HÁ quase quatro anos afastado do boxe profissional, o ex-campeão mundial dos pesos pesados Mike Tyson está decepcionado com os actuais representantes da principal categoria do pugilismo.
Em entrevista ao tabloide inglês The Sun, Tyson afirmou, sem citar nomes, que os principais pugilistas da actualidade são lentos demais e não possuem carisma para se tornarem “superstars” ou atrair a atenção do público. "É muito aborrecido ver os combates. Poucos golpes são disparados, o que praticamente deixa os duelos monótonos".
Segundo o levantamento feito pelo canal norte-americano HBO, a categoria dos pesos pesados é a que menos interessa ao público actual, fã dos duelos entre os pesos leves, liderados pelo filipino Manny Pacquiao, juntamente com o mexicano Juan Manuel Marquez e com o britânico Rick Hatton.
Dos 58 combates que Tyson disputou em 20 anos de carreira profissional (1985 a 2005), apenas sete terminaram por pontos. Das 50 vitórias obtidas pelo “Iron Man”, 44 terminaram antes do previsto. "Reclamaram muito quando os meus combates terminavam nos primeiros assaltos, hoje muitos desses críticos devem ter saudade de mim", afirmou Tyson.
Tyson, de 42 anos, está em Londres, onde participa em eventos publicitários, e aproveitou para aconselhar o britânico David Haye, que se mudou para os pesos pesados e deve disputar um cinturão mundial nos próximos meses. "Você tem que ser dinâmico, excitar o público”. Haye soma 22 vitórias (21 “nocautes”), em 23 combates.
Bastante gordo, muito diferente da época em que fez história nos ringues, Tyson tem motivos para se animar, apesar dos problemas financeiros. Ele assinou contrato com a empresa de videogames Eletronic Arts para ceder a sua imagem. O jogo vai colocar Tyson diante de Muhammad Ali, a maior lenda do boxe de todos os tempos. O jogo ainda não tem data para o lançamento no mercado.
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