O categorizado treinador de futebol, Augusto Matine, a residir em Portugal, vai integrar a equipa que vai organizar o Campeonato do Mundo do Grupo A em hóquei em patins, que terá lugar em Moçambique em 2011. Com efeito, foi Augusto Matine quem revelou o facto à nossa reportagem acrescentando que “fui convidado tanto pela parte portuguesa assim como pela moçambicana para trabalhar no projecto que vai culminar com a realização do Mundial da modalidade em Maputo”.
Segundo apuramos, Matine vai trabalhar no sentido de colocar um ringue moderno num dos pavilhões para que os jogadores moçambicanos possam começar a trabalhar no sentido de estarem prontos para o Mundial 2011. “As empresas portuguesas que querem investir no hóquei moçambicano escolheram-me para que fosse ao meu país ajudar na coloção de novos ringues e na formação” revelou Matine acrescentando que “apesar de não ser uma pessoa do hóquei fui indicado para ajudar o presidente da Federação e algumas pessoas ligadas a modalidade para desenhar um projecto para desenvolver o hóquei”.
Ainda este ano, Matine espera seguir viagem para Maputo no sentido de iniciar os trabalhos tendentes à concretização do projecto.
Matine quer lançar novos jogadores para os Mambas
Augusto Matine, que foi seleccionador dos Mambas, encontra-se a trabalhar num projecto que visa o lançamento de novos jogadores para alimentarem a selecção nacional de futebol. Matine está neste momento desligado do Estrela da Amadora, devido aos problemas financeiros do clube, sendo que nesta altura se dedica às escolas de formação de jogadores.
É através desse trabalho que está a identificar jogadores de futebol que tenham nascido aqui em Portugal e cujos pais são moçambicanos ou então que tenham nascido em Moçambique e tenham imigrado muito cedo para as terras lusas, de modo a que possam merecer a convocação para integrar os trabalhos das diversas selecções nacionais.
Quando questionado sobre as razões de os clubes portugueses não contratarem jogadores vindos dos clubes moçambicanos, Matine disse que esse facto está relacionado com o “regulamento português e europeu que limitou a contratação de estrangeiros sobretudo os que não são da Europa, daí que os clubes lusos prefiram contratar jogadores do leste europeu que acabm sendo mais baratos”.
Por outro lado, Augusto Matine disse que “ os clubes moçambicanos fecharam-se porque exigiam verbas elevadas para que os melhores atletas viessem para cá। Isso contribuiu para que os jogadores moçambicanos que estavam a despontar nessa altura não viessem para cá. Paíto foi uma das poucas excepções, daí que estamos a trabalhar no sentido de alguns clubes lusos aceitarem receber jogadores para ganharem experiência e depois firmarem contratos com jogadores que vem de um Mercado que agora está desvalorizado”.
Escrito por Alfredo Júnior, em Lisboa
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