sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

CAN-2010 - Angola: Um “adeus” agridoce




O FIM da aventura angolana no CAN fez-se com lágrimas, mas também com esperança no futuro. Nem tudo correu conforme previsto, mas os “Palancas Negras” espevitaram um povo que sonhava vê-los na final.

O capitão André Makanga não esconde a dualidade de sentimentos. Por um lado, a "tristeza por Angola não ter chegado mais além", mas, por outro, "satisfeito com o desempenho dos seus colegas".

André reafirmou o "nível exemplar do CAN e espera que as novas infra-estruturas venham a ser determinantes para que os nossos dirigentes possam apostar na formação e no futuro possamos vir a ter uma selecção mais forte".

Já Rui Marques ficou "satisfeito pela forma como decorreu o Campeonato das Nações Africanas, com todo o entusiasmo do público e com as infra-estruturas que foram criadas para ajudar no desenvolvimento do futebol angolano".

O titular da baliza angolana, Carlos, que teve uma participação positiva, que poderá até lhe abrir outras portas para a sua carreira. Mas, para já, Carlos apenas pensa no Rio Ave: "Só penso em ajudar o clube, depois no final da época se verá."

CAN-2014 pode mudar de data



A Confederação Africana de Futebol (CAF) está a considerar alterar as datas das próximas edições do CAN. Em questão está o facto de a competição africana coincidir com um ano em que se disputa um Campeonato Mundial.

O Presidente da CAF, Issa Hayatou, afirmou que a mudança está planeada para a edição de 2014, que passaria a ser disputada em 2013. A razão desta mudança prende-se com as constantes críticas de treinadores e dirigentes de clubes europeus. Em face das críticas, a CAF já havia implementado alterações à estrutura da prova deste ano, passando esta a ser disputada na última semana de Janeiro, em vez de ser na segunda semana de Fevereiro como em 2008.

Um porta-voz da CAF afirmou que nada será decidido antes do próximo mês e apenas se a Líbia, país que albergará a edição de 2014, aceitar a mudança.

De realçar que a edição de 2012, realizada em co-organização entre Guiné Equatorial e Gabão, não será afectada.

CAN-2010 - Organização e vencedores recebem troféus especiais

O COMITÉ Organizador do Campeonato Africano das Nações (COCAN) vai oferecer à equipa campeã e ao melhor jogador troféus especiais durante a cerimónia de encerramento do CAN, a serem atribuídos pela Rede Africana de Educação para Todos.

Segundo um comunicado do COCAN, a iniciativa visa incentivar os talentos do futebol africano e promover os objectivos de educação para todos, com os olhos no próximo Mundial, a disputar-se em Junho deste ano na África do Sul.

CAN-2010 - Imprensa elogiada



O DIRECTOR de Comunicação da Confederação Africana de Futebol (CAF), Habuba Souleiman, felicitou ontem, em Luanda, os órgãos de comunicação social, nacionais e estrangeiros, pela cobertura positiva do Campeonato Africano das Nações.

Habuba Souleiman manifestou este agrado quando falava no seminário de capacitação técnico-profissional dirigido aos jornalistas desportivos nacionais, organizado pelo Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor) e a Associação de Imprensa Desportiva Angolana (AIDA), no âmbito da 27ª edição do CAN.

Na sua intervenção, o director de comunicação da CAF fez também alusão a alguns constrangimentos, como o desrespeito de normas internacionais de cobertura desportiva, por porte de profissionais, que atrapalham o trabalho da organização e dos jogadores.

Por este facto, defendeu a necessidade da observância por todos os jornalistas das normas internacionais, bem como dos prazos para execução dos trabalhos e locais para a circulação em cada um dos vários eventos no quadro da prova.

Durante o seminário abordou com os presentes, entre outros assuntos, as regras estabelecidas e o posicionamento dos distintos profissionais (repórteres fotográficos, operadores de câmara e jornalistas).

Falando também sobre o nível de cobertura, o consultor de imprensa desportiva brasileiro Laércio Roma mostrou-se satisfeito, quando abordava o painel sobre Imprensa e Rádio.

Laércio Roma disse que apesar de algumas dificuldades, como o acesso às fontes e outros entraves próprios numa competição do género, “a cobertura que tem sido feita pelos profissionais é muito boa”.

Por este motivo, realçou o grande envolvimento, qualidade e profissionalismo nos trabalhos de cobertura da competição.

Campeonato improvisado nunca podia ser agradável!



O CAMPEONATO Nacional de Boxe, adiado por diversas vezes por razões que até hoje ninguém as soube explicar, acabou acontecendo em Maputo e não em Nampula, como estava inicialmente previsto, debaixo de um improviso que até manchou a própria dimensão do evento.

Os pugilistas não estiveram nos seus melhores momentos, principalmente os das províncias que denotaram clara falta de rodagem. Aliás, a diferença de nível competitivo entre os “boxeiros” de Maputo e das restantes províncias é abismal. Enquanto os da capital realizam normalmente jogos, os das províncias nada têm feito, intensificando a sua preparação quando se aproxima um evento de caráter nacional, como alguns revelaram à nossa Reportagem.

O único representante de Gaza disse que desde 2006 nunca realizou um combate. Imagine-se para uma modalidade como é esta em que todos os cuidados são poucos. Na primeira ronda, a nossa Reportagem testemunhou o abandono do ringue, ainda no primeiro assalto, dum pugilista de Sofala, supostamente acometido por diarreia.

Mas antes, haviam sido anunciados casos de irregularidades nas pesagens. A mais gravosa foi a dum atleta do Ferroviário, cujo nome não nos revelaram, que decidiu, não se sabe a mando de quem e para que efeitos, introduzir pedras no “bikini” no acto das pesagens, mas que acabou sendo descoberto e desqualificado, não se sabendo que futuro lhe reserva a modalidade.

As irregularidades foram aos montes. Os árbitros, como sempre, foram os mais visados. É que alguns nem sabem interpretar as normas, acabando por influenciar nas decisões finais dos jogos.

A título de exemplo, é que no encontro dos 48kg, da final, Alberto Tomás, de Manica, depois de ter levado tanta tareia com o jovem promissor da Academia Lucas Sinoia, Filipe José (atenção a este jovem!), foi-lhe atribuída a vitória, ficando uma vez mais claro que quem está desactualizado nas regras do boxe é a arbitragem.

ÁRBITRO PALHAÇO

Só quem viu é que pode acreditar no que vamos aqui retratar. Decorria o último combate da noite entre Sérgio Hassane e Isac Dimande, ambos do Ferroviário, para a divisão dos 91kg, quando o árbitro de Nampula virou-se para a mesa de júri e acenou para Jorge Amade e outros juízes a perguntar o que fazia naquela situação do jogo.

Virou um autêntico palhaço no meio dum público que vibrava intensamente com os golpes. Será que com estes árbitros podemos desenvolver a modalidade? Até porque este árbitro não é culpado. O culpado é quem o colocou entre aqueles quatro cantos do ringue. E, como isso não bastasse, no final, ergueu o punho de Sérgio Hassane quando, na verdade, o vencedor tinha sido Isac Dimande – mais uma aberração!

Para se compreender melhor o quão foi improvisado o Campeonato Nacional, basta acrescentar que por cima do ringue não havia iluminação e o próprio rectângulo de jogos estava com vários remendos e ia cedendo para um lado ao longo dos combates. O tapete que cobre o palco de madeira não estava em condições, fazendo com que os pugilistas tropeçassem constantemente. As cordas não estavam igualmente esticadas.

Para uma modalidade tão sensível como é o boxe exige-se muita seriedade.

LIMÓNIO E MACITELA OS MELHORES DA PROVA

Entretanto, Filipe Limónio e Fracisco Daniel Macitela foram eleitos os melhores do torneio, numa votação de dirigentes, treinadores e árbitros.

Filipe Limónio foi galardoado como o melhor árbitro, enquanto Francisco Macitela, do Matchedje, na divisão dos 69kg, foi agraciado com o título de melhor pugilista do torneio.

Futebol: Reforços bem integrados no campeão nacional



DIA-APÓS-DIA, o Ferroviário de Maputo tem vindo a acelerar a sua preparação. O ritmo é nesta altura mais acelerado, comparativamente a outros “teams” devido a sua participação na Liga dos Campeões Africanos, onde terá pela frente o AC Mitsamiouli das Ilhas Comores, a 14 de Fevereiro próximo.

Já se nota um certo dinamismo na elaboração de algumas jogadas. O entrosamento é bom, até porque o campeão nacional não perdeu nenhum jogador fundamental da época passada. Mas quem nesta altura tem se destacado de forma positiva e mesmo admirável nos treinos são as novas caras.

As referências do novo plantel, Marufo (ex-Costa do Sol), Imo (ex-Desportivo) e Itálo (ex-Textáfrica), todos eles com características ofensivas, têm se destacado nos treinos e deixam mostras de ser uma mais-valia para o Ferroviário no ataque ao “tri” e ao acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Outra mais-valia para o Ferroviário tem a ver com a integração nos treinos de Danito Parruque, Momed Hagy e Whisky, internacionais moçambicanos que estiveram ao serviço dos “Mambas” no CAN.

Para além dos jogadores já referidos, o campeão nacional reforçou-se com Cândido (ex-FC Chibuto), Cassoko (ex-Académica), Victor e Rafael, este dois últimos brasileiros.

Mas nem tudo são boas notícias para o “staff” técnico, visto que Joca e Faife, com problemas físicos, não estão em perfeitas condições de darem o seu contributo.

Os treinos têm decorrido no campo da baixa sob a orientação de Chiquinho Conde e Caló, que se mostram rigorosos na forma como os jogadores abordam o jogo em todos os sectores (defesa, meio-campo e ataque).

