terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

TAÇA DE HONRA - Trono cada vez mais “tricolor”


O MAXAQUENE isolou-se ainda mais na liderança da Taça de Honra em Futebol, ao vencer ontem, no Estádio da Machava, o Ferroviário por 2-1, na partida mais convidativa da quarta jornada.


Os tricolores passaram a somar 10 pontos, ficando agora com mais quatro que os locomotivas, que sonhavam neste desafio assumir a liderança. Noutro embate, o Matchedje protagonizou uma das grandes surpresas da prova, ao derrotar o Desportivo por 1-0, transitandodo quinto para o quarto posto.


No desafio entre Ferroviário, e Maxaquene, a vingança serviu-se a frio. Cantoná saltou do banco aos 70 minutos e a sua entrada foi acompanhada por uma grande ovação vinda da bancada. Afinal, era a sua estreia pelos tricolores e, curiosamente, frente ao clube que o projectou para o futebol.

Diga-se que Cantoná soube agradecer os aplausos, visto que foi ele, já no período de compensação, a dar a vitória aos tricolores, fazendo o 2-1, após um excelente remate de cabeça. Este golo cheirou a vingança, a avaliar pelos gestos obscenos do atleta dirigidos ao banco do Ferroviário e aos seus adeptos, facto não perdoado pelo árbitro Mateus Infante, que imediatamente o expulsou. 

Quanto ao embate em si, o Maxaquene mostrou ser mais sólido e com um futebol melhor elaborado, daí ter desfrutado das melhores oportunidades de golo. Macamito foi o primeiro a experimentar os reflexos de Muhamad, com um remate cá do meio da rua. A resposta dos locomotivas surgiu por intermédio de Artur Manhiça, mas o controlo do jogo era dos tricolores, e essa melhor disposição acabou sendo coroada com um golo de Hélder Pelembe, que concluiu com mestria uma boa jogada de Liberty.

FICHA TÉCNICA

Árbitro: Mateus Infante, auxiliado Agostinho Pelembe e Pedro Justino. Quarto árbitro: Adolfo Chitache

MAXAQUENE Soarito; Narciso, Nito, Campira e Kiki; Mustafa (Eusébio), Macamito (Eurico), Kito (Cantoná) e Jumisse; Liberty e Hélder Pelembe (Geninho).

FERROVIÁRIO Muhamad; Butana (Hening Comé), Fred (Zabula), Faife e Tony; Dário, Tchaka, Momed Hagy e Danito Parruque; Nadjuko e Artur Manhiça (Jair).

Acção disciplinar: cartão amarelo para Narciso e Fred e vermelho para Cantoná.

Na etapa complementar, os locomotivas passaram a jogar com algum dinamismo e foram brindados com o empate. Momed Hagy iniciou e encerrou a jogada com um golo à ponta-de-lança. Porém, este tento em nada afectou o Maxaquene, que continuou a fazer o seu jogo rente à relva e de pé para pé, acabando por chegar à vitória com toda a justiça, com o golo de Cantoná já sob o apagar da luzes.

Mateus Infante realizou uma boa arbitragem.

ÁGUIA PRESA



Só quem não assistiu a vitória do Matchedje sobre o Desportivo pode pensar que foi por mero acaso. Engana-se redondamente quem assim pensar, pois os militares venceram com toda a justiça e foram a equipa mais esclarecida em campo. Os jogadores demonstram mais raça na posse da bola e lances notáveis quando faziam a transposição da defesa.

Aliás, o seu golo surge numa dessas jogadas. Depois de um lance muito bem delineado, a bola é metida para a direita, onde aparece Rogério a cruzar para Chana fazer o tento. A forma compacta com que o Matchedje jogava constratava com a falta de clarividência do Desportivo, que não conseguiu soltar-se da teia montada pelo adversário. A melhor jogada de perigo dos alvi-negros foi da autoria de Lalá, que rematou forte, mas Víctor respondeu com uma defesa de grande categoria.

De resto a vitória militar encaixa-se na perfeição.

O árbitro da partida esteve bem.

FICHA TÉCNICA

Árbitro: Abdul Gani, auxiliado por Joaquim Sambo e Roberto Martins. Quarta árbitra: Antónia Bangueiro.

DESPORTIVO Marcelino; Emídio, Mayunda, Henriques e Julinho (Isac); Lalá (Muandro), Tchitcho, César Bento e Secanhe (Zainadine Júnior); Sonito (Aníbal) e Binó (Imo).

MATCHEDJE Victor; West, Caló, Casimiro (Lírio) e Vasco; Rogério, Jacinto (Avú), Zuze (Lewis) e Edmundo (Vieira); Paíto (Jojó) e Chana.

IVO TAVARES

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