segunda-feira, 31 de maio de 2010

MOÇAMBOLA-2010 - Atlético, 1-Textáfrica, 1: Domínio repartido


NA primeira parte, o Textáfrica superiorizou-se aos donos da casa, que aos 50 segundos, podiam ter inaugurado o marcador, se Patrício tivesse acertado no remate à baliza de Scheimmeikel, depois de uma belíssima jogada de ataque.

Face a esta situação pensou-se que o Atlético fosse “massacrar” o seu adversário, mas foram os “fabris” que encurralaram o seu adversário, dificultando-o em todos os capítulos. A equipa “muçulmana” terá se ressentido da ausência de Fala-Fala no meio-campo e não conseguiu “pensar” o jogo como se impunha, facto que foi aproveitado pelos visitantes, que à passagem do minuto 30 da primeira parte chegaram ao golo, numa clara displicência dos defensores do Atlético, com Nino a concluir com êxito.

As contas de Uzaras começaram a ficar mais complicadas, tendo em conta o posicionamento da sua equipa na tabela classificativa, acrescida às dificuldades de conseguir controlar o jogo para poder chegar à vitória. O Textáfrica era um adversário que estava ao seu alcance, mas difícil era contorná-lo.

Já no final da primeira parte, o Atlético Muçulmano desfez-se da ansiedade e tomou de assalto o meio-campo contrário, mas o seu “calcanhar de Aquiles” foi o capítulo de concretização. Os seus avançados não atinavam com a baliza contrária. Os seus remates, quase todos, saíam muito por cima da baliza.

No início da etapa conclusiva, o Atlético Muçulmano entrou a pressionar o seu oponente, com jogadas de belo recorte técnico, mormente protagonizado por Chees, do lado direito, que foi uma autêntica dor de cabeça para Dondo e sua turma. Muitas faltas foram assinaladas a partir desse lado, que semearam pânico à baliza dos homens da Soalpo.

Uzaras Mahomed incitava os seus pupilos para pressionar o seu adversário, mas esqueceu que Nino é um jogador veloz e, por pouco não chegou aos 2-0, numa jogada de contra-ataque, que só terminou quando a bola “beijou” as malhas laterais de Anivaldo, num autêntico susto para os donos da casa.

Aos 23 minutos, o Atlético chegou ao golo de empate na sequência de um livre. De muito longe, Tony rematou, sem muita força, mas Scheimmeikel, num erro de cálculo não se fez à bola e viu-a, de forma surpreendente, a ultrapassar a linha do golo.

A partir de então, o Atlético desfrutou de mais ocasiões para chegar ao segundo golo, ante um Textáfrica sempre inconformado com o resultado, pelo menos até à explusão de Tawinha, aos 85 minutos de jogo.

Samuel Chirindza assinalou alguns foras-de-jogo inexistentes ao ataque do Textáfrica. A expulsão de Tawinha não sofre qualquer contestação.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Samuel Chirindza, coadjuvado por Arsénio Marrengula e Félix Maugente. Quarto árbitro: João Armando

ATLÉTICO MUÇULMANO: Anivaldo; Nelito, Hilário, Chico, Henriques, Sergio , Chees, Mouka, Ivan, Patrício e Nelsinho.

Jogaram ainda: Avelino, Gito e Tony.
TEXTÁFRICA: Schmmeikel; Ernest, Tawinha, Casimiro, Dondo, Nino, Phondo, Mangalo, Jordão, Paulo e Lalito. Alinharam ainda: Loló, Bito e Félix.

Golos de Tony (Atlético) e Nino (Textáfrica)

Acção disciplinar: Amarelo para Sérgio (Atlético) e Paulo (Textáfrica). Vermelho para Tawinha.

Joca Estevão

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