Refira-se que durante o estágio pré-competitivo na África do Sul, semana passada, os “locomotivas” realizaram cinco jogos e os resultados não foram positivos: derrotas com o Moroka Swallows (1-3), Bidvest Wits (1-3), AmaZulu (0-3) e Jomo Cosmos (1-2). Conseguiu apenas um empate com o Jomo Cosmos (2-2).

Mesmo assim, Chiquinho Conde avaliou o estágio como tendo sido positivo na medida em que serviu para integrar os reforços.

LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL - Sporting testa Braga no Minho



OS dois sportingues, o de Braga e de Portugal, protagonizam hoje, a partir das 22:45 horas, o desafio mais apetitoso da 17ª jornada da Liga Portuguesa de Futebol.

Os bracarenses, líderes da prova com 39 pontos, terão em casa, no estádio 1° de Maio, no Minho, um verdadeiro teste ao estatuto que usufruem neste momento.

Recebem um Sporting que está crescendo de forma e jogará para recuperar os pontos perdidos, após um primeiro terço de campeonato desastrado. Somaram derrotas inesperadas, uma das quais em Alvalade, frente a este mesmo Braga. Os “leões” ocupam a quarta posição com 27 pontos.

O FC Porto, detentor do título, desloca-se a Madeira para medir forças com o Nacional. Os “dragões” não atravessam um bom período de forma. Na última jornada empataram, em casa, a uma bola, frente ao Paços de Ferreira. Antevê-se uma tarefa espinhosa para os comandados de Jesualdo Ferreira, que por sinal têm sentido muitas dificuldades nos embates com os nacionalistas.

Dos candidatos ao título, o Benfica é o último a entrar em acção amanhã, recebendo no seu reduto o V.Guimarães. Os “encarnados” têm realizado boas exibições aliadas às vitórias volumosas. O ataque é a principal arma do actual segundo classificado e se não se aplicarem a fundo os vimaranenses terão muitas dificuldades para arrancarem pelo menos um empate.

O Benfica soma 39 pontos os mesmos que o Braga.

JOGOS DA 17ª JORNADA

HOJE

Sp. Braga-Sporting 22:45

AMANHÃ

Naval-Belenenses 18:00

U. Leiria-Olhanense 18:00

Nacional-FC Porto 19:00

Benfica-V. Guimarães 21:15

DOMINGO

V. Setúbal-Rio Ave 18:00

P. Ferreira-Académica 20:00

SEGUNDA-FEIRA

Leixões-Marítimo 22:15

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

CAN-2010 - Oportunidade única para fazerem as pazes


ARGÉLIA e Egipto estão dispostos a esquecer os violentos confrontos ocorridos a 12 e 18 de Novembro, por ocasião dos jogos entre as duas selecções, primeiro no Cairo e depois na capital do Sudão, Cartum.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países magrebinos conversaram ao telefone e concordaram que se trata de “uma oportunidade única” para reatar relações que sempre foram cordiais entre estes vizinhos do norte de África.

No campo, o duelo promete ser animado. Jogadores e técnicos ainda não entraram em guerra de palavras, mesmo sabendo-se que apenas uma das equipas vai marcar presença na final. Na luta por um lugar no Mundial foi a Argélia que saiu vencedora, mas o Egipto tem agora a seu favor o facto de ter vencido as últimas duas edições da maior competição africana de selecções.

Das quatro equipas que vão marcar presença nas meias-finais de hoje, há duas com jogadores a recuperar de lesão. Uma é mesmo a Argélia, que já pode contar com Chaouchi mas não teve ontem Ziani no treino, embora os médicos garantam que recupera a tempo do jogo de hoje.

Também o Gana se prepara para enfrentar a Nigéria, às 18.00 horas, no jogo que decide qual delas estará na final. Nos ganeses, Annan já é opção, tal como Gyan e Ayew, enquanto Opoku não joga porque está castigado.

JOGOS DAS MEIAS-FINAIS (HOJE)

18:00h - Nigéria-Gana (Luanda)

21:30h - Egipto-Argélia (Benguela)

JÁ SE PREPARA CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO

APESAR de alguns tentarem distrair os mais curiosos, a verdade é que foram muitos os que escolheram a manhã de terça-feira para ir até ao Estádio da Cidadela, em Luanda, e ver em primeira mão o ensaio geral da cerimónia de encerramento desta edição do CAN.

Cerca de 300 dançarinos testaram pela última vez a coreografia que irão apresentar no domingo, em pleno Estádio 11 de Novembro, palco da grande final, numa bonita demonstração que vai recorrer a danças tradicionais angolanas, polvilhadas aqui e ali com coloridas máscaras que representam os vários grupos étnicos do país de “Zé Du”. E, pelo que foi possível constatar, está tudo decorado para o grande dia.

CAN-2010 - Hassan promovido a figura nacional



TINHA apenas 23 anos quando se estreou no CAN com a camisola do Egipto. Ahmed Hassan era jovem e acabava de despontar no Ismaily, clube mais representativo da região junto ao Sinai. Vinha de Aswan, bem lá no sul, para onde se mudara com a família e sonhava vir um dia a ser um famoso jogador de futebol.

Passaram 11 anos e os dois golos que marcou aos Camarões, no jogo dos quartos-de-final que o tornou o africano mais internacional de sempre - 170 vezes -, foi mais um momento alto de uma carreira com algum sucesso. Quase a dizer adeus ao futebol, o que pode acontecer no próximo ano, Hassan já garantiu o lugar na história desportiva do país.

Estreou-se no Burkina Faso, em 1998, e marcou um dos golos com que o seu país derrotou a África do Sul na final, arrecadando o troféu. Viria, entretanto, a conquistar mais dois, num total de seis participações na mais importante prova continental e, em 2006, também o troféu de melhor jogador do torneio.

As exibições valeram-lhe uma transferência para a Turquia, onde alinhou durante vários anos, com passagem de duas épocas pelo Besiktas, onde apontou 30 golos, mesmo sendo um médio-ofensivo. Transferiu-se depois para o Anderlecht, mas foi já no Al Ahly, com Manuel José, em 2008, que participou no Mundial de Clubes, ficando em terceiro lugar.

VERDADEIRO HERÓI

Ahmed Hassan tem o mesmo nome do presidente que antecedeu Saddam Hussein no Iraque e o apelido igual a Hossam, o melhor futebolista egípcio de todos os tempos. Com o político não tem outras afinidades conhecidas, mas do craque herdou a braçadeira de capitão e muito talento.

Nasceu em Marghagha, humilde cidade da província de Mynia, 250 quilómetros a sul do Cairo e é por isso que o consideram hoje o orgulho do Alto Egito.

Uma região pobre, que tem a agricultura e a pecuária como principais actividades e que recorre à indústria dos sabonetes e dos perfumes como maior incentivo à economia local. Hassan ainda não decidiu o que vai fazer quando terminar a carreira. Por enquanto, prefere aproveitar o ano e meio que ainda tem pela frente no futebol.

CAN 2010 - Vamos manter a mesma dinâmica para ganhar - afirma capitão argelino



O CAPITÃO da selecção da Argélia, Mawsouri Yazid, afirmou terça-feira, em Benguela, que o seu conjunto vai aplicar a mesma dinâmica do jogo contra a Costa do Marfim (3-2), de forma a ultrapassar o Egipto, quinta-feira, na partida das meias-finais, a decorrer no Estádio Nacional de Ombaka.

“Dado que os argelinos e egípcios se conhecem em relação ao sistema de jogo, vai haver uma disputa bastante renhida”, perspectivou o atleta, ao falar à Imprensa, momentos depois da chegada a Benguela da equipa, que integra 62 elementos, entre atletas, treinadores, dirigentes e jornalistas, tendo em vista o jogo com os “Faraós”.

Mostrou-se convicto de que a Argélia tem possibilidades de ganhar pelo menos por 1-0, embora admita que vai ser difícil, devido à qualidade do adversário.

“Sabemos que este jogo é difícil, mas pensamos que somente a vitória nos interessa para chegarmos à final e discutirmos o título”, ressaltou, esperando que a equipa aproveite todas as oportunidades de golos.

Na sua opinião, o facto dos jogadores se conhecerem bem, dá uma certa vantagem às duas equipas.

CAN-2010 - Goleadores deixam prova sem brilharete



OS avançados Samuel Eto’o, Didier Drogba e Frédéric Kanouté chegaram ao CAN com o estatuto de goleadores “letais”, mas apontaram em conjunto, contra todos os prognósticos iniciais, apenas cinco golos que perfazem uma média colectiva de 1,6.

Há uma década, o trio tornou-se referência obrigatória nos principais campeonatos da Europa, um atributo que pouco contribuiu para a materialização do objectivo principal: a conquista do troféu.

Desse grupo de estrelas, cuja veia goleadora amedronta defesas em todo mundo, o maliano Kanouté (do Sevilha de Espanha) e o camaronês Eto’o (do Inter de Milão da Itália) foram os mais eficazes, com dois tentos cada, contra um do marfinense Drogba (do Chelsea da Inglaterra).

Com a eliminação desses goleadores e dos actuais artilheiros da prova, Flávio (Angola) e Seydou Keita (Mali), com três golos, apenas um goleador africano com créditos na Europa fica ao serviço do CAN.

Trata-se do nigeriano Obafemi Martins, o mais cotado entre os avançados das quatro selecções apuradas às meias-finais (Gana, Argélia, Egipto e Nigéria), que tem a obrigação de elevar as performances já registadas, se quiser comandar as “Super Águias” na luta pelo título, perdido em 1994.

