terça-feira, 21 de abril de 2009

Governo italiano impulsiona prática de ciclismo no país

“BICICLETA – Desporto e Saúde em Moçambique” é o “slogan” do programa que uma missão composta por representantes do Ministério Italiano dos Negócios Estrangeiros e da Federação Italiana de Ciclismo pretende implementar no país tendo em vista a revitalização e massificação da modalidade que em tempos foi uma marca do desporto nacional.

Arnaldo Abeti, Carlo Lo Cascio e Aldo Smolizza (C. Bila)
Com efeito, foi sexta-feira lançado em Maputo um projecto que tem como objectivo principal fazer com que o ciclismo venha a ser uma realidade em várias regiões do país. É neste sentido que começarão, ainda este ano, a ser formados instrutores, treinadores, médicos desportivos e organizadores, tanto para as competições, como para dar início a um primeiro núcleo que possa vir a instituir uma federação de ciclismo em Moçambique.

Outro dos principais focos deste projecto é a montagem de uma fábrica de bicicletas. É enquadrado nesta iniciativa que se prevê a formação de técnicos para reparar bicicletas.

O projecto tem como destinatários duas faixas etárias juvenis: as crianças dos 6 aos 11 anos, que terão um acompanhamento dos instrutores no sentido de fazê-los perceber a importância do desporto, contribuindo para um bom crescimento psico-físico, e os jovens dos 14 aos 17 anos, grupo que se pretende venha a ter uma participação mais activa nas competições e que deve se preparar para no futuro desempenhar um cargo de direcção.

Prevê-se que este projecto, que conta com a parceira do Comité Olímpico Nacional, dure três anos.

Aldo Smolizza, representante da Federação Italiana de Ciclismo, disse que numa primeira fase serão formados técnicos nas províncias de Tete, Beira e Zambézia que depois seguirão para um estágio de formação na Itália.

Explicando as razões que levaram a escolha de Moçambique para a implementação do projecto em alusão, disse: “Moçambique é um país com tradição no ciclismo, mas infelizmente caiu no esquecimento. Vivi neste país muito tempo e assisti alguns bons momentos desta modalidade. O facto de não ter uma federação é outra das razões que me motivou a colocar Moçambique como país prioritário”.

Smolizza fez-se acompanhar na visita ao nosso país por dois membros da direcção da cooperativa Quadrifoglio, que se dedica a actividades de carácter social, e que em Julho voltarão a Moçambique para seleccionar o primeiro grupo de aspirantes a técnicos.

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