O Comité Organizador está a passar pente fino sobre a identificação dos atletas, razão pela qual a acreditação foi muito lenta. Moçambique consta dos países com algumas irregularidades, segundo os organizadores, pois os seus atletas trazem consigo apenas as fotocópias autenticadas das certidões de nascimento no lugar das originais, como se pretende.
Contudo, depois de dois dias de uma autêntica maratona, conseguiu-se ao longo do dia de ontem acreditar alguns, mas tantos outros que tenham passaportes emitidos este ano e as respectivas certidões também autenticadas este ano ficaram de fora, aguardando-se por um possível milagre nas conversações que têm vindo a ter lugar entre os dirigentes da comitiva moçambicana e os do Comité Organizador.
Enquanto se aguarda por esse desfecho, a equipa feminina de basquetebol vai ser a primeira a entrar em prova, esta manhã, defrontando o Zimbabwe, enquanto a de masculinos só competirá logo à tarde a partir das 17.00 horas frente ao Botswana.
Aliás, Moçambique, em masculinos, vai disputar o acesso às meias-finais integrado no Grupo B, juntamente com a Zâmbia, Namíbia e o Botswana, enquanto em femininos a prova é no sistema de todos contra todos numa única volta.
Entretanto, os técnicos das equipas começam a ficar irritados com a situação das acreditações, pois os atletas não estão a cumprir na íntegra com os programas de treinamento previamente traçados.
Entretanto, a vistoria minuciosa que está a ser feita nas identificações é vista pelas delegações como uma retaliação dos sul-africanos que viram a sua equipa feminina de basquetebol fora da competição na ultima edição por irregularidades. O mesmo aconteceu com o Malawi, que mesmo estando presente na Namíbia acabou por ser afastada sem que tivesse no mínimo pisado um campo.
Outro factor que poderá fragilizar as equipas moçambicanas prende-se com o facto de alguns atletas não terem seguido viagem para a África do Sul por se encontrarem em exames escolares da segunda época.
Contudo, a esperança dos moçambicanos continua a ser a de melhorar o sétimo lugar alcançado nas duas anteriores edições, a primeira das quais em casa (Maputo).
ZONA VI TRAÇA ESTRATÉGIAS
Enquanto isso, o Comité Executivo da Zona VI das Confederações da Região terminou ontem uma reunião de dois dias que tinha como pontos da agenda a criação da Academia da Zona, a formação e acreditação de técnicos e incentivar a participação dos países da região nas competições internacionais. Com esta discussão pretende-se que em 2012, nos Jogos Olímpicos de Londres, a região conquiste pelo menos 12 medalhas de ouro.
Ainda ontem, já no período da tarde, houve um encontro entre os ministros dos Desportos da Zona VI, com o objectivo de avaliar a situação desportiva actual e perspectivar acções de futuro, bem como homenagear técnicos e atletas que se revelaram nos últimos tempos na região.
GIL CARVALHO, em Potchefstroom
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