sexta-feira, 20 de março de 2009

Eleições no Comité Olímpico de Moçambique : Macome: triunfo esmagador!

AS expectativas confirmaram-se! Marcelino Macome sucede a si próprio no “cadeirão” do Comité Olímpico de Moçambique.

Marcelino Macome reeleito Presidente do Comité Olímpico de Moçambique
Ontem, num escrutínio inicialmente inquinado por questionamentos de algumas federações, que pretendiam ver o acto adiado, um argumento, no entanto, considerado extemporâneo pelo “presidium”, Macome acabou obtendo um triunfo absolutamente esmagador, com 14 votantes, contra três, a dizerem “sim” ao projecto de renovação na continuidade preconizado pelo seu elenco, neste novo mandato de 2009-2012.

No fim, entre abraços de felicitações e outros indisfarçadamente de mágoa, o Inspector-Geral do Ministério da Juventude e Desportos, José Dimitri, deixou um importante recado: independentemente da direcção do voto de cada federação, o momento, agora, é de unir esforços no sentido de o país se preparar melhor rumo aos Jogos Olímpicos de Londres, dentro de três anos.

A despeito de somente a poucos dias do acto eleitoral ter declarado a sua intenção de se recandidatar, já estava claro, desde a anterior Assembleia-Geral, que Macome estava interessado em continuar à frente dos destinos do Comité Olímpico.

Fixado e publicamente dado a conhecer o dia do escrutínio, a verdade manda dizer que nenhuma outra pessoa apresentou-se como candidata, daí que esta figura tenha concorrido sozinha, encabeçado uma lista que, embora apresente novas caras, é claramente dominada pelos mesmos elementos do elenco anterior, casos de Aníbal Manave e de António Munguambe, vice-presidentes, de Penalva Cezar, secretário-geral, de António Maria da Conceição, tesoureiro, e os membros Camilo Antão, Abel Matsinhe e Ludovina Oliveira.

A Assembleia-Geral foi dirigida por Eugénio Chongo, em representação do Conselho Nacional do Desporto, coadjuvado pelo seu colega Pedro Mondlane e pelo inspector do MJD, José Dimitri.

O escrutínio, no qual o pleno exercício democrático foi uma realidade, ia ser beliscado face a certas incongruências relevadas por alguns participantes, demonstrando um claro desconhecimento dos estatutos do Comité Olímpico, tal como ficou patente nas suas insistentes intervenções, em nome de um olimpismo chauvinista.

No entanto, dos 17 votantes presentes, entre as federações olímpicas e os membros da direcção cessante, os resultados (14 contra 3) evidenciaram a vontade da maioria: o “sim” a Marcelino Macome, que para já elege três grandes desafios, nomeadamente a profissionalização do modelo de gestão do Comité Olímpico de Moçambique, a construção da nova sede e a aposta no desenvolvimento do desporto a nível das comunidades.

Paralelamente – e esta é a missão imediata, já a partir de segunda-feira, parafraseando-o – o presidente reeleito disse contar com todas as federações na organização e preparação da participação do nosso país na segunda edição dos Jogos da Lusofonia, em Julho próximo, em Lisboa.

Claro, os Jogos Olímpicos de Londres-2012 não ficaram atrás, sendo que a aposta deverá residir na imperiosa necessidade de qualificar mais atletas, ao invés do que tem vindo a acontecer.

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