segunda-feira, 8 de março de 2010




GILBERTO Mendes já governa na natação moçambicana, desde sexta-feira, altura em que o elenco por si dirigido tomou posse para um mandato de quatro anos, num acto que teve lugar no Comité Olímpico de Moçambique.

O novo presidente da Federação Moçambicana de Natação (FMN) apelou aos seus colegas para que aproveitem as oportunidades que forem a surgir em benefício da modalidade, de forma a elevar a qualidade competitiva e que o país consiga atingir patamares mais altos a nível internacional.

Gilberto Mendes anotou que a fasquia colocada para a sua Direcção é alta pelos desafios que se apresentam, começando pela organização da própria estrutura da modalidade, legalização da federação e promoção do associativismo, o que passa pela criação de associações e surgimento de mais clubes e praticantes, entre outros.

O novo timoneiro da natação nacional realçou que, quando se assume uma missão, ela deve ser cumprida, chamando a atenção aos seus colaboradores para muita dedicação e empenho para identificar os obstáculos e respectivas soluções, que é o rumo a seguir para o desenvolvimento da modalidade.

A nova Direcção da FMN traz consigo um plano estratégico de desenvolvimento da natação, que passa por apostar, em articulação com as associações e clubes, na formação de praticantes, designadamente na identificação, detecção e desenvolvimento de talentos, bem como na evolução das condições da prática da modalidade, com particular ênfase no acompanhamento dos jovens nos planos sociais e educativos.

O alargamento substancial da base de praticantes federados, assente no carácter utilitário (ligado a questões de saúde) da modalidade, através de estratégias concretas que facilitem a filiação na FMN, transmitindo de forma mais fiel a real dimensão da natação nas suas diversas vertentes e formas de prática, fazem também parte da aposta da equipa encabeçada por Gilberto Mendes.

Falando na ocasião, em representação do Ministério da Juventude e Desportos, o inspector-geral do MJD, José Dimitri, disse que com a tomada de posse da nova Direcção da Federação estava aberta uma nova página na família da natação e que era necessário capitalizar o diálogo, de modo a procurar soluções para dinamizar a modalidade com vista ao seu desenvolvimento e obtenção de marcas e resultados positivos a nível interno, regional e internacional.

Recomendou à nova Direcção que a natação deve ter como suporte actores que dediquem o seu esforço por amor e respeito à dignidade moral e ética de todos os amantes da natação, em particular, e da sociedade moçambicana, em geral.

Dimitri salientou que as preocupações e as motivações pessoais não se devem sobrepor ao espírito colegial que deve caracterizar o relacionamento entre os fazedores da natação no país, e a gestão da modalidade deve privilegiar a participação, transparência e responsabilidade.

O inspector-geral do MJD ajuntou que, para que sejam logrados os objectivos dos Jogos Africanos de Maputo-2011, a FMN deve iniciar desde já o processo de preparação dos atletas que representarão o país no evento.

Dimitri destacou, igualmente, o trabalho feito pela Comissão Administrativa que geriu a modalidade durante pouco mais de um ano, devido à anarquia que a modalidade vivia desde que foram impugnadas as anteriores eleições, realizadas em 2007, devido a irregularidades detectadas no processo.

Na ocasião, o presidente da comissão ora extinta, Cremildo Gonçalves, entregou as pastas de património e as chaves da FMN à nova Direcção, para poder seguir em frente com os trabalhos iniciados.

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