Oba Oba, como é conhecido o jogador do Wolfsburg da Alemanha, é uma das principais esperanças nigeriana no CAN, a par do médio Obi Mikel, do Chelsea da Inglaterra, Peter Odemwingie, do Lokomotive de Moscovo da Rússia, e Ayegbeni Yakubu, do Everton da Inglaterra.

Os dados estatísticos de Eto’o, Drogba e Kanoute na 27ª edição dessa prova africana podem ajudar a compreender as razões da saída prematura do Mali, dos Camarões e da Costa do Marfim que, apesar de terem outras opções de luxo, assentam muito o seu futebol nesses goleadores letais.

Os números individuais de cada um sustentam a fraca produtividade ofensiva de um trio de respeito no futebol mundial, cujos desempenhos deveram-se, também, a prestações menos conseguidas pelos seus planteis, aos quais ficaram impotentes de ajudar com os habituais golos.

Eto’o participou dos quatro jogos dos “Leões Indomáveis”, tendo marcado apenas dois tentos, um dos quais à Zâmbia, na segunda jornada da série D, e o outro à Tunísia, na derradeira partida da fase de grupos.

Ainda assim, foi notável a prestação do antigo goleador do Barcelona de Espanha, equipa com a qual conquistou o troféu de Melhor Atacante da Liga dos Campeões da UEFA, em 2005-06, e de Artilheiro do Campeonato Espanhol (La Liga), na mesma temporada.

Com a eliminação dos Camarões nesta segunda-feira, diante do Egipto (3-1), o Melhor Jogador Africano em três anos consecutivos (2003-2005), vê-se impossibilitado de defender o título de artilheiro do CAN.

Ele, que marcou cinco tentos em 2006 e igual número na edição de 2008, chegou à 27ª do CAN com oito golos, em 16 jogos efectuados pelo Inter de Milão.

Por sua vez, Didier Drogba participou dos três encontros dos “Elefantes” no CAN, sendo dois na fase de grupos e um nos quartos-de-final, onde foram eliminados pela Argélia (2-3).

O goleador fez menos um jogo em relação a Eto’o, devido a desqualificação forçada do Togo, um dos oponentes do Grupo B.

O avançado do Chelsea apontou o único tento na segunda jornada da fase de grupos, diante do Gana, e não conseguiu levar a sua formação à final do CAN, ficando longe dos números esperados pelos analistas mundiais.

Jogador Africano do ano de 2006 Drogba veio a Angola com 14 golos apontados no Campeonato Inglês, onde repartia a liderança da lista de melhor marcador com Jerman Defoe, do Tottenham.

O atacante participou de 18 jogos antes de vir ao CAN de Angola.

Já o maliano Frédéric Kanouté esteve perto dos números no Campeonato Espanhol, onde marcou três golos pelo Sevilha em dez jogos efectuados.

Neste CAN a principal referência das Águias (que contaram também com os préstimos de Seydou Keita, Momo Sisoko e Mahamadou Diarra) apontou dois golos, sendo um na primeira jornada do Grupo A, diante de Angola, e outro na derradeira ronda, diante do Malawi.

CAN-2010 - Angola pensa no futuro



O SONHO de milhões de angolanos terminou com a eliminação da sua equipa nos quartos-de-final. E mal terminou a partida com o Gana, na noite de domingo, abriu-se logo espaço a balanços e reflexões sobre o futuro dos “Palancas Negras”.

Na prova, que continua a ser organizada naquele país, o futebol praticado pela formação orientada pelo português Manuel José esteve sempre longe de ser atractivo em contraponto com aquilo que muitas outras equipas fizeram e ainda estão a fazer no CAN.

Já nos jogos de preparação se percebeu que o esquema escolhido pelo técnico de 63 anos, com três centrais, nunca foi totalmente apreendido pelos jogadores, pela crítica e pelos adeptos, até porque no Girabola nenhuma equipa actua neste sistema e a própria selecção angolana nunca o adoptou no passado.

Por outro lado, não se pode esquecer a relativa inexperiência, ao mais alto nível, de grande parte dos “Palancas” já que, e em bom rigor, poucos jogam em clubes de renome.

FORMAÇÃO

Outro factor determinante para que Angola não tenha ainda conseguido explodir no futebol africano tem a haver com a formação deficiente que os jogadores angolanos possuem. Por motivos extra-futebol, felizmente já ultrapassados, não existe ainda um trabalho de formação capaz de lançar as bases para a existência de uma verdadeira escola de futebol e isso é mais notório quando Angola defronta equipas com mais anos de trabalho reconhecido nas camadas mais jovens.

RENOVAÇÃO

A participação da selecção angolana no CAN mostrou, pois, ser imperioso acertar agulhas e iniciar um ciclo que contemple precisamente a formação e por isso parece que o tempo de Manuel José terá chegado ao fim nos “Palancas”.

Angola deverá agora procurar um novo rosto que programe e lance as bases necessárias a uma renovação, por forma a que a equipa possa estar, dentro de quatro anos, presente no Mundial a realizar no Brasil. Para isso tem de apostar nos escalões mais jovens, potencializando os milhares de jovens que em cada canto se recriam com uma bola, jogando futebol. No fundo seguindo as pegadas de outros países africanos que aos poucos se vão impondo no Mundo.

Matchedje campeão nacional de boxe



O MATCHEDJE sagrou-se terça-feira à noite, no Pavilhão do Estrela Vermelha, em Maputo, campeão nacional de boxe, ao conseguir oito medalhas, sendo quatro de ouro, duas de prata e igual número de bronze.

O Ferroviário ficou em segundo com seis medalhas no total (duas de ouro e quatro de prata). Nampula também amealhou seis, mas só teve uma de ouro, duas de prata e três de bronze. Sofala foi quarto com duas, uma de ouro e outra de bronze. Manica e Academia Lucas Sin]oia obtiveram uma cada, mas a capital do norte ganhou vantagem pelo facto de ter tido ouro contra bronze de Sin]oia. Gaza e Inhambane ficaram apenas pela participação.

A título individual, as honras vão também para os pugilistas “militares”, nomeadamente Álvaro Germano, dos 51kgs, Wache António, nos 64, e Francisco Macitela, nos 69, que venceram Jonas Adelino, de Nampula, por incapacidade física/desistência, Elídio Fernando e Roberto Carlos, ambos do Ferroviário.

Ekibal Amisse foi o pugilista de Nampula que conseguiu o ouro, ao vencer (decisão contestada) o “militar” Francisco Máquina. Outra medalha que saiu de Maputo foi conseguida por Alberto Tomás, de Manica, nos 40kg diante do promissor Filipe José, da Academia Lucas Sin]oia.

Diga-se em abono da verdade, os árbitros aqui falharam por atribuir vitória a este pugilista. Nas próximas edições trataremos o assunto com mais detalhes.

Os outros campeões nacionais foram Elton Machava, do Matchedje, nos 75kg e Isac Dimande, do Ferroviário, nos 91kg.

Na noite das grandes finais houve ainda combates de demonstração nos escalões de formação e no feminino.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

CAN-2010 - Egipto-Argélia "fervilha" Benguela



A POLÍCIA angolana, mais concretamente a de Benguela, deve por estas alturas estar a preparar um dispositivo de segurança reforçado para o decisivo jogo das meias-finais entre o Egipto e a Argélia do Campeonato Africano das Nações – Angola-2010.

É que depois de uma série de incidentes que aumentaram a rivalidade entre os dois países, aquando da fase de apuramento o Mundial da África do Sul, o desafio entre os egípcios e os argelinos ganhou proporções de alto risco. Quis o destino, por sorte ou azar, que os dois países da dita “África branca” voltassem a cruzar-se amanhã a partir das 21.30 de Maputo, menos uma hora em Benguela, para a discussão do acesso à final.

Os triunfos nas finais de 2006 e 2008, diante dos colossos Costa do Marfim e Camarões, respectivamente, cimentam o estatuto de favoritos da turma egípcia.

Comandados por Hassan Shehata, apelidado de “Mestre do Nilo”, e que é conhecido pelo seu feitio disciplinador, a maioria da selecção é composta por jogadores que actuam nos principais clubes do país, Zamalek e Al-Ahly. Mohammed Zidan (Borussia Dormund, Alemanha) e Ahmed Hassan (Al-Ahly) são os principais destaques da selecção, principalmente com as ausências por lesão de Amr Zaki (Wigan, Inglaterra) e Mohamed Aboutrika (Al-Ahly).

Zidan, avançado de 28 anos, rápido e tecnicista, foi um dos principais responsáveis pela conquista do último CAN, no Gana, em 2008, diante dos Camarões. Hassan, médio experiente de 35 anos que alinha no Al-Ahly, é o “capitão” da selecção e o jogador com mais internacionalizações (170). É o patrão da equipa, o que pensa todo o jogo dos “Faraós” e ao marcar dois golos aos Camarões nos quartos-de-final notabilizou-se como o principal artilheiro da equipa com quatro golos.

De resto, o Egipto com seis títulos conquistados (número recorde), é o principal candidato a erguer o troféu mais cobiçado de África e tem o demonstrado em Angola na medida em que é a única selecção que soma por vitória todos os jogos realizados (4), um dos quais frente à selecção nacional na fase de grupos.

ARGÉLIA UMA ESPINHA ENTALADA NA GARGANTA

Mas no meio desse todo poderio, o Egipto tem uma espinha entalada na garganta. Chama-se Argélia, que cometeu a proeza de colocar os bicampeões africanos fora do Mundial.

Apesar de ser uma potência em África, nunca passou da fase de grupos do Campeonato do Mundo e jamais venceu um jogo nessa prova. O Egipto já não marca presença num Mundial desde 1990 e esteve muito perto de carimbar o passaporte para África do Sul, se não tivesse enfrentado uma Argélia tão afoita e determinada a lutar pelos seus intentos.

