quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mart vai ou fica?



Renovação refém de parceiros segundo Filipe Lucas Johane.O Governo, por seu turno, diz que aguarda pelo regresso do técnico, no final deste mês, para finalizar o processo.

Já vai longo o processo negocial entre a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) e o técnico holandês, Mart Nooij, visando a renovação do contrato deste no comando dos Mambas. Como já é do domínio público, antes mesmo do término do primeiro vínculo contratual, decorria ainda o ano passado, a FMF apresentara uma proposta de renovação ao técnico que, pelo que apurámos, rondava os vinte mil dólares.

A esta proposta, o holandês só respondeu depois do Campeonato Africano das Nações, CAN Orange de Angola 2010, com uma contraproposta de aproximadamente vinte e cinco mil dólares, a qual a FMF tratou de apresentar ao governo, através do Ministério da Juventude e Desportos, para a tornar exequível.

Esta terça-feira, 23 de Fevereiro, passam precisamente cinquenta e quatro dias depois que o anterior contrato terminou e, ao contrário do que se esperava, ainda nada foi decidido para a preocupação dos amantes do futebol e em particular da selecção nacional.

O secretário-geral da Federação Moçambicana de Futebol diz que o processo regista um impasse porque o governo ainda não encontrou parceiros dispostos a pagar o salário exigido pelo holandês.

MART PEDIU 25 MIL USD

Um salário líquido mensal de vinte e cinco mil dólares americanos, o equivalente a cerca de seiscentos e setenta e cinco mil meticais, é quanto Mart Nooij pediu à Federação Moçambicana de Futebol como contraproposta à proposta de perto de vinte mil dólares, ou seja, quinhentos e quarenta mil meticais, do organismo de tutela do futebol moçambicano para renovar pela selecção nacional.

Trata-se de um incremento na ordem de setenta e cinco por cento em relação ao valor que Mart Nooij auferia até 31 de Janeiro de 2010.

A FMF, que não nada em dinheiro, lembra Johane, “apresentou referida contraproposta ao governo. Todos sabem que não é a federação que paga os onorários do seleccionador. O governo, com o apoio de parceiros do FUT-21, é quem suportou a estada de Mart Nooij em Moçambique.

Nós, federação, não temos condições para tal”, justificou.

Filipe Lucas Johane disse, também, no contacto que manteve com o nosso jornal, ter conhecimento de que o governo tem se desdobrado em contactos com vários parceiros, a começar pelos que ao longo dos últimos dois anos garantiram a sustentabilidade da permanência de Mart Nooij, no país, até aos que, não sendo ainda, espera congregá-los nesse grupo, tudo a pensar numa solução.

Ao que parece, as negociações não vão a bom porto. Segundo a nossa fonte, os parceiros ainda não responderam positivamente à proposta apresentada pela Federação Moçambicana de Futebol.

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