação para o “Nacional”.
Enfim, são dados que uma vez mais vincam a competitividade, o interesse e o suspense que vêm caracterizando a prova, facto igualmente testemunhado pela espectacular aderência do público nos recintos onde decorrem os jogos.
O Desportivo está muitíssimo bem lançado na liderança com 10 pontos; o Ferroviário procura, debalde, derrubar este seu oponente; o Maxaquene está irreconhecível, com apenas uma vitória sobre o Costa do Sol, na primeira volta, tendo este, agora, se vingado extraordinariamente.
No Grupo B, Real Sociedade consolidou o comando, face à sua segunda vitória sobre a rival Académica, que, entretanto, protestou o jogo, alegadamente devido à má inscrição dos dois sul-africanos que actuam pelos “estudantes”, designadamente Sedrecki e Lake. Não longe do “conflito” estão Universidade Pedagógica e Aeroporto, dois conjuntos a encaixarem-se perfeitamente no campeonato e a revelarem que, caso houvesse possibilidade de disputarem a etapa regional sul da Liga Vodacom, bem poderiam trilhar pelo sucesso.
QUANDO DEOLINDA QUER…
Momentaneamente, face ao gigantismo do Desportivo, acompanhado pelo reluzir das suas estrelas, Anabela Cossa, Valerdina Manhonga, Cátia Halar e companhia, esquecemo-nos de nomes muito bem sonantes como os de Deolinda Gimo e Rute Muianga, duas referências incontornáveis da nossa bola-ao-cesto. Pois, diante das bicampeãs africanas, as “locomotivas” quiseram, e muito bem conseguiram, descarregar toda a vingança acumulada doutras competições, acabando por vencer sem quaisquer reticências por 64-56, com 36-27 ao intervalo.
Deolinda Gimo desta vez quis e conseguiu: foi verdadeiramente o esteio do triunfo da sua equipa, não somente pelos 30 pontos conseguidos como também pela forma como se exibiu, terminando com uma intervenção de se lhe tirar o chapéu.Rute Muianga ficou-se pelos 11 pontos, no entanto, a sua contribuição na contenda foi magnífica, silenciando o galanteio das “alvi-negras”, incapazes de travar o vendaval da turma de Carlos Aik. Mais: Nádia Zucule e Janete Monteiro foram de uma preciosidade fora de série, justificando-se perfeitamente a vitória construída brilhantemente.
Pelo seu figurino, acreditamos que este campeonato ainda vai continuar a prender a atenção dos amantes da modalidade. É que, nesta fase, talvez seja menos importante terminar na primeira posição, pois seguir-se-á a etapa dos “play-off”, altura em que o triunvirato Ferroviário, Desportivo e APolitécnica, neste momento com 11 pontos cada, decidirá efectivamente quem é quem.
QUADRO DE RESULTADOS
Seniores Masculinos
Eagles-Académica (35-77)
Aeroporto-UP (64-96)
Ferroviário-Desportivo (47-61)
Maxaquene-Costa do Sol (64-113)
Académica-Real Sociedade (81-96)
Eagles-Aeroporto (49-52)
Seniores Femininos
Ferroviário-Desportivo (64-56)
A Politécnica A-A Politécnica B (88-54)
Eagles-Académica (19-70)
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