terça-feira, 25 de novembro de 2008

Com a Taça de Moçambique mcel na vitrina: Atlético Muçulmano encerra época em grande


O ATLÉTICO Muçulmano conquistou ontem a edição-2008 da Taça de Moçambique mcel em futebol, com a vitória sobre o Chingale de Tete, por 1-0, fruto do único tento apontado por Danito Nhampossa à passagem do minuto 59, que veio compensar o esforço exercido pelo conjunto durante maior parte do tempo regulamentar em que confinou o adversário no seu reduto mais recuado, mas sem aproveitar na máxima as oportunidades criadas ao longo do prélio.


Com este feito, o Atlético Muçulmano veio provar que se trata de uma equipa capaz e que o segundo lugar conseguido no Moçambola, a maior prova futebolística a anteceder a Taça de Moçambique mcel, é fruto de um grande trabalho que a sua direcção e equipa técnica realizaram durante os poucos anos da sua existência e que acabou sendo honrado com o troféu, medalhas e 390 mil meticais correspondentes à premiação providenciada pelo patrocinador oficial deste evento, a mcel, ao vencedor da prova.

Por seu turno, o Chingale recebeu medalhas e 260 mil meticais como finalista vencido, enquanto um dos seus jogadores mais preponderantes na acção ofensiva, o “capitão” Mavó, foi bafejado pela sorte, ao ser considerado melhor jogador em campo, tendo para o efeito recebido uma carrinha de marca Izusu 4x4, prémio providenciado pela Sidat Sport.

RETIDO NA TEIA TETENSE

Uma barreira defensiva fechou a entrada ao reduto mais recuado do Chingale, obrigando o Atlético a reduzir a velocidade que tentou imprimir para chegar rapidamente ao golo. O Chingale denunciou logo no início que não estava interessado em fazer grandes aventuras, procurando encontrar o adversário em contrapé. Porém, reagiu muito lento e com grandes dificuldades de colocar a bola no lugar certo, o que culminou com muitas perdidas do esférico a favor do seu oponente. Perante este cenário, o jogo tornou-se monótono e sem brilho.

Mesmo assim, o Atlético prevaleceu dominador, sendo a equipa que mais vezes chegava ao campo do adversário e com algumas jogadas bem articuladas, mas que morriam à entrada da grande área. Mais difícil para o Atlético foi romper a zona, uma vez barrada com o reforço dos homens que actuavam no centro do terreno, nomeadamente Alex e o “veterano” Miguel. Assim, o Atlético foi obrigado a explorar mais o jogo flanqueado e, nesta opção, teve algum resultado, muito pela contribuição de Danito Nhampossa que fez grandes subidas e despejos para a área, mas maioritariamente desfeitos pelos “centrais” Fred e Manuelito.

O pendor ofensivo do Atlético teria sido compensado ainda na primeira parte, mas falhou por pouco o alvo, com maior destaque para aquele lance em que Danito Nhampossa abriu espaço para Clarêncio atirar, dentro grande área, mas o remate saiu ligeiramente ao lado da baliza defendida por Chin. Aliás, Danito esteve ainda em acção numa combinação perfeita com Amad, mas este rematou sobre o corpo do Chin.

O Chingale teve uma reacção positiva antes do final do período inicial, mas o guarda-redes Leonel esteve à altura de evitar o pior.

MAVÓ ACTIVO MAS SEM APOIO

Mavó voltou a chamar a atenção dos espectadores. Muito combativo, o atacante fez de tudo para puxar a equipa ao ataque, mas não teve o devido acompanhamento. Magaba, seu companheiro de ataque, esteve inactivo, facto que ofuscou cada vez mais as suas iniciativas. Mesmo assim, Mavó conseguiu brilhar pela sua qualidade individual e numa das suas investidas quase surpreendia Leonel com um remate cruzado subtil que o “keeper” do Atlético só sentiu a embater-lhe no corpo e perder-se para além da linha de fundo.

Porém, o destino da taça havia já sido anunciado pelos “deuses muçulmanos” e Danito Nhampossa, demonstrando qualidades de domínio e rapidez, surgiu entre muitos oponentes dentro da área a dominar o esférico e detrás para a frente rematar a visar, a seguir a um lançamento movido junto da linha de fundo, aos 59 minutos.

Aguardou-se pela reacção do Chingale, mas Mavó continuou a ser o único elemento mais activo na equipa e sozinho não seria capaz de fazer nada.

Perante esta situação, o Atlético, já moralizado, fez o segundo tento por Eboh, mas foi anulado pelo auxiliar alegando posição irregular do atacante no momento do desvio de cabeça do centro de Aníbal, aos 67 minutos.

O Atlético foi aproveitando as fragilidades que se foram denotando na defensiva do Chingale e por duas vezes, a bola embateu respectivamente no poste e na barra transversal, com remates sucedidos de Dino e Aníbal. De seguida, já na ponta final da partida, Jojó falhou por três vezes a baliza do Chingale, isolado.

E o Atlético ia pagar caro com estes falhanços, pois Mavó arrancou um portentoso remate que forçou Leonel a ceder canto, mas mal aproveitado, já no período de compensação.

A equipa de arbitragem, fez um bom trabalho.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Bernardino dos Santos, auxiliado por Júlio Mungoi e Agostinho Pelembe. O quarto árbitro foi Alfredo Chirindza.

ATLÉTICO – Leonel; Amad, Baúte e Gabito; Clarêncio, Délcio, Dino (Manuelito) e Gito; Danito Nhamposse, Aníbal e Eboh (Jojó).

CHINGALE – Chin; Celso, Manuelito, Fred e Abertur (Patrício); Hagy, Miguel, Alex e Mitó (João); Magaba e Mavó.
  • SALVADOR NHANTUMBO

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