segunda-feira, 17 de novembro de 2008

MOÇAMBOLA 2008 - Ferroviário de Maputo, 2- Costa do Sol, 0 - Os bombos de festa!


JÁ na primeira volta o Ferroviário havia humilhado o Costa do Sol por 4-1. Na altura os “canarinhos” ainda eram sérios candidatos ao título. Aliás, eram os campeões nacionais. A pesada derrota, até certo ponto, criou um mal-estar no balneário dos “canarinhos”, porque viam o seu prestígio ferido. Ontem era o dia da desforra. Mas qual desforra? porque efectivamente, o Costa do Sol voltou a perder e de que maneira! por 2-0 e serviu de bombos de festa.

Se alguém pensou que o Ferroviário iria fraquejar enganou-se redondamente. A estratégia já tinha sido traçada: atacar, atacar e atacar sempre. E logo aos quatro minutos, o árbitro Dionísio Dongaze assinalou um livre à entrada da área do Costa do Sol. Maurício chamado a cobrar enviou o esférico em arco para o ângulo mais difícil. O guarda-redes ficou plantado no terreno. Era o início de uma festa que se prolongou noite adentro.

O Costa do Sol ficou apático. Não reagiu de imediato. Jossias fazia passes transviados e à queima. Os colegas levavam as mãos à cabeça. Josimar e Ruben eram os únicos que remavam contra a maré, mas sem nenhum sucesso, porque andavam aos rodopios no lugar de abrirem uma frente de ataque mais consistente.

Jossias, num lance idêntico a que deu golo ao Ferroviário, atirou por cima do travessão num total desinteresse.

Mussá Osman mandava o seu batalhão para o comando. Incitava os seus jogadores a trocarem o esférico como mandam as leis e abrirem muitas frentes de ataque onde Luís e Jerry encontravam espaços para a penetração. Até o defesa Jotamo dava-se ao luxo de subir no terreno.

Aos 26 minutos, o Estádio da Machava explodiu de alegria. O público levantou-se não porque houvesse algo naquele terreno. Havia sim em Lichinga, porque o Atlético sofria o golo. As contas eram favoráveis aos “locomotivas”, que mesmo perdendo o jogo sagravam-se campeões nacionais a avaliar pelo resultado que se verificava doutro lado.

Só que para colorir a festa, Luís aplicou um “chapéu” ao guarda-redes do Costa do Sol que só foi buscar o esférico lá no fundo das redes.

No segundo tempo, como que a tentar camufular a má imagem do primeiro tempo, o Costa do Sol apareceu mais solto e melhor organizado perante um Ferroviário que já geria o resultado, jogando na certa e com apenas 10 unidades por expulsão Jerry que infantilmente agrediu um contrário.

Os lances de perigo repartiram-se, mas já era bastante tarde para o Costa do Sol emendar os erros cometidos no primeiro tempo.

No final foi uma verdadeira festa. Aliás, uma festa que já vinha a partir do primeiro tempo.

A equipa de arbitragem, tirando aquele lance que deu o primeiro golo ao Ferroviário, esteve bem.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Dionísio Dongaze, assistido por Henriques Langa e Januário Pastola. Quarto árbitro: Mateus Infante.

FERROVIÁRIO: Lama; Tony, Whisky, Jotamo, Zabule, Butana (Artur Manhiça), Maurício, Momed, Danito, Luís (Nadjuko) e Jerry.

COSTA DO SOL: Victor; Silvério, Nhabanga, Caíto, Nelinho (Tó), Josimar, Paó (Artur Comboio), Mambo, Jossias, Ruben e Dito (Nito).

Sem comentários: