segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Taça de Honra: Maxaquene soma e segue


O MAXAQUENE voltou a somar mais uma vitória ontem no campo do Costa do Sol, desta feita diante da Liga Muçulmana de Maputo, por 1-0, e segue em frente na Taça de Honra em futebol, concluída que foi a terceira jornada da prova, em que se destaca igualmente o nulo no embate entre o Desportivo e o Costa do Sol, noutro jogo da ronda, que teve lugar no mesmo recinto.



Com este triunfo, os tricolores contabilizam sete pontos, frutos de duas vitórias e um empate. A primeira vitória foi diante do Desportivo, na ronda inaugural, pela mesma contagem. Empataram com o Matchedje sem abertura de contagem, na jornada seguinte.

O Maxaquene é seguido pelo Desportivo, que conta com quatro pontos, resultantes da vitória sobre a Liga Muçulmana, na jornada anterior, também por 1-0, e uma igualdade frente ao Matchedje. Por seu turno, o Ferroviário, com menos dois, está em terceiro lugar com três pontos. Os locomotivas, que venceram a Liga Muçulmana, por 2-0, na única partida que efectuaram, têm no seu encalço o Costa do Sol e o Matchedje, ambos com dois pontos, frutos de igual número de empates, e com menos um jogo. Os canarinhos e militares empataram a uma bola no jogo entre si, na estreia. O Matchedje voltou a sofrer um empate na jornada seguinte com o Maxaquene, sem golos.

Na cauda está a Liga Muçulmana que perdeu em todas as jornadas já efectuadas.

A próxima ronda abre com o jogo Liga Muçulmana-Costa do Sol, na quinta-feira. Os restantes jogos terão lugar no domingo. O Maxaquene medirá forças com o Ferroviário e o Desportivo com o Matchedje.

O Costa do Sol viu o seu sonho de triunfar pela primeira vez na prova a ruir graças às grandes intervenções do guarda-redes Jaimito, que fechou todos os ângulos da baliza inviabilizando uma série de investidas, com defesas de recurso e que mereceram grandes aplausos por parte dos adeptos do Desportivo. Foi um jogo que trouxe uma certa alegria ao público que foi ao campo dos canarinhos, pois as duas equipas abriram-se no máximo expressando maior vontade de fazer o melhor de si.

Porém, foi o Costa do Sol que mais deu nas vistas em termos ofensivos e merecia outra sorte. Muito cedo, os ;canarinhos deram o aviso que estavam decididos a saírem do encontro com o melhor resultado e, em consequência disso, ganharam muitos lances de bola parada, que levaram muito perigo à baliza de Jaimito. O primeiro aviso foi dado pelo meio-campista Mambo, que obrigou o keeper alvi-negro a uma palmada para canto.

O Costa do Sol foi ganhando mais pontapés de canto e, num deles, o defensor João, que os canarinhos haviam emprestado ao Chingale, antecipou-se à defensiva de cabeça, mas a bola foi devolvida por um contrário na linha de golo, com Jaimito já batido. João teve excelentes subidas e foi um dos melhores executantes de lances de bola parada junto à zona defensiva dos alvi-negros. Fez um belíssimo arco, pela esquerda, em mais um livre, que forçou novamente Jaimito a uma defesa de recurso.

Contudo, o momento mais certo para o Costa do Sol visar a baliza de Jaimito foi aquele em que Mexer obstruiu a entrada do congolês Perry, pela direita, na grande área, tendo Anónio Massango assinalado o castigo máximo. Mas Jaimito voltou a provar a sua mestria e defendeu o penalte batido pelo capitão Mambo, já no final da primeira parte.

Os alvi-negros não foram meros espectadores. Tiveram uma boa abordagem do jogo e uma maior briga pela posse da bola. Mas foram ineficazes nas acções ofensivas, sobretudo na primeira parte, em que Aníbal e Imo não encontraram espaços de manobra dada a maior eficácia da defensiva canarinha. Aníbal tentou arrancar alguns remates fora da área, mas não tiveram o melhor enquadramento com a baliza defendida pelo ganês Abu.

