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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
CAN ANGOLA-2010: Atenção ao pragmatismo egípcio
GOSTAMOS e apreciamos o futebol egípcio. Sobretudo aquele seu pragmatismo, em que tudo é feito de forma natural, mas bastante perigoso.
Ainda guardamos bem frescas as imagens do desafio contra a Nigéria. As “Super Águias” entraram exibindo-se a contento, com notáveis trocas de bola e o jogo a girar em torno de Obi Mikel, para chegarem ao golo por intermédio de Obasi. Mas, sem darem muito nas vistas, os “Faraós” iniciaram uma recuperação a todos os títulos extraordinária, acabando vitoriosamente por 3-1.
Ao contrário do que sucede com selecções como da Costa do Marfim, Nigéria, Gana, Camarões, entre outras, que apresentam estrelas cintilantes e que brilham nos melhores campeonatos europeus, o Egipto possui uma equipa constituída por jogadores internos. Mesmo assim, e sob a magnífica condução do egípcio Hassan Shehata, dono de um invejável currículo como futebolista e como treinador, os “Faraós” exibem um jogo com uma excelente elaboração, prático e virado essencialmente para o golo.
Abou Terika, lesionado, e Mido, duas das maiores referências da selecção egípcia, estão ausentes, porém, a equipa mantém a sua verticalidade. A mesma beleza do seu futebol. O pragmatismo nos contra-ataques e, acima de tudo, o cheiro a cor-de-rosa do seu jogo.
O capitão Ahmed Hassan é um verdadeiro “turbo”. É o “pulmão da equipa. Joga e faz jogar. Frente à Nigéria, marcou e deu a marcar. Zidan, mesmo sem o brilho das duas anteriores competições, é sempre uma seta venenosa apontada para qualquer baliza adversária. Meteeb, Ahmed Fathy, Hany Said, Abdrabou Hosni e Wael Gomaa também fazem parte da temível nomenclatura egípcia, que contempla o elástico e seguro guarda-redes Essam El-Hadary.
Ultramotivados na sua perseguição ao tri, os “Faraós” apresentar-se-ão diante dos “Mambas” com esta sua enorme disposição e naturalmente atentos ao adversário, pois este conseguiu, nos últimos anos, se projectar a nível continental.
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