As “Raposas do Deserto” registaram um 2009 em cheio com o regresso à prova maior do Continente Africano e o badalado apuramento para o Mundial, eliminando como já foi referido o rival Egipto.

Não será fácil repetir o feito de 1990, onde conquistaram o título, mas a Argélia apresenta uma selecção quase equiparada àquela que fez sucesso durante praticamente toda a década de 80, numa altura em que Madjer (figura histórica do FC Porto, nomeadamente após o famoso golo de calcanhar na final da Taça dos Campeões Europeus perante os alemães do Bayern Munique) era um jogador com cartel em todo o planeta.

Mesmo sem contar com nenhum nome do “top” mundial, seria injusto dizer que a Argélia não é uma força a ter em conta na luta pelo ceptro, até porque depois de ter eliminado os galácticos da Costa do Marfim a sua fasquia está em alta.

A nova geração de futebolistas da Argélia é vista como uma espécie de fim da “travessia do deserto”, já que depois de uma década de 80 em grande, foi perdendo força nos últimos 20 anos. Halliche, Yebda e Bouazzou são alguns dos bons executantes das “Raposas do Deserto”.

GANA-NIGÉRIA ENCONTRO DE CAMPEÕES


Gana e Nigéria já conquistaram por três e duas vezes, respectivamente a maior prova africana de selecções. Por isso, são equipas que jogam sempre com o objectivo de juntar mais um título à sua vitrina. Amanhã

Hoje, a partir das 18.00 horas, esse espírito ganhador fará se sentir dentro das quatro linhas.

A selecção do Gana surgiu neste CAN desfalcada de alguns jogadores nucleares na zona do meio-campo, nomeadamente Appiah, Muntari e Mensah. A equipa ficou mais partida com a lesão da estrela do conjunto Michael Essien. No entanto, a equipa auto-superou-se por força das boas exibições de Gyan Asamoah, autor do golo solitário que deixou pelo caminho a Angola nos quartos-de-final.

A turma ganesa, quatro vezes campeã africana (1963, 65, 78 e 82), vem de uma aspiral ascendente, como comprovam os últimos resultados a nível internacional – esteve, pela primeira vez, num Campeonato do Mundo, em 2006, e conseguiu o terceiro lugar no último CAN –, e tem em Angola a oportunidade de voltar a conquistar o seu quarto título, frente a uma Nigéria que está longe de ser um osso duro de roer.

As “Super Águias” venceram o último título africano de 1994. Um feito que já vai longe. Os nigerianos devem ter saudades dos tempos do Okocha, Amokachi e Ikpeba alguns dos craques que compunham aquela geração de ouro. Actualmente a Nigéria é uma equipa com poucas soluções. Procura formar um conjunto forte e vive (sobrevive) graças à experiência de alguns dos seus jogadores e do virtuosismo de Peter Odemwingie e Obi Mikel. O bilhete para as meias-finais foi arrancado a “ferro”, nos penaltes (5-4), frente à Zâmbia.

A selecção nigeriana ainda não realizou uma exibição convincente que se pudesse dizer que se está perante de um sério candidato ao tiítulo. A prestação mais bem conseguida terá sido (infelizmente) frente a Moçambique, tendo alcançado, até ao momento, a vitória mais volumosa da prova (3-0)

As "Super Águias", eliminadas nos "quartos" em 2008, já não têm a equipa que maravilhou o mundo na década de 90, altura em que, para além da conquista do CAN, a Nigéria alcançou também o ouro olímpico em 96, frente à Argentina. Um conjunto onde pontificavam Amokachi, Jay-Jay Okocha, George Finidi, Ikpeba e um jovem de nome Nwankwo Kanu.

Actualmente, Kanu, com 33 anos, o avançado do Portsmouth é o atleta mais veterano da equipa e tenta conquistar pela primeira vez esta competição. Nos últimos 10 anos, a Nigéria terminou sempre nos lugares cimeiros - medalha de prata em 2000 e bronze em 2002, 2004 e 2006 -, nunca conseguindo atingir o brilhantismo da geração de ouro, de quem Kanu é o único sobrevivente.

No conjunto orientado por Shaibu Amodu, técnico que esteve com a equipa nos Mundiais de 1994, 1998 e 2002 (falharam a qualificação para 2006).

A Nigéria não tem nenhum jogador a actuar no campeonato nacional, todos os convocados alinham em clubes europeus. A “Premier League” (Liga inglesa) é o campeonato que mais jogadores empresta (7).

JOGOS DAS MEIAS-FINAIS


18:00 h - Gana-Nigéria (Luanda)
21:30 h - Argélia-Egipto (Benguela)

CAN-2010 - Palamarés dos semi-finalistas


EGIPTO

1957 – Campeão; 1959 – Campeão; 1962 - 2.º lugar; 1963 - 3.º lugar; 1965 – Desistiu; 1968 – Desistiu; 1970 - 3.º lugar; 1972 - Não apurado; 1974 - 3.º lugar; 1976 - 4.º lugar;

A selecção egípcia conquistou seis vezes a competição e estará em Angola
1978 - Não apurado; 1980 - 4.º lugar; 1982 – Desistiu; 1984 - 4.º lugar; 1986 – Campeão;

1988 - Fase de grupos; 1990 - Fase de grupos; 1992 - Fase de grupos; 1994 - Quartos-de-final; 1996 - Quartos-de-final; 1998 – Campeão; 2000 - Quartos-de-final; 2002 - Quartos-de-final; 2004 - Fase de grupos; 2006 – Campeão e 2008 – Campeão.

ARGÉLIA

Seleção Argelina de Futebol
1957- Não apurada; 1959 - Não apurada; 1962 - Não apurada; 1963 - Não apurada;1965 - Não apurada; 1968 - Fase de grupos; 1970 - Não apurada; 1972 - Não apurada;

1974 - Não apurada; 1976 - Não apurada; 1978 - Não apurada; 1980 - 2.º lugar; 1982 - 4.º lugar; 1984 - 3.º lugar; 1986 - Fase de grupos; 1988 - 3.º lugar; 1990 – Campeã; 1992 - Fase de grupos; 1994 – Desqualificada; 1996 - Quartos-de-final; 1998 - Fase de grupos

2000 - Quartos-de-final; 2002 - Fase de grupos; 2004 - Quartos-de-final; 2006 - Não apurada e

NIGÉRIA


As “Super Águias”, como é designada a selecção de futebol, da Nigeria
1957 - Não apurada; 1959 - Não apurada; 1962 - Não apurada; 1963 - Fase de grupos; 1965 - Não apurada; 1968 - Não apurada; 1970 - Não apurada; 1972 - Não apurada;

1974 - Não apurada; 1976 - 3.º lugar; 1978 - 3.º lugar; 1980 – Campeão; 1982 - Fase de grupos; 1984 - 2.º lugar; 1986 - Não apurada; 1988 - 2.º lugar; 1990 - 2.º lugar; 1992 - 3.º lugar; 1994 – Campeão; 1996 – Desistiu; 1998 – Desqualificada; 2000 - 2.º lugar

2002 - 3.º lugar; 2004 - 3.º lugar; 2006 - 3.º lugar e 2008 - Quartos-de-final.

GANA


Seleção de Gana
1957 - Não participou; 1959 - Não participou; 1962 - Não apurado; 1963 – Campeão;

1965 – Campeão; 1968 - 2.º lugar; 1970 - 2.º lugar; 1972 - Não apurado; 1974 - Não apurado; 1976 - Não apurado; 1978 – Campeão; 1980 - Fase de grupos; 1982 – Campeão;
1984 - Fase de grupos; 1986 - Não apurado; 1988 - Não apurado; 1990 - Não apurado; 1992 - 2.º lugar; 1994 - 4.º lugar; 1996 - 4.º lugar; 1998 - Fase de grupos; 2000 - Quartos-de-final; 2002 - Quartos-de-final; 2004 - Não apurado; 2006 - Fase de grupos e 2008 - 3.º lugar.

CAN-2010 - Vamos surpreender - Yakubu, avançado nigeriano



O ATACANTE da selecção nigeriana Ayegbeni Yakubu disse, segunda-feira, no Estádio da Tundavala, no Lubango, que a sua selecção vai continuar a lutar, para chegar à final, prometendo surpresas aos adversários.

“Chegamos à meia-final. Temos uma curta, mas dura caminhada pela frente”, reconheceu o jogador quando falava a jornalistas, à saída do jogo Zâmbia-Nigéria em que os nigerianos venceram na marcação de grandes penalidades por 5-4.

Reconheceu que a sua equipa enfrentou muitas dificuldades para vencer os zambianos, que na sua óptica tiveram uma boa prestação, assim como manifestou a sua satisfação pela qualificação às meias-finais.

O “capitão” nigeriano disse esperar que as “Super Águias” continuem de cabeça erguida na prova, considerando o facto de a formação ter alcançado as meias-finais, como o mais importante neste momento.

Ayegbeni Yakubu recusou-se a fazer comentários sobre o Gana, adversário da Nigéria nas meias-finais.

CAN-2010 - Quarteto reparte “artilharia”


FLÁVIO Amado (Angola), Seydou Keita (Mali), Ahmed Hassan e Gedo (ambos do Egipto), todos com quatro golos, lideram a lista dos melhores marcadores do torneio.

Mas o angolano e o maliano estão em desvantagem em relação aos egípcios, visto que as suas selecções já foram eliminadas, enquanto o Egipto ainda está em prova e disputa hoje uma das partidas das meias-finais frente à Argélia.


