quarta-feira, 17 de março de 2010

Apesar de não estar representado no Moçambola-2010: Nampula será sede das equipas nortenhas


ESTÁ mais do que claro que FC Lichinga e Ferroviário de Pemba não vão fazer, numa primeira fase, os seus jogos do Moçambola-2010 em casa. Muitas dúvidas recaem, sobretudo, para os “locomotivas” de Cabo Delgado, que ainda nem sequer iniciaram com o arrelvamento do Estádio Municipal de Pemba, o que não acontece com o Estádio Municipal 1º de Maio, em Lichinga, cujos trabalhos de reposição do relvado já estão em curso.



O Director Provincial da Juventude e Desportos do Niassa, Tomé António Enes, disse que foi criada uma equipa multissectorial, envolvendo técnicos da sua Direcção, do Conselho Municipal e do Instituto Agrário de Lichinga, com o objectivo de efectuar a reposição da relva no Estádio local. Explicou que se constituiu esta equipa porque o investimento para a reposição do piso, na sua totalidade, não seria possível nesta fase, dada a volta que teria que se dar para fazer o apuramento dos trabalhos, o que tornaria os custos mais elevados.

Uma vez que o tempo é escasso, a única intervenção que se achou correcta foi reimplantar a relva nos locais onde ela está em falta. Uma das razões que concorreu para esta medida tem a ver com a época chuvosa, atendendo que neste momento a chuva cai sistematicamente quase todos os dias, o que dificulta que o trabalho corra normalmente.

“Isto leva-nos a crer que o trabalho em curso só pode ser concluído após as primeiras três jornadas. São conjunturas de ordem económica que determinaram este problema, e estamos todos de braços dados para fazer o melhor em nome do FC Lichinga. Estamos à procura de parcerias para investir na participação da equipa, sabido que Niassa, na verdade, é a maior província do país, mas a mais fraca em termos de recursos. O peso do empresariado também é reduzido, daí que temos muitas carências”, referiu Tomé António Enes, deixando a promessa do Governo local para ajudar a minimizar as preocupações do clube e lutar para que tenha uma boa prestação.

Por seu turno, o Director-adjunto da Educação e Cultura de Cabo Delgado, António Tepula, que representou a Direcção Provincial da Juventude e Desportos no recente Conselho Consultivo Alargado do MJD, afirmou que há uma grande preocupação face ao atraso que se regista no processo do arrelvamento, agravado por sucessivas greves dos trabalhadores envolvidos também nas obras de reabilitação do recinto. Disse, porém, que há todo um esforço no sentido de se concluir com os trabalhos em tempo útil, apesar de, neste momento, as obras estarem parcialmente paralisadas, devido a dificuldades financeiras.

Questionado sobre o que terá sido feito com os 100 mil dólares alocados pelos Caminhos de Ferro de Moçambique para o arrelvamento do campo, no ano antepassado, António Tepula respondeu que não podia precisar o que está a acontecer com esses fundos, salientando que “estou apenas a falar do que se está a viver em relação às actividades que deviam estar a decorrer”.

Aliás, Tepula confirmou que o mais certo é que o Ferroviário vai realizar os seus jogos fora de casa. “Infelizmente, os primeiros jogos podem não se realizar em casa. Há todo o interesse do Governo para que o Moçambola se realize em Pemba, mas as condições em que se encontra o campo deixam-nos limitados”, lamentou.

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