ROBERT Enke morreu na madrugada de ontem ao atirar-se para uma linha de comboio em Neustadt am Rübenberge, Hanover. “Posso confirmar que foi suicídio”, disse Robert Neblung, amigo e empresário do jogador, à agência SID.
“É uma notícia horrível”, disse o presidente do Hannover 96, Martin Kind, que foi informado pela Polícia no aeroporto, quando regressava de uma reunião da Liga alemã. “Esperávamos muita coisa, mas algo assim não, não sei o que aconteceu e porquê”, disse Kind à agência dpa.
O presidente do clube da Bundesliga mostrou-se convicto, no entanto, de que a morte de Enke “não teve nada a ver com o futebol”.
Devido à infecção bacterial, o antigo guarda-redes das águias esteve algum tempo afastado dos relvados, tendo regressado na última ronda da Bundesliga frente ao Hamburgo (2-2). Apesar de não ter sido chamado para os jogos particulares com o Chile e a Costa do Marfim, a 14 e 18 de Novembro, o seleccionador alemão, Joachim Löw, tinha deixado claro que contava com ele para número um da baliza da Mannschaft no Mundial-2010, na África do Sul.
Enke, internacional por oito vezes, nasceu a 24 de Setembro de 1977, em Jena, na então República Democrática da Alemanha, e ao longo da sua carreira representou o Carl Zeiss Jena, o Borussia de Mönchengladbach, Benfica, Barcelona, Fenerbahçe, Tenerife e Hannover 96, clube no qual alinhava desde 2004.
A Federação alemã recebeu a notícia logo após um dos treinos do estágio que está a realizar em Bona para o jogo com o Chile. Entretanto, o organismo publicou um comunicado em que manifesta o seu “profundo pesar” pela morte de Robert Enke, e Joachim Löw e o director desportivo, Oliver Bierhoff, informaram os jogadores. “Estamos todos muito chocados e sem palavras”, disse Bierhoff à SID.
O governador da Baixa-Saxónia, Christian Wullf, mostrou-se também muito abalado com a notícia da morte de Enke. “A Alemanha perdeu um atleta de excepção e uma pessoa sensível, que foi um exemplo para muitos, estamos de luto e enviamos condolências à mulher, à família e aos seus muitos amigos”, disse Wullf num comunicado da chancelaria do governo regional, em Hanover.
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