A “vice-artilharia” é constituída por oito atletas, mas apenas Emad Moteab (Egipto), Peter Odemwingie (Nigéria) e Asamoah Gyan (Gana), equipas que se qualificaram para as meias-finais, podem ainda chegar ao almejado troféu. O angolano Manucho Gonçalves e o camaronês Samuel Eto’o são os outros jogadores que aparecem na segunda posição, mas que já estão fora-de-jogo.

CAN-2010 - Ahamed Hassan corre para melhor marcador e jogador



HÁ dias assim, que ficam na memória para contar aos netos. E Ahamed Hassan irá guardar para sempre, no seu álbum de recordações, o dia 25 de Janeiro de 2010.

Na segunda-feira era, por si só, uma data especial, já que o experiente médio de 34 anos iria assinalar a 170ª internacionalização, tornando-se o futebolista com mais jogos internacionais pelo Egipto.

Mas, se a isso juntarmos três golos, um dos quais na própria baliza e outro "fantasma", na vitória por 3-1 frente aos Camarões, que valeu a qualificação para as meias-finais CAN, então, o quadro não podia ser mais “louco” para este egípcio que é de facto um sério candidato a melhor jogador e marcador da prova. Ahamed Hassan soma três golos, os mesmos que Flávio, de Angola e Keita, do Mali, já eliminados.

O início de jogo até não parecia nada prometedor para o Egipto e para Hassan, que aos 25 minutos, ao tentar cortar o lance após um pontapé de canto (um dos muitos que os Camarões beneficiaram ao longo da partida), cabeceou a bola para a sua própria baliza, colocando o adversário em vantagem. Aos 37, no entanto, o médio do Al-Ahly penitenciou-se ao marcar o golo do empate, resultado que não sofreu alterações até ao final dos 90 minutos.

Veio o prolongamento e com ele o segundo golo do Egipto, desta vez apontado por Mohamed Nagui (91 minutoos). Mas o agora jogador egípcio mais internacional (ultrapassou Hossan Hassan, que tem 169 jogos pela selecção) não quis dar por encerrado o seu recital sem mais um golo. Ou melhor, um “golo-fantasma”: Hassan marcou um livre directo aos 94 e o guarda-redes camaronês desviou a bola para a barra, sem que esta ultrapasse a linha de golo.

Após o final da partida, Ahmed Hassan, que fora substituído aos 118 minutos para receber os aplausos dos adeptos, numa altura em que os Camarões jogavam com dez por expulsão de Chedjou, foi “aclamado” herói pelos companheiros de equipa e vestiu a camisola com o número 170.

O jogador egípcio está agora a 11 internacionalizações dos recordistas mundiais Al-Deayea, da Arábia Saudita, e Claudio Suárez, do México.

CAN-2010 - O árbitro deu uma ajudinha - Eto’o


SAMUEL Eto'o, “capitão” da selecção dos Camarões, estava naturalmente triste com a derrota frente ao Egipto e consequente eliminação do CAN, até por entender que a sua equipa não merecia perder.

E salienta a influência do árbitro sul-africano Jerome Damon, nomeadamente ao validar um golo (o terceiro dos egípcios) em que a bola não entrou na baliza.

“O árbitro deu uma ajudinha...”, disse o avançado do Inter, não querendo, no entanto, retirar valor aos egípcios, que, realçou, “têm uma excelente equipa”.

“Jogámos melhor do que o Egipto e não merecíamos ter perdido. Mas o futebol é mesmo assim e temos de aceitar”.

CAN 2010 - Kali em negociações com o 1.º de Agosto


O INTERNACIONAL angolano Kali confirmou segunda-feira que está em negociações com vista à transferência para o 1.º de Agosto, agora orientado pelo sérvio Ljubink Drulovic.

O central de 31 anos afirmou que existe um acordo verbal, mas nada está ainda oficializado.

“O certo é que gostaria de jogar pela primeira vez no meu país”, referiu o jogador que representa actualmente o Arles-Avignon, do segundo escalão francês, e que iniciou a carreira no Barreirense e que conta ainda com uma passagem pelo Santa Clara.

O 1.º de Agosto encontra-se em Portugal a preparar a próxima época.

Envolvendo quatro equipas do Moçambola: Torneio O Treinador arranca sábado


INICIA-SE este sábado a disputa do Torneio O Treinador envolvendo quatro equipas do Moçambola da cidade de Maputo, nomeadamente Ferroviário, Desportivo, Maxaquene e Matchedje.

O torneio, promovido pela Associação dos Treinadores da Cidade de Maputo, será disputado num sistema de todos contra todos em três jornadas numa única volta, tendo o seu epílogo previsto para quarta-feira.

A jornada inaugural tem como jogo de fundo o Ferroviário e Desportivo, às 16-00 horas, no campo do Maxaquene (baixa). Aliás, todos os jogos terão lugar no recinto dos “tricolores” e visam a rodagem destas equipas para as competições que se avizinham. A anteceder a este embate, o Maxaquene terá pela frente a formação do Matchedje, às 14.00 horas.

O próximo encontro mais interessante realiza-se domingo, portanto dia seguinte, e colocará frente-a-frente o Desportivo e o Maxaquene, também quando forem 16.00 horas. Duas horas antes, o Matchedje defrontará o Ferroviário.

A concluir a prova, na próxima quarta-feira, o Ferroviário medirá forças com o Maxaquene, enquanto o Matchedje terá pela frente o Desportivo.

“Quadrangular” de futebol na Suazilândia: Chuva ensombra estágio das equipas moçambicanas


A CHUVA acompanhada de fortes ventos criou constrangimentos no intercâmbio futebolístico organizado no pretérito fim-de-semana na cidade de Manzini, Suazilândia, envolvendo equipas locais e de Maputo, nomeadamente Ferroviário, Desportivo e Maxaquene.

O Costa do Sol, que se prepara para as Afrotaças, defrontou e derrotou o Mbabane Highlanders, por 1-0. O encontro foi interrompido antes do intervalo devido à chuva, no sábado, quando a turma “canarinha” já havia marcado o golo da vitória e prosseguiu domingo, mas o resultado não se alterou.

A partida mais esperada colocou frente-a-frente o Desportivo e o campeão Mbabane Swallows, que igualmente se prepara para as Afrotaças. As duas formações não foram apara além de uma igualdade sem abertura de contagem.

Entretanto, o Maxaquene não se fez ao torneio devido à avaria do mini-“bus” em que seguia viagem, no sábado, para Manzini, ido da Namaacha, onde está a cumprir com um estágio de pré-época. Os “tricolores” tinham agendado um encontro com Manzini Sundwons.

Portugal : “Derby” de Lisboa na Taça da Liga


O SORTEIO das meias-finais da Taça da Liga, ontem realizado, ditou o encontro entre Sporting e Benfica, no Estádio de Alvalade. Na outra partida, o FC Porto receberá a Académica.

Reedição da final do ano passado, marcada por grande polémica, com a vitória do Benfica. Já o Sporting, que tinha a certeza de jogar em Alvalade nestas meias-finais, visto ter tido o melhor registo da fase de grupos, terá assim mais um jogo duro em Fevereiro, uma vez que também vai encontrar o FC Porto no dia 3(?), para os quartos-de-final da Taça de Portugal.

Os jogos destas meias-finais estão marcados para dia 10, mas o Sporting já propôs a antecipação para o dia anterior, ficando agora o Benfica e a própria Liga de dar a resposta.

Na outra meia-final, o FC Porto vai receber a Académica, equipas que se defrontaram na fase anterior da prova(empate em Coimbra a zero). Os “estudantes” tinham agora também como certeza que iriam visitar um dos “grandes”, visto terem sido apurados entre os segundos melhores classificados da fase de grupos.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Blog dos canarinhos: Ainda a Taça Moçambique

Blog dos canarinhos: Ainda a Taça Moçambique

“Traçámos como meta a manutenção”



“Traçámos como meta a manutenção”.
Sete anos depois da despromoção do Wane Pone de Inhassoro, a província de Inhambane volta ao convívio dos grandes do futebol moçambicano.

O Vilankulo FC, formação que conquistou a fase regional sul de apuramento para o Moçambola, com um total de 12 pontos, vai disputar esta prova com a manutenção no horizonte.

De acordo com Yassin Amuji, presidente do Vilankulo FC, “vamos encarar o Moçambola com a mesma humildade, responsabilidade e determinação que caracteriza o grupo de trabalho. Queremos assegurar a manutenção neste escalão. Sabemos que não vai ser fácil, mas estamos a envidar esforços no sentido de alcançarmos os nossos objectivos”, disse o dirigente.

Amuji ajuntou ainda que decorrrem, neste momento, contactos com alguns jogadores de equipas da capital, e não só, para reforçarem o Vilankulo. “O Moçambola, como sabemos, é uma prova bastante competitiva. Para que a gente tenha sucesso, é importante formar uma equipa à altura deste certame. Estamos no mercado à procura de alguns reforços indicados pela equipa técnica”, referiu.

O nosso interlocutor frisou, por outro lado, que “não vamos fazer grandes engenharias financeiras porque, na verdade, não estamos em condições de entrar em aventuras. Pretendemos, certo, jogadores que constituam uma mais-valia para a equipa.

“Mas também vamos manter a nossa filosofia que passa por proporcionar aos mesmos uma formação suplementar”, afirmou para, mais adiante, recordar: “ano passado, por exemplo, optámos por proporcionar a alguns jogadores cursos de inglês, para além de terem tirado a carta de condução. Quer dizer, estamos a pensar na formação destes jogadores. No seu futuro”.

Para já, estão asseguradas as contratações de Steven e Mustafá, dois jogadores que ano passado representaram o Maxaquene. “Pensamos que estes jogadores vão constituir uma mais-valia para o nosso clube. É por isso que estão a trabalhar connosco”, indicou.

O jovem presidente revelou que um dos principais objectivos passa pela conclusão das obras do Centro de Estágio de raiz para o Vilankulo FC.

