terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

MOÇAMBOLA-2010 - O seu campo está uma lástima: Que solução para Lichinga?



NÃO cabe na cabeça de nenhum niassense que a sua província poderá ser riscada do grande mapa futebolístico nacional. Não cabe, sim, mas o facto está iminente, se até ao início do Moçambola-2010 a relva do Estádio Municipal 1º de Maio não for melhorada.

Aliás, já no ano passado a Federação Moçambicana de Futebol, através do seu presidente, Faizal Sidat, havia chamado a atenção sobre a possibilidade de o FC Lichinga se ver privado de fazer o campeonato naquele recinto, dado o seu estado desastroso.

De lá até cá praticamente nada foi feito, com o FC Lichinga, que tem sido o utilizador principal do campo, à espera da acção do Conselho Municipal, na qualidade de dono das instalações. Este, por sua vez, alega falta de fundos para deitar mãos à obra e se proceder a uma recuperação do relvado, cuja degradação se acentuou durante as cerimónias de abertura e de encerramento do Festival Nacional dos Jogos Escolares, em 2009.

A despeito de todos os problemas por que passa Lichinga, incluindo a destituição da Direcção do clube e nomeação de uma comissão que neste momento está a gerir a colectividade, cremos que os niassenses se unirão em prol da mesma causa: dotar o seu campo de condições que lhe permitam acolher o Moçambola.

Até porque em função daquilo que observámos ao longo da época transacta, à excepção dos campos da capital do país, nomeadamente os sintéticos Estádio da Machava e Costa do Sol e os naturais Maxaquene (Baixa e Machava) e 1º de Maio, os relvados doutros pontos do país apresentavam-se em condições deploráveis. Por exemplo, o campo da Soalpo, no Chimoio, praticamente era mais pelado que relvado, tendo espantado tudo e todos a sua aprovação para acolher jogos do campeonato.

Os campos do Ferroviário da Beira, do Desportivo de Tete e do Ferroviário de Nampula também não fugiam à “regra”, daí se afirmar que tivemos um Moçambola disputado em recintos que não ofereciam condições, mas que, por razões políticas – e não iminentemente desportivas – a Liga Moçambicana de Futebol via-se impotente para fazer valer a sua tese de campeonato em campos efectivamente relvados.

E este ano? Bom, pelos vistos, a situação não sofrerá grandes alterações. Isto porque, pelo que julgamos saber, nem no Chiveve nem no Chimoio se verificaram obras de vulto com vista à reposição do relvado. Na capital do país, o Ferroviário continuará no seu Estádio da Machava, tal como os “canarinhos” no seu sintético. O Maxaquene, bafejado pela sorte, dispõe neste momento de dois recintos: o da Baixa e o da Machava, ambos em óptimas condições.

Dois recintos, coincidentemente, situados na província do Maputo, entram este no Moçambola. Trata-se dos campos da Liga Muçulmana, na Matola, com um magnífico relvado; e da Olympáfrica, pertencente ao Comité Olímpico de Moçambique, localizado em Boane – zona da Rádio Marconi – e que será utilizado pelo Atlético Muçulmano.

Desportivo e Matchedje continuarão na condição de “inquilinos”, provavelmente no 1º de Maio e no Estádio da Machava, à semelhança da temporada passada.

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