quinta-feira, 26 de novembro de 2009

JOGOS AFRICANOS DE MAPUTO-2011 - Atletas serão alojados no “campus” da UEM

DOIS mil atletas, dos cerca de seis mil que se prevê estarem entre nós na disputa da 10ª edição dos Jogos Africanos, a realizar-se em Setembro de 2011, em Maputo, serão alojados no“campus”da Universidade Eduardo Mondlane, que, para o efeito, irá beneficiar de uma profunda reabilitação, contemplando as infra-estruturas residenciais, campos de jogos, abertura de arruamentos e outros apetrechos que possam dotar o local de condições que correspondam aos padrões internacionalmente aceites para eventos desta índole.



O Comité Organizador dos Jogos Africanos de Maputo-2011 (COJA) tem vindo a multiplicar-se em esforços, junto de entidades públicas e privadas, de modo a estabelecer parcerias que lhe permitam colocar em pleno funcionamento a gigantesca máquina organizacional, tendo em conta a magnitude do evento.



Só para elucidar, são esperados na capital moçambicana perto de nove mil pessoas, entre atletas, treinadores, dirigentes, jornalistas e outros acompanhantes, situação que requer um parque infra-estrutural à altura da demanda, entre locais de alojamento e alimentação, de jogos, viaturas, serviços de saúde, protocolo, segurança, etc.



Aliás, foi dentro desta perspectiva que o Ministério da Juventude e Desportos, na constituição do COJA, para além da comissão de honra, o órgão mais alto, criou a comissão executiva, encarregue de lidar com a matéria quotidiana do evento. Esta comissão tem um director-geral, no caso António Saia, e dois directores-adjuntos, Penalva Cezar e Teófilo Nhangomela, assim como 14 subcomissões que respondem pelos diferentes sectores que serão chamados relacionados com o evento.



Na senda da busca de parcerias, o COJA encontrou na Universidade Eduardo Mondlane uma instituição que prontamente se identificou com o projecto, tendo ficado assente que o seu “campus” será um dos locais de acomodação dos atletas, à semelhança da vila olímpica a ser construída no Zimpeto ou em Intaka, zonas próximas uma da outra e à beira do Estádio Nacional, que deverá ser o principal centro dos Jogos Africanos, caso ganhe forma a iniciativa de, para além do campo de futebol e da pista de atletismo, se construírem também um pavilhão multiusos para modalidades de salão e uma piscina olímpica (25 metros).



Em relação ao “campus” universitário, a UEM, representada pelo respectivo reitor, Filipe Couto, e o COJA, pela pena do seu director-geral, António Saia, rubricaram ontem um memorando de entendimento, instrumento através do qual se irá processar o relacionamento entre as duas instituições para a execução deste projecto, tendo em conta que as infra-estruturas assumem um carácter primordial para o sucesso de uma realização deste nível.



Até porque sendo o “campus” uma instalação universitária, Filipe Couto desafiou os estudantes das diferentes faculdades, com particular ênfase para os das engenharias, a se envolverem neste ambicioso plano de reabilitação e construção das infra-estruturas preconizadas no memorando, pois, segundo ele, estarão dessa forma a aliar a teoria à prática, isto para além de participarem directamente na prossecução de um projecto que será um grande legado para a própria Universidade Eduardo Mondlane.

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