quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Adeptos do Osasuna ameaçam CR9



Durante o jogo Osasuna-Real Madrid, uma frase ecoou nos ouvidos de Ronaldo de forma particularmente incómoda.

"Cristiano, morre", gritavam os adeptos da claque Indar Gorri, indefectíveis da turma de Pamplona.

O fenómeno não é novo: já desde os tempos do Manchester United que o CR9 é um dos alvos preferidos das claques adversárias.

Foi após uma quezília verbal com Wayne Rooney, no Mundial-2006, que os adeptos ingleses começaram a tomar de ponta o futebolista luso. Sempre que os “red devils” jogavam fora, Ronaldo era o principal visado nos insultos, constantemente invectivado por tudo e todos.

Agora, no Real Madrid, a história não demorou a repetir-se. Nos exercícios de aquecimento da partida de domingo, os Indar Gorri não o deixaram sossegado. O jogador virou-se à direcção dos adeptos hostis e respondeu-lhes de imediato. A atitude, no entanto, não acalmou os adversários, pelo contrário, acicatou-lhes os ânimos. Ao longo do jogo, pelo menos mais três vezes foi alvo dos cânticos, sobretudo na jogada em que parece mergulhar em plena área do Osasuna após um ligeiro toque de Patxi Puñal.

Mas, mais do que pessoais, as razões desta aversão passam sobretudo pela rivalidade histórica entre os dois clubes. O Real Madrid é um clube que desperta paixões, mas também grandes ódios, e, sem dúvida, na cidade de Pamplona é o emblema que mais repulsa gera.

David Beckham e Guti também já viram as suas famílias insultadas naquele estádio. Há igualmente raízes políticas na base de tal aversão, tendo em conta que os Indar Gorri são independentistas bascos e, sempre que podem, manifestam a sua raiva diante do clube que mais simboliza a união do reino espanhol.

Ronaldo pode, porém, encarar a questão numa perspectiva positiva: se é ele o escolhido para vítima dos insultos, isso significa também que já se transformou no principal símbolo actual do madridismo.

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