“Este centro de estágio terá acomodação para 40 atletas, campo de treinos, refeitórios, salas de jogos e entretenimento, escritórios para técnicos e directores do clube e casas para os treinadores”, elucidou.

“Sei que há muita expectativa no seio dos adeptos do Vilankulo FC em relação à nossa participação no Moçambola. O público apoiou-nos incondicionalmente, pelo que vamos fazer de tudo para não decepcioná-lo. Desde o primeiro momento, digamos, os adeptos marcaram presença em peso no campo”, reconheceu Yassin Amuji.


Aristides Cavele

Estádio Municipal pronto para acolher jogos do Moçambola


Garante o jovem presidente.
O Estádio Municipal de Vilankulo, que em 2007 ficou completamente destruído devido à passagem do ciclone tropical Favio, é o recinto que acolhe os jogos desta formação.

Reabilitado pela multi-nacional Sasol, numa parceria com o Conselho Municipal de Vilankulo, o referido estádio foi palco dos jogos da turma orientada por Euroflin da Graça, na fase regional sul de apuramento para o Moçambola. Yassin Amuji garante que o mesmo está em condições de acolher partidas da maior prova do calendário futebolístico nacional.

“O nosso campo preenche os requisitos exigidos pela Liga Moçambicana de Futebol. A nossa relva não é das melhores, mas também não é das piores do país. A LMF ficou com boas impressões durante a visita que fez ao estádio”, disse.

O dirigente revelou ainda que, “ano passado, esteve cá uma equipa de peritos sul-africanos a trabalhar connosco. Vamos montar um novo sistema de rega para alimentar a relva”.

“Vilankulo”, prosseguiu a fonte, “é um ponto turístico, onde não falta acomodação para quem para lá se desloca. Temos estâncias de três e cinco estrelas, pelo que acomodação não é problema”, finalizou.

Ferroviário de Maputo prepara jogo com AC Mitsamiouli



“Locomotivas” cumprem hoje e amanhã treinos bidiários.
O treinador-adjunto do Ferroviário de Maputo, Carlos Manuel, diz que esta fase de preparação vai ser caracterizada pelo ensaio de aspectos táctico técnicos.

Depois de, semana passada, ter cumprido um estágio pré-competitivo na África do Sul, durante o qual defrontou algumas equipas locais, o Ferroviário de Maputo prossegue a sua preparação, tendo em vista o jogo com AC Mitsamiouli das Ilhas Comores, referente à primeira eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos.

Já com a integração de Whisky, Danito Parruque e Momed Hagy, jogadores que representaram a selecção nacional no CAN-2010, os campeões nacionais cumpriram ontem uma sessão de treinos no campo do Ferroviário da Baixa.

De acordo com o programa de preparação, o Ferroviário vai cumprir, hoje e amanha, treinos bidiários virados essencialmente, para o ensaio de aspectos táctico-técnicos.

Fazendo uma avalição do estágio na África do Sul, Carlos Manuel, treinador-adjunto do Ferroviário de Maputo, disse que o mesmo foi positivo, visto que “conseguimos cumprir com os objectivo que passavam pela observação de jogadores, uma vez que estamos a trabalhar com um plantel vasto”, disse.

Neste momento, a equipa técnica “locomotiva” está a trabalhar com 27/28 jogadores, dos quais sairão os 25 que irão compor o plantel para esta temporada. “Temos alguns jogadores que vêm de outros clubes da capital e procuram um lugar na equipa. Dentro dos próximos tempos, vamos definir o plantel”, frisou Carlos Manuel.

Os jogos da primeira-mão da primeira jornada serão disputados entre os dias 12 e 14 de Fevereiro.

De recordar que o TP Mazembe, campeão em título, está isento da primeira eliminatória, sendo que vai defrontar o vencedor da partida entre o APR do Ruanda e o Recreativo do Libolo, de Angola.

O Heartland, na qualidade de finalista vencido, o Al Ahly, que já conquistou a prova seis vezes, Asec Mimosa - Costa do Marfim, Dínamos - Zimbabwe, e Al Hilal –Sudão - são outras equipas que passam à fase seguinte.

CAN deixou de falar português



O CAMPEONATO Africano das Nações de Futebol (CAN) deixou de ter países falantes da língua portuguesa após a eliminação domingo de Angola diante do Gana (0-1) em desafio dos quartos-de-final.

Depois da queda de Moçambique, ainda na fase de grupos, todos os olhares dos PALOP’s estavam virados para as “Palancas Negras”. Mas, mesmo a jogar em casa, perante mais de 50 mil adeptos, a selecção angolana não conseguiu superar as “Estrelas Negras” que por intermédio de Gyan Asamoah fez o golo que desfez o sonho angolano de chegar pela primeira vez às meias-finais.

A prestação de Moçambique e de Angola acabou por não fugir àquilo que se vem observando em anteriores edições, embora as expectativas fossem optimistas e faziam acreditar num registo histórico destes dois países irmãos, ligados pela mesma língua e cultura. Pretendia-se que jovens como Dominguez e Mexer (Moçambique); Manucho e Djalma.

(Angola) jogassem mais minutos e marcassem de forma indelével o CAN-2010. No entanto, não conseguiram impor toda a sua qualidade e deixaram o CAN com a mesma modéstia que ficaram pelo caminho os beninenses. Estes jogadores viram fugir por entre os dedos uma oportunidade de exibirem todo o seu talento naquela que é a maior montra futebolística em África.

O verbo “tentar” voltou a ser a nota dominante no seio dos “portugueses”, o que contrasta com a habitual rigorosidade das selecções francófonas: a firmeza da Argélia ante a poderosa Costa do Marfim é um exemplo elucidativo.

Neste momento nada resta aos moçambicanos e angolanos que não seja arregaçar as mangas, continuar a trabalhar mais seriamente para corrigir os erros cometidos e criar um grupo cada vez mais maduro e unido para que 2012 seja o ano da viragem.
Quem se pode dizer que protagonizou uma viragem ou revolução no CAN foi a Argélia que garantiu a presença nas meias-finais, ao vencer a Costa do Marfim, por 3-2, após prolongamento. Bouazza apontou o golo decisivo, ao minuto 93, e foi o responsável pelo afastamento da selecção dos galácticos.

Didier Drogba, Salomon Kalou, Koule Touré, Yaya Touré e o capitão Zokora são alguns dos marfinenses galácticos que disseram adeus á prova. Foi um adeus prematuro na medida em que nada fazia prever que a Costa do Marfim baqueasse diante duma Argélia que tinha sido goleada, na estreia, pelo Malawi (0-3).

Mas na noite de domingo, os argelinos apareceram completamente transfigurados e afastaram aquela que era para muitos o principal candidato ao título. Tal como no Gana em 2008, os marfinenses voltaram a defraudar numa fase crucial e com isso a tal geração de ouro vai perdendo a oportunidade de conquistar um titulo africano, uma vez que o Mundial parece ser algo intangível, apesar dos críticos apontarem esta selecção como a única africana capaz de batalhar para conquistar o mais cobiçado troféu do planeta. Mas depois do “desaire” precoce a cotação terá baixado em demasia.


RESULTADOS DE ONTEM

QUARTOS-DE-FINAL

Egipto-Camarões (3-1)

Zâmbia-Nigéria (4-5, nas grandes penalidades)

CAN-2010 - Não conseguimos dar uma alegria a este povo - Kali, capitão de Angola


O CAPITÃO Kali lamentou o afastamento de Angola e a desilusão que a derrota provocou nos adeptos da selecção da casa.

“Infelizmente não conseguimos dar uma alegria a todo este povo que nos apoiou durante o CAN”, salientou o central, que criticou a atitude do adversário.

“Angola tudo fez para triunfar, mas o Gana actuou de forma muito defensiva”, referiu.

CAN-2010 - Se os jogadores não tivessem dado tudo, despedia-me - Manuel José, treinador de Angola



CUMPRIDA a participação no CAN com a eliminação perante o Gana, Manuel José ainda não tem definido se o seu futuro passará pela selecção angolana.

“Tenho contrato até finais de Julho e depois logo se vê. Mas, se os jogadores não tivessem dado tudo, despedia-me hoje”.

Entretanto, o técnico viajou para Portugal para assistir ao funeral do pai, que faleceu no domingo.

CAN-2010 - Preparámo-nos bem - Milovan Ragevac, seleccionador do Gana


O SELECIONADOR do Gana, o sérvio Milovan Ragevac, considerou que a sua equipa fez “um bom jogo com Angola” e revelou satisfação por a formação ter conseguido “um golo cedo” e por ter “aproveitado a oportunidade”.

Classificando “muito importante” a vitória do Gana (1-0), que atinge as meias-finais no CAN pela segunda vez consecutiva, Ragevac considerou “muito difícil” o embate com Angola.

“Sabíamos a qualidade de Angola, nomeadamente o seu poderoso ataque no lado direito, mas preparámos a equipa bem”, disse.

CAN-2010 - Estivemos bem psicologicamente - técnico da Argélia


O TÉCNICO da selecção da Argélia, Rabah Saadane, afirmou, domingo, que a vitória da sua equipa sobre a Costa do Marfim se deve a uma boa preparação psicológica dos seus jogadores, facto que permitiu encarar o desafio com naturalidade e determinação.

Rabah Saadane, que falava em conferência de Imprensa no final do jogo contra a Costa do Marfim, realçou o desempenho dos seus jogadores durante os 90 minutos regulamentares e no tempo extra (30 minutos), destacando o correcto posicionamento táctico da equipa.

Relativamente ao adversário para as meias-finais, afirmou que a competição chegou a uma fase em que as equipas têm de estar preparadas para enfrentar qualquer opositor sob pena de falharem os objectivos, não tendo por este motivo preferências.

