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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
CAN-2010 - Angola pensa no futuro
O SONHO de milhões de angolanos terminou com a eliminação da sua equipa nos quartos-de-final. E mal terminou a partida com o Gana, na noite de domingo, abriu-se logo espaço a balanços e reflexões sobre o futuro dos “Palancas Negras”.
Na prova, que continua a ser organizada naquele país, o futebol praticado pela formação orientada pelo português Manuel José esteve sempre longe de ser atractivo em contraponto com aquilo que muitas outras equipas fizeram e ainda estão a fazer no CAN.
Já nos jogos de preparação se percebeu que o esquema escolhido pelo técnico de 63 anos, com três centrais, nunca foi totalmente apreendido pelos jogadores, pela crítica e pelos adeptos, até porque no Girabola nenhuma equipa actua neste sistema e a própria selecção angolana nunca o adoptou no passado.
Por outro lado, não se pode esquecer a relativa inexperiência, ao mais alto nível, de grande parte dos “Palancas” já que, e em bom rigor, poucos jogam em clubes de renome.
FORMAÇÃO
Outro factor determinante para que Angola não tenha ainda conseguido explodir no futebol africano tem a haver com a formação deficiente que os jogadores angolanos possuem. Por motivos extra-futebol, felizmente já ultrapassados, não existe ainda um trabalho de formação capaz de lançar as bases para a existência de uma verdadeira escola de futebol e isso é mais notório quando Angola defronta equipas com mais anos de trabalho reconhecido nas camadas mais jovens.
RENOVAÇÃO
A participação da selecção angolana no CAN mostrou, pois, ser imperioso acertar agulhas e iniciar um ciclo que contemple precisamente a formação e por isso parece que o tempo de Manuel José terá chegado ao fim nos “Palancas”.
Angola deverá agora procurar um novo rosto que programe e lance as bases necessárias a uma renovação, por forma a que a equipa possa estar, dentro de quatro anos, presente no Mundial a realizar no Brasil. Para isso tem de apostar nos escalões mais jovens, potencializando os milhares de jovens que em cada canto se recriam com uma bola, jogando futebol. No fundo seguindo as pegadas de outros países africanos que aos poucos se vão impondo no Mundo.
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