A DESPEITO de não ter sido uma partida espectacular – Mart Nooij já nos tinha preparado para o efeito, pois o resultado era o mais importante – Moçambique, globalmente, exibiu-se a contento, controlou os acontecimentos, particularmente no segundo período e não ofereceu espaço aos tunisinos para explanarem o seu futebol.
Embora a apreciação dos 13 atletas que actuaram neste jogo nos obrigue a fazê-lo positivamente, pois todos assim o merecem, o maior destaque vai, no entanto, para a magnífica exibição de Mexer, que se assumiu como o “patrão” da defesa, bem como para Dário Monteiro, que após cair em várias situações de fora-de-jogo, de certo modo irritando alguns espectadores, acabou sendo o herói da tarde, com o tento de belo efeito por si apontado, fruto da crença e da sua perspicácia.
Individualmente, vejamos como se comportaram os “Mambas”:
CAMPIRA – Receava-se que estivesse com défice de rodagem, mas a verdade manda dizer que mantém a mesma postura: batalhador a defender e consequente a atacar, prestando um grande apoio aos colegas da frente, com entradas destemidas pelo seu flanco.
DÁRIO KHAN – Foi um dos responsáveis pela muralha que se ergueu à frente de Kampango fechando os caminhos para os tunisinos. Teve uma soberba chance de marcar, numa das suas subidas.
PAÍTO – Habituou-nos a subir pela sua ala, cruzando para a zona do “barulho”. Desta vez, para não perder balas de qualquer maneira, pois a Tunísia ganhava nas alturas, preferiu combinar, e bem, com colegas mais próximos, controlando melhor a bola.
GENITO – Quer nos parecer que não gostou da substituição, dado que aconteceu no seu melhor momento nas quatro linhas. Genito, em paralelo com Dominguez, municiava a dupla atacante, chegando até a preencher alguma vaga à frente.
MIRO – Não teve oportunidades para “encher o pé”, mas mostrou-se determinado no um-para-um, ganhando muitas batalhas.
DÁRIO MONTEIRO – Óptimo a cansar os defesas, porém, a falhar no posicionamento na linha, acabando por protagonizar vários “off-side”. No lance do golo, tudo foi “made in” sua pessoa, isto é, a desmarcação, o primeiro remate e depois a recarga vitoriosa.
MOMED HAGY – Esteve a aquecer com Josimar e a opção recaiu em si. Razões: Mart Nooij é inteligente e, naquela altura, interessava-lhe claramente defender.
ALEXANDRE ZANDAMELA
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