Já o médio argelino Karim Matmour considerou ter sido um bom jogo, onde nos 15 primeiros minutos a equipa procurou não sofrer qualquer golo para depois tentar jogadas de ataque combinado.

O SELECCIONADOR da Costa do Marfim, Vahid Halilhodzic, apontou a ineficácia dos avançados e o desgaste físico de alguns dos principais atletas como s



O SELECCIONADOR da Costa do Marfim, Vahid Halilhodzic, apontou a ineficácia dos avançados e o desgaste físico de alguns dos principais atletas como sendo a causa da eliminação da sua equipa.

Falando em conferência de Imprensa, no final do desafio, o franco-bósnio manifestou-se igualmente decepcionado com o comportamento da sua equipa ao longo de todo o jogo.

“Preparamo-nos arduamente para vencer a Argélia e prosseguirmos em prova. O que se passou neste jogo ninguém de nós consegue perceber, vamos ter que reflectir seriamente”, afirmou.

Vahid Halilhodzic lamentou também o facto de a sua equipa não ter conseguido gerir a vantagem de 2-1 a um minuto do fim do encontro.

Referiu que depois dos primeiros 30 minutos, dominados pela Costa do Marfim, o grupo acusou em demasia a responsabilidade do desafio, permitindo que o adversário fizesse o seu jogo normal.

Apesar de reconhecer que a Argélia mereceu vencer, por tudo o que produziu, o seleccionador marfinense admitiu que, tal como o ataque, a defesa não cumpriu com o seu papel.

CAN-2010 - Drogba enaltece vitória argelina



O CAPITÃO da selecção da Costa do Marfim, Didier Drogba, atribuiu mérito à vitória da Argélia (3-2), resultado que permitiu aos argelinos apurarem-se para as meias-finais do CAN-2010, numa partida que teve prolongamento.

No final do encontro, Drogba reconheceu ter havido dificuldades para a Costa do Marfim em função do sistema táctico montado pelos argelinos durante o prolongamento, aliado à gestão do jogo que a equipa contrária fez até do final da partida.

“É uma boa equipa. Jogou bem. São mundialistas e estão de parabéns. Desejo-lhes sorte para o resto da competição”, frisou o atacante.Didier Drogba prometeu mais trabalho daqui para frente, tendo em conta os próximos desafios da equipa.

Futebol de veteranos: Maputo cidade prepara intercâmbio com Matola


A SELECÇÃO de veteranos da cidade de Maputo inicia amanha (16:30 horas), no Circuito António Repinga, a sua preparação para o intercâmbio futebolístico com a sua congénere da Matola por ocasião das comemorações do aniversário deste último município que se realiza no dia 5 de Fevereiro.

Para o efeito, foram convocados 34 jogadores que, a partir de amanhã, vão lutar por um lugar na lista final, nomeadamente Filipe Chissequere, Rui Évora e Luís Sérgio (guarda-redes), Santos Matonse, Agostinho de Rosário, Leovigildo Ferreira, Chiquinho Conde, Zainadine Mulungo, Alcidio Conde, Nacir Armando, João Chissano, José Augusto, Amade Chababe, Aly Hassan, António Muchanga, Nana, Garrincha, Matsolo, Miguel dos Santos, João Ouana, Dias, Pondo, Artur Aloy, Joaquim João, Elias Mabjaia, Salipe, Chalito, Ângelo, Lourenço, Fito e Mabombo.

A equipa técnica é constituída por Adelino Jorge, Ângelo e Machava.

Uzaras no Atlético!


HOUVE uma alteração em relação ao destino do técnico Uzaras Mahomed que até semana passada era dado como certo no FC de Lichinga. Mas pelo que foi possível apurar, junto do técnico, o clube muçulmano foi mais rápido nas negociações e numa operação relâmpago convenceu Uzaras a assinar por uma época, quando tudo indicava que iria dirigir o único clube da província do Niassa no Moçambola.

Segundo Uzaras, a direcção pediu-lhe para que lute pela manutenção. Este é o principal objectivo com o qual o técnico diz estar comprometido. “A direcção pediu-me para formar uma equipa coesa que esteja em condições de lutar pela manutenção. O Atlético perdeu alguns bons jogadores e é preciso tempo para voltar a formar um grupo forte”.

O Atlético Muçulmano viu subir o seu nome nos anais do futebol nacional ao conquistar em 2008 a Taça de Moçambique/mcel, logo na sua primeira época ao mais alto nível, ou seja no Moçambola.

Mas na época passada, a colectividade deixou uma pálida imagem, tendo terminado na 11ª posição e escapando à tangente a despromoção.

O Atlético abriu as “oficinas” ontem, realizando corrida no circuito de manutenção António Repinga para recuperar a condição física.Quanto aos reforços, ainda não foram avançados os nomes, mas é sabido que Danito Nhampossa, Nelito, Ngoni, Baúte, James e Eboh não farão parte do plantel da próxima época.

FMN confirma eleições para 5 de Fevereiro


A FEDERAÇÃO Moçambicana de Natação (FMN) convocou a assembleia geral para a eleição de novos corpos gerentes para o dia 5 de Fevereiro, no Comité Olímpico de Moçambique (COM).

Os interessados poderão apresentar as suas candidaturas junto ao COM e poderão consultar o “dossier” da reunião magna na sede do Conselho Nacional de Desportos (CND) para atempadamente poderem se inteirar do processo que culminará com a escolha dos novos dirigentes.

A assembleia geral tem como agenda, para além da eleição de uma nova direcção, a aprovação do regimento eleitoral bem como dos estatutos da federação para a sua regularização. Esta missão caberá à direcção que for eleita no dia da assembleia.

De salientar que o escrutínio vai acontecer paralelamente com a realização do Campeonato Nacional da modalidade de 3 a 6 de Fevereiro, na piscina do Raimundo Franisse, na associação da modalidade na cidade de Maputo.

O campeonato, que será disputado em quatro dias consecutivos, vai contar com a participação de atletas das cidades de Maputo (Ferroviário, Golfinhos, Desportivo, Tubarões e Banco de Moçambique) e da Beira (Ferroviário e Clube Náutico).

TAÇA DE PORTUGAL - Porto-Sporting “clássico dos “quartos”



O SORTEIO dos quartos-de-final da Taça de Portugal, realizado ontem, ditou o “clássico” no Dragão entre o FC Porto e o Sporting, agendado para 2 de Fevereiro.

O encontro será o primeiro do programa dos quartos-de-final, uma vez que o Sporting pediu a antecipação em virtude de ter o calendário apertado devido à presença na Liga Europa.

Para dia 3, quarta-feira, ficam os restantes três jogos. O Braga recebe o Rio Ave, naquele que será o outro encontro entre equipas do escalão-maior. O Paços de Ferreira terá a visita do Chaves, da II Liga, enquanto a Naval desloca-se ao terreno do Pinhalnovense, representante da II Divisão.

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

“Mambas” e adeptos defendem Mart Nooij


OS atletas e adeptos da Selecção Nacional de Futebol defendem a continuidade do técnico holandês, Mart Nooij, no comando dos “Mambas”, apesar de não ter conseguido alcançar as objectivos então preconizados para o CAN Angola-2010, nomeadamente a transição aos quartos-de-final, feito que seria um marco histórico para Moçambique.

Os “Mambas” são de opinião que a saída de Mart Nooij pode quebrar todo o trabalho por si iniciado, visando criar uma larga base de opções na equipa de todos nós, tendo em conta o futuro da Selecção Nacional, para além do reconhecimento de que conseguiu relançar o nome de Moçambique nesta que é a maior competição futebolística continental, visto que há 12 anos que o nosso país não conseguia qualificar-se para a fase final da prova.

O “capitão” dos “Mambas”, Tico-Tico, defendeu a manutenção de Mart Nooij para evitar que todo o esforço por ele levado a cabo vá por água abaixo, apesar de reconhecer que a equipa não rendeu o desejado, tendo cometido erros de palmatória sobretudo no sector defensivo.

Entretanto, o destino de Mart Nooij poderá ser decidido nos próximos dias, depois de avaliado o relatório da participação dos “Mambas” na prova pela direcção da Federação Moçambicana de Futebol (FMF).

O vice-presidente da FMF, António Chambal, não assumiu o afastamento de Mart Nooij no comando dos “Mambas” anunciado pelo presidente da instituição, Feizal Sidat à imprensa internacional a partir de Angola, depois da derrota do combinado nacional diante da Nigéria, que determinou o afastamento da Selecção Nacional da corrida para os quartos-de-final.

António Chambal afirmou que a direcção da FMF ainda não reuniu para decidir sobre o assunto, reiterando que o contrato de Mart Nooij termina a 31 deste mês.

Maior parte dos adeptos moçambicanos defendem, igualmente, a manutenção de Mart Nooij no comando dos “Mambas”, recordando que foi ele que conseguiu resgatar a imagem de Moçambique nas competições internacionais ate a sua qualificação para o CAN de Angola, facto que culminou com a sua sucessiva subida no “ranking” continental e mundial.

CAN ANGOLA-2010: Nossos “carrascos” entram em cena


INEVITAVELMENTE, hoje é o dia do “se” para os moçambicanos. Isto porque se – e aí está o condicional – tivéssemos nos qualificado para os quartos-de-final a nossa atenção, pelo país fora, estaria euforicamente concentrada naquilo que os “Mambas” fariam diante do adversário que lhes tiver calhado, na condição de vencedor ou de segundo classificado do Grupo “C”.

