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quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Chingale terá seu campo em 2011
APOSTADO em ascender ao Moçambola-2011, a partir da “Poule” de Apuramento em curso, o Chingale, caso consiga alcançar esse objectivo, continuará, no entanto, a realizar os seus jogos em casa emprestada, isto é, no relvado do Desportivo de Tete. Só que esta situação tem os dias contados, pois o clube mais representativo daquela província perspectiva ter concluído em 2011 o seu próprio campo, localizado no Bairro Matundo, num espaço atribuído pelo Conselho Municipal local.
A questão financeira, que condicionou o início das obras, já está praticamente resolvida, com a garantia de financiamento por parte d principal patrocinadora do clube, a Electricidade de Moçambique, segundo nos revelou o presidente do Chingale, Lourenço Cunha.
“O grande problema era de meios financeiros, porque a construção de um estádio envolve somas muito avultadas. Não se justifica que um grande clube como o nosso esteja ainda a disputar os seus jogos em campos alugados e a pagar muito dinheiro mensalmente. O Chingale desembolsa 50 mil meticais/mês para pagar ao Desportivo pelo uso do seu recinto, facto que contribui para empobrecer o nosso já magro cofre, uma vez que a Direcção do Desportivo não aceita reduzir o preço do aluguer”, disse.
Aliás, como se isto não bastasse, o Desportivo, de acordo com Lourenço Cunha, impôs regras para a utilização do seu recinto. Por exemplo, durante a semana o Chingale só tem direito a treinar durante dois dias e num espaço de duas horas no máximo. Assim sendo, o recurso acaba sendo campos pelados, como o da Escola Industrial de Matundo e outros espaços da cidade.
“Já é tempo de termos o nosso próprio campo. Durante este tempo todo tentámos encontrar uma alternativa viável, inclusive com o envolvimento de outras instituições, nomeadamente Associação Provincial e Liga Moçambicana de Futebol, mas sem sucesso, já que o Desportivo se mantém irredutível na sua posição. Ora, caso não haja entendimento seremos obrigados a jogar no Estádio 27 de Novembro, no Songo, até porque a HCB é um dos nossos parceiros. Isto, claro, enquanto decorrem as obras no nosso campo, que estou em crer que dentro de quatro a seis meses pelo menos o rectângulo de jogos estará em condições de ser utilizado”, concluiu o presidente do Chingale.
NOVO EQUIPAMENTO
O Chingale recebeu domingo do empresário Leandro Maetene Conselho, mais conhecido por Steven, um jogo de equipamento desportivo constituído por 18 camisolas, igual número de calções e pares de botas, três bolas e um par de uniforme completo para guarda-redes. O acto ocorreu na sede do clube, na presença do respectivo presidente, Lourenço Cunha, logo após o jogo da segunda jornada de “Poule” de Apuramento, em que os tetenses derrotaram o Ferroviário de Quelimane por 5-1.
Lourenço Cunha agradeceu o gesto, tendo acrescentado que a oferta significa mais um comprometimento da direcção do clube, atletas e toda a massa desportiva do Chingale para o seu apuramento ao Moçambola da próxima edição.
“Esta oferta galvaniza a nossa equipa para um melhor desempenho nos próximos jogos de apuramento para o Moçambola onde com esta vitória que hoje conseguimos estamos em crer que tudo depende de nós para a nossa qualificação. Vamos fazer tudo ao nosso alcance para dignificarmos aos nossos parceiros, sócios, atletas, adeptos e a população em geral da cidade de Tete”, disse Lourenço Cunha.
Para Leandro Maetene Conselho, empresário na área de pesca semi-industrial de kapenta e tilápia (pende) na Albufeira de Cahora-Bassa, o equipamento foi adquirido na África do Sul e serve de estímulo moral e material à equipa do Chingale para uma melhor prestação nesta fase de apuramento ao Moçambola.
“Temos que dar todo o apoio possível ao Chingale, sobretudo neste momento em que a equipa precisa do nosso apoio para a sua qualificação à prova máxima do futebol moçambicano. Este é o primeiro gesto e logo após a qualificação vamos trazer outros apoios para a equipa entrar na prova máxima do nosso futebol sem constrangimentos”, afirmou Steven.
Para Sérgio Faife, treinador principal do Chingale, a equipa já se encontrou e espera obter bons resultados nos próximos jogos, considerando que a diferença entre as equipa na tabela classificativa é muito reduzida após a segunda jornada.
“Agora estamos com as atenções ao jogo com o Têxtil de Púnguè na Beira. É uma partida muito complicada para nós, mas um jogo tem 90 minutos e só no final é que podemos reflectir e definirmos a estratégia para os jogos a seguir. Entretanto, tivemos um erro no percurso logo na jornada inaugural, mas estamos tranquilos e conscientes de que poderemos inverter tudo e alcançarmos os nossos objectivos”, finalizou Faife.
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