Esta apreciação foi feita ontem, no epílogo da visita efectuada a alguns recintos da capital, nomeadamente pavilhão do Maxaquene, Clube Marítimo, Escola Portuguesa, campo do Costa do Sol, Estádio Nacional, Centro Hípico e Clube de Tiro, na Matola.
Os ministros Makhekhemsi Stofile, da África do Sul, Willem Konjore, da Namíbia, e Hlobisile Ndlovu, da Suazilândia, afirmaram-se satisfeitos com o que viram e, sobretudo, pelo facto de terem sabido que o Governo moçambicano tem em mãos um projecto de reabilitação das infra-estruturas que serão chamadas para a olimpíada continental, visando adequá-las aos padrões internacionais.
Trata-se, especificamente, de melhoramentos em relação aos balneários, bancadas, piso de jogos, marcadores electrónicos onde serão necessários e espaços reservados à comunicação social, vista como um elemento vital para o sucesso do próprio evento.
Aliás, por exemplo, quando se visitou o Estádio Nacional, a questão dos lugares exclusivamente para a televisão foi largamente levantada, dado que Zimpeto será o palco central dos Jogos Africanos de Maputo-2011, acolhendo as cerimónias de abertura e de encerramento, jogos de futebol e provas de atletismo.
Paralelamente a estes acontecimentos, e segundo foi anunciado na ocasião pelos responsáveis do Ministério da Juventude e Desportos, está para breve o arranque das obras dos outros recintos, nomeadamente piscina olímpica, pavilhão multi-usos e “courts” de ténis, para além, tal como mandam as regras de concepção de um estádio olímpico, de um campo suplementar de futebol e uma pista de atletismo.
Estas informações tranquilizaram os membros da “troika”, pois acreditam que, caso realmente o projecto seja cumprido, Maputo estará em perfeitas condições de albergar os Jogos Africanos com sucesso. Até porque, conforme se disse na ocasião, o espaço adjacente ao Estádio Nacional permite ainda a construção da vila olímpica, que é o local reservado ao alojamento dos atletas, contemplando ainda mega-restaurantes, hospital, cinema, igreja, entre outros apetrechos.
Para o ministro sul-africano, Makhekhemsi Stofile, que encabeça a delegação, apesar da exiguidade de tempo, uma vez que somente nos restam dois anos para o evento, seria importante que Moçambique conseguisse construir uma vila olímpica, de forma a evitar a dispersão dos atletas, caso a opção seja hotéis. É que, com “todo o mundo” no mesmo lugar, é mais fácil fazer-se um melhor controlo em relação aos transportes e alimentação, que têm sido o “calcanhar de Aquiles” neste tipo de realizações, no nosso continente.
Terminada a visita, ontem, da “troika” da Zona VI, aguarda-se agora por uma numerosa delegação que estará em Maputo nas primeiras duas semanas de Setembro, comportando responsáveis do SCSA, da Associação dos Comités Olímpicos de África, das Confederações Africanas de diversas modalidades, assim como do Comité Olímpico Internacional.
Trata-se de uma missão que, para além de inspeccionar os recintos propostos para os jogos, abordará com as autoridades moçambicanas uma série de assuntos relacionados com o evento, isto é, se, objectivamente, existem condições, ou não, para que a X edição dos Jogos Africanos seja na nossa capital.
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