Todavia, como tal não sucedeu – embarcamos de regresso a casa mais cedo – vamos ficar, na bancada ou diante do televisor, para hoje acompanharmos o evoluir dos nossos “carrascos” Egipto e Nigéria, que decidem mais um passo rumo à concretização do seu objectivo de conquistar o título. Os campeões africanos jogam no Estádio Nacional de Ombaka, em Benguela, com a Zâmbia, a partir das 17.00 horas (18.00 de Maputo), numa noite que se perspectiva de futebol espectacular e extremamente fascinante, quando se encontrarem na Tundavala, no Lubango, os gigantes Camarões e Nigéria, duas das formações constituídas por estrelas das mais cintilantes do continente.

Depois de, ontem, Luanda e Cabinda se terem deleitado com a primeira vaga dos desafios dos quartos-de-final, a vez, hoje, cabe aos adeptos benguelenses e lubanguenses, por sinal, com um envolvimento extraordinário no apoio aos “Mambas” nos seus três embates da primeira fase: os primeiros, frente ao Benin (2-2) e ao Egipto (0-2) e os segundos quando incrivelmente fomos derrotados pela Nigéria por três bolas sem resposta.

Agora, para os intervenientes na prova não há contemplações. É a fase do “mata-mata”, das eliminatórias e de requerer um cuidado muito especial. Se os 90 minutos não forem suficientes para se achar um vencedor, o recurso são 30 minutos de prolongamento, que poderão ser sucedidos de grandes penalidades caso até aí não haja vencedor. Portanto, como se pode depreender, trata-se de uma etapa bastante delicada acima de tudo responsável.

Em Benguela, certamente que os egípcios já conquistaram corações dos adeptos locais. Todas as suas partidas foram até aqui efectuadas em Ombaka, pelo que, apesar de a Zâmbia ser um país vizinho de Angola, os “Faraós” poderão contar com uma forte falange de apoio. Donos de um futebol bonito, alegre, pragmático e de trato fácil, os campeões africanos apresentar-se-ão nas quatro linhas com uma certa dose de favoritismo, sendo certo que a vitória será sua, a menos que ocorra um cataclismo.

O estilo de jogo dos egípcios, caracterizado por muita troca de bola, constantes e estonteantes mudanças de velocidade e de flancos, representarão uma grande complicação para os zambianos, que se qualificaram para os quartos-de-final de forma inesperada e num grupo que acabou sendo espectacularmente equilibrado.

A matreirice e o futebol envolvente dos pupilos de Hassan Shehata serão determinantes para o seu triunfo, até porque não se registam preocupações relacionadas com lesões. Jogadores como o capitão e maestro Ahmed Hassan – que joga em todas as posições – Meteeb, Zidan, Shikabala, Fathi, Gomaa, Moawad, Hosni, Gedo e o guarda-redes El Hadary – até aqui só sofreu um golo – estarão na sua plenitude e prontos para fazer a diferença, numa equipa muito segura a defender e bastante rápida e perigosa a atacar, fazendo-o primorosamente e com a precisão necessária.

Única selecção somente com vitórias no campeonato, Egipto derrotou, sucessivamente, Nigéria por 3-1, Moçambique e Benin pela mesma marca de duas bolas sem resposta. Marcou sete golos e sofre um.

Em relação à Zâmbia, nossa bem conhecida de embates da Taça Castle e que, curiosamente, leva uma grande vantagem sobre nós, menosprezá-la seria um gravíssimo erro. Os “Chipolopolo” são aguerridos e lutam até às últimas consequências. Dinâmica na intermediária, graças à acção de Felix Katongo e de Clifford Mulenga, a turma de Hervé Renard tem em Jacob Mulenga a sua principal jóia na frente atacante e que, seguramente, merecerá a atenção dos egípcios.

Os zambianos apuraram-se como segundo classificados do Grupo “D”, numa jornada cheia de emoção e de incertezas. Começaram a prova empatando 0-0 com Tunísia e a seguir perderam (2-3) com os Camarões, ao permitirem uma magnífica recuperação de Samuel Eto’o e companhia. Depois, no fim, no dia de todas as decisões, ganharam ao Gabão por 2-1. Somaram quatro pontos, marcaram cinco tentos e sofreram outros tantos.

CHUVA OU SISMO NO LUBANGO?

A cidade do Lubango é conhecida pelo seu clima de altitude, acompanhada de muito frio e chuvas constantes, pelo menos neste período do ano. Durante os dias em que a nossa selecção lá esteve, sempre choveu torrencialmente, mas o que de bom os deus huílanos fizeram foi o seguinte: nenhuma chuva durante os jogos e um relvado bom a prática de futebol, devido à funcionalidade da drenagem colocada no Estádio Nacional da Tundavala. Aliás, nessas circunstâncias, é o visível o esforço dos técnicos – encarregados pela construção do completo – na vigilância para determinadas situações que possam pôr em risco o desenrolar do campeonato.

Os Camarões, cabeças-de-série do Grupo “D”, assentaram arraiais nesta cidade e gozam de uma fenomenal simpatia. As suas estrelas, tal como Samuel Eto’o, o líder da banda, Rigobert Song e o seu sobrinho Alex – como cresceu e como seu fez um magnífico futebolista o rapaz! – Idrissou, Njidap, Emana, entre outras, fascinaram as gentes lubanguenses, daí o grande apoio que certamente terão esta noite, a partir das 20.30 horas locais (21.30 de Maputo), quando defrontarem a Nigéria. Testemunhámos esse facto no desafio contra a Tunísia, que terminou empatado 0-0 e ditou o afastamento das “Águias do Cartago”, em que a esmagadora maioria dos espectadores esteve ao lado dos “Leões Indomáveis”.

O jogo de hoje é de capital importância para ambos os conjuntos, candidatos ao título. O desfecho é absolutamente imprevisível e o que se espera, no Lubango, para além da habitual chuva, é que ocorra um sismo, tal é a luta que se perspectiva entre estes colossos.

Se os artistas de cada lado estiverem verdadeiramente inspirados, o espectáculo dentro das quatro linhas será uma realidade indissolúvel, apesar de tanto Camarões como Nigéria terem tido uma primeira fase pouco brilhante.

Há quem defenda que, normalmente, formações desta estirpe somente procuram a qualificação, para, a partir daí, mostrarem o que de facto valem. Estamos à espera de viver esse momento de sonho que “Leões Indomáveis” e “Super Águias” nos reservaram hoje na Tundavala.

Os camaroneses são mais atacantes, pecando, no entanto, por direccionar tudo para Samuel Eto’o. É verdade que, realmente, o avançado do Inter de Milão resolve as mais difíceis situações, mas, de sobreaviso, os nigerianos não deixarão de oferecer uma atenção especialíssima a este artífice.

Idrissou é outra peça fundamental e de desequilíbrio na frente atacante, num time que tem em Alex Song uma segurança formidável na intermediária, prevendo-se por isso um diálogo interessante com Obi Mikel, o armador do jogo da Nigéria.

Os Camarões, vencedores do Grupo “D” com quatro pontos – os mesmos da Zâmbia e do Gabão – foram surpreendidos pelos gaboneses na jornada inaugural, perdendo por uma bola sem resposta. A seguir, precisaram de apelar à sua divindade para ultrapassar os zambianos por 3-2, após terem estado a perder. Finalmente, empataram 2-2 com a Tunísia, numa partida em que tiveram o infortúnio de oferecer um golo ao adversário. Tal como a Zâmbia, marcaram cinco golos e sofreram outros cinco.

A Nigéria não foi, no decorrer da primeira fase, aquela Nigéria que nos habituou a grandes exibições. Na estreia, perante o Egipto, esteve a vencer por 1-0, porém, permitiu a reviravolta, acabando por perder 1-3. Contra o Benin, ganhou por apenas 1-0, na transformação de uma grande penalidade. Mas a sua fome de golos terminaria em fartura diante de Moçambique, ao vencer por 3-0. Resumindo, cinco golos marcados e três sofridos.

Por aquilo que se perspectiva, o técnico Amadou Shuaibu não deverá apresentar um onze diferente daquele que jogou contra os “Mambas”, uma vez ter estado mais consentâneo com a realidade dos nigerianos. Por essa razão, teremos, para além dos habituais Obi Mikel, Yakubu, Obasi, Etuhu, Yusuf, Peter Odemwingie – o verdadeiro “carrasco” de Moçambique -, Shittu e do guarda-redes Enyeama, os craques Obafemi Martins e Victor Nsofor provavelmente como primeira opção, já que se encaixaram integralmente e ajudaram a equipa a se desenvencilhar de um adversário mordaz e que na primeira parte, em particular, desfrutou de alguma superioridade em certas fases da contenda.

Recorde-se que as meias-finais terão lugar na quinta-feira, uma em Luanda e outra em Benguela, para o desafio de atribuição do terceiro lugar acontecer no sábado, na cidade das acácias rubras e a final no domingo, no Estádio Nacional 11 de Novembro, na capital angolana.

ALEXANDRE ZANDAMELA, em Luanda

CAN ANGOLA-2010: “Mambas” os mais advertidos disciplinarmente na primeira fase


A SELECÇÃO Nacional de Futebol foi a que mais vezes foi advertida com cartão amarelo durante a primeira fase. Os “Mambas” lideraram a lista com nove cartões amarelos.

Com apenas um amarelo, a selecção do Egipto foi a menos advertida disciplinarmente durante a primeira fase da Taça de África das Nações, seguida das similares da Nigéria (2) e Angola e Gana cada com três.

A equipa da Costa do Marfim foi "amarelada" cinco vezes, o Burkina Faso quatro, a Tunísia seis, enquanto o Gabão tem oito advertências, menos uma que o Benin e o Malawi, ao passo que os Camarões têm sete.

As selecções da Costa do Marfim, Burkina Faso e Tunísia receberam uma cartão vermelha cada uma.