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quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Moçambicanos terminam contratos e ficam chineses
É o fim de um sonho. Com o aproximar do fim das obras do Estádio Nacional do Zimpeto, o número de operários moçambicanos empregues em diversos regimes está a reduzir-se drasticamente naquele empreendimento. Depois de ter atingido mais de seiscentos homens, a partir do próximo dia 2 de Outubro serão apenas cerca de 150 trabalhadores. Os chineses, cujo número também atingia quase quatrocentos, reduzem agora para cerca de duzentos. Os outros regressaram à procedência.
Segundo explicou o responsável da obra pela parte moçambicana, José Pereira, os operários abrangidos terminaram justamente os seus contratos, os quais cumpriram integralmente e com muita dedicação e zelo, pois era a fonte do seu sustento.
“Cada um sabia quando é que ia terminar o seu vínculo contratual, e apesar das greves registadas, no cômputo geral, foi uma relação laboral sã, que surpreendeu pela positiva, se se considerar o ambiente salutar entre moçambicanos e chineses”, referiu Pereira.
Os responsáveis pela obra acreditam que a edificação do empreendimento foi, na realidade, uma oportunidade muito válida para muitos jovens da zona circunvizinha, e não só, que puderam, por um algum tempo, ter emprego e, acima de tudo, participar na construção de uma grande obra que identifica a nação moçambicana.
Defende a nossa fonte que esta foi exactamente a promessa feita há alguns anos, pelo então ministro da Juventude e Desportos, David Simango, na sombra de mangueiras, no primeiro encontro com a população daquela zona.
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