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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Entre Atlético e Maxaquene : Negócio do campo ficou sem efeito
A VENDA do campo de futebol do Atlético Muçulmano ao Maxaquene ficou sem efeito, segundo revelou fonte próxima do clube. Segundo a mesma fonte, o negócio falhou porque o Maxaquene ainda não dispõe de dinheiro.
Esta declaração vem a coincidir com a informação avançada pela direcção do Atlético de que vai utilizar o seu campo para os jogos das Afrotaças, começando pelo embate com o Malanti Chiefs da Suazilândia em Fevereiro de 2009para a Taça das Taças de África, ou simplesmente Taça Nelson Mandela. Aliás, o Atlético já inscreveu o campo na Confederação
Africana de Futebol (CAF).
A compra do campo do Atlético dependia do negócio do espaço onde se situa o recinto de futebol do Maxaquene para fins comerciais. O negócio está embargado devido à necessidade da alteração do plano urbanístico.
Ou seja, o espaço que se pretende vender está, no actual plano urbanístico do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, destinado a fins desportivos e não comerciais. Assim, é preciso desenhar um novo projecto a ser submetido ao Conselho Municipal para a respectiva aprovação. O processo de elaboração do projecto ainda está em curso e tudo indica que levará tempo, o que não interessa ao Atlético.
Informações próximas dão conta de que o Maxaquene vai utilizar o seu campo para os próximos jogos do Moçambola, o que se confirmará durante o processo da inscrição das equipas participantes na prova organizada pela Liga Moçambicana de Futebol, em Janeiro.
A problemática a volta do negócio do campo do Atlético entre as direcções deste clube e do Maxaquene tornou-se mais evidente quando o presidente do Maxaquene, Rafindine Mahomed, veio a público dizer que o departamento do futebol passaria para aquele recinto no mês passado, facto que não chegou a acontecer.
E LITOS?
O impasse sobre o negócio do campo terá comprometido o plano que a direcção do Maxaquene havia esboçado com vista a relançar a equipa principal de futebol que, nos últimos anos, esteve longe da sua habitual performance passando a partilhar lugares da retaguarda com equipas sem grande expressão, como aconteceu na última temporada.
A compra do campo Atlético e a contratação do técnico português Litos constituíam uma grande estratégia para atingir esse objectivo. Porém, as coisas complicaram-se e a direcção do Maxaquene ainda não assinou o contrato com o treinador luso.
Contactado ontem pela nossa Reportagem, Litos disse que há várias situações que o clube está a tentar resolver, nomeadamente o impasse sobre o negócio do campo, sublinhando que as coisas não estão a decorrer como estava previsto e que o Maxaquene está neste momento à procura de soluções de modo que o grupo possa trabalhar num melhor ambiente.
DETALHES A VOLTA DO CONTRATO
Para ter o melhor esclarecimento do que está por detrás do atraso na contratação de Litos pelo Maxaquene, contactámos Samuel Maibasse, porta-voz dos tricolores, que nos contou sobre alguns problemas a volta do acordo, mas que não têm nada a ver com a direcção do clube, mas sim com um dos patrocinadores da colectividade.
Formalmente não assinámos contrato com Litos e não sei o que está a acontecer. Litos veio a Maputo com conhecimento do contrato e aceitou o acordo ainda em Portugal. Só que há um assunto que um dos patrocinadores do clube tratou com o treinador e que nós não sabíamos.
O técnico e patrocinador trataram de determinados assuntos que não têm a ver com o que nós acordámos com o técnico. É um pormenor que temos que resolver. No encontro entre o técnico e o patrocinador, houve promessas que Litos quer ver salvaguardados no contrato. Esse assunto teremos que resolver com o patrocinador hoje ou amanhã revelou.
Salvador Nhantumbo
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