O Desportivo teve maior reacção já na segunda parte, em que entra a fazer estremecer a baliza adversária, com Imo a levar a bola ao poste. Mas o Costa do Sol reagiu de imediato, com duas investidas de Marufo e Samito, mas controladas por Jaimito. Imo voltou a romper a zona, mas revelou alguma lentidão tendo os seus remates obstruídos.

O Costa do Sol voltou à carga. João foi chamado novamente a executar um livre próximo à grande área e com força e arte fê-lo muito bem, mas Jaimito esticou-se e cedeu canto. Impecável, manteve a sua baliza inviolável até que Massango apitou pela última vez. Este juiz fez um bom trabalho, mas exagerou no aspecto disciplinar. Mostrou muitos cartões amarelos.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: António Massango, auxiliado por Baltazar Hilário e Téofilo Mungoi. O quarto árbitro foi Imeldina Mapelane.

DESPORTIVO Jaimito; Josué (Mayunda), Zainadine Júnior, Mexer e Secanhe; Isac (Julinho), Nelson, Nelinho e Muandro; Aníbal (Bito) e Imo (Binó).

COSTA DO SOL Abu; João, Kito, Jonas e Nhabanga; Samito (Silvério), King (Josimar), Mambo e Ruben (Júnior); Félix (Marufo) e Perry.

DISCIPLINA: cartões amarelos para Mexer (Desportivo) e João, Kito, Rúben e King (Costa do Sol).

MARITO OFERECE VITÓRIA AOS TRICOLORES



O Maxaquene foi bafejado pela sorte no encontro com a Liga Muçulmana, com o central Marito a marcar na própria baliza, quando tentava anular o centro de Jetinho para a zona de rigor. Foi um golpe que acabou confortando os tricolores, que foram a melhor equipa no que respeita às oportunidades que criou junto ao reduto do adversário, sobretudo na segunda parte.

O jogo foi bastante monótono. Os jogadores acusaram falta de ritmo e uma fraca abordagem do seu jogo, que foi perdendo interesse de minuto a minuto, pois as coisas não melhoravam em termos de produção no terreno. Um espectáculo pálido, que deu alguma soneca à assistência, acima de tudo no primeiro período, em que as duas equipas tiveram apenas uma ocasião de visar a baliza contrária.

A Liga Muçulmana foi a primeira a agir, numa jogada de contra-ataque em que Edgar embrulhou-se com Mustafá e o esférico sobrou-lhe, mas não rematou de primeira e quando o fez foi com menos força, pois já tinha Narciso a fazer a dobra.

Os tricoloresreagiram, Liberty arrancou um remate preciso, mas Lamá estava atento.

O Maxaquene melhorou a sua prestação na segunda parte, mas foi a Liga que entrou a ameaçar. Ganhou um livre na meia-lua, mas o central Fanuel não acertou. A seguir a este lance, Alex foi isolado por Carlitos, mas atirou sem jeito para fora.

Daí para frente o Maxaquene tomou as rédeas do jogo, a começar com o tiro de Michael quase a roçar o poste. A secundar, Jumisse falhou igualmente por pouco o alvo, na intercepção do livre batido por Campira. Com Hélder Cuinica e Pelembe junto no ataque, houve muita briga na ofensiva, Cuinica levou a bola ao poste, nos derradeiros minutos da partida. Esgotaram-se os 90 minutos e eis que Jetinho despeja a bola para a área e Marito faz um mau corte, já no período de compensação.

FICHA TÉCNICA

MAXAQUENE Soarito; Campira, Narciso, Nito e Kiki; Kito (Michalel), Mustafá, Macamito (Hélder Pelembe) e Jumisse (Jetinho); Liberty e Eurico (Hélder Cuinica).

LIGA MUÇULMANA Lama; Calima, Fanuel, Marito e Gabito; Alex, Emeka, Carlitos (Josssias) e Sulemane; Edgar (Affes) e Maninho (Nito).

DISCIPLINA: amarelo para Eurico.

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