AS meninas do Atlético de Madrid estão a deixar dezenas de rapazes a corar de vergonha. A equipa Alevín A, com jogadoras de 10 e 11 anos, lidera o campeonato da categoria em Espanha. Com um pormenor delicioso: as restantes formações são exclusivamente masculinas!
“Nunca na história do futebol feminino uma equipa chegou ao ponto mais alto num campeonato com equipas masculinas. É um grande orgulho e satisfação”, reconhece o técnico David Fernández, de apenas 20 anos.
No Grupo 10 de Futebol de 7, na categoria Avelín, não há como elas. A outra equipa feminina é precisamente a formação B do Atlético de Madrid, colocada no 12º lugar entre 13 equipas. A equipa A lidera com 25 pontos em 9 jogos, 32 golos marcados, 6 golos sofridos e muitas piadas pelo meio.
As capitãs de equipa, Raquel Poza, Laura Bravo e Sandra Calvo relatam a sua experiência no terreno de jogo, frente a elementos do sexo oposto: “Em alguns jogos, chamam-nos de barbies e outro tipo de insultos, mas fazemos como se não ouvíssemos nada. É a primeira vez que estamos na frente da classificação e esperamos ficar muito tempo nessa posição”.
O jovem técnico da equipa, David Fernández, acrescenta pormenores. “Reparei que, sempre que uma equipa feminina vence uma masculina, os rapazes choram por terem perdido com raparigas, sentem-se impotentes. Digo sempre às minhas jogadoras para irem cumprimentar os adversários, mas estes muitas vezes recusam fazê-lo”, lamenta.
“O que mais prejudica o futebol feminino é a sociedade. Eu não vejo diferenças nas camadas jovens entre uma rapariga e um rapaz. Muitas raparigas jogam melhor que os rapazes e em alguns casos demonstram mais força e garra para vencer as partidas”, remata David Fernández.
(Maisfutebol)
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