FOI com o espírito do querer e do saber que o Atlético Muçulmano venceu por uma bola sem resposta o Ferroviário de Nampula.
Este foi apenas um simples aviso à navegação e um abanão que os “muçulmanos” da Matola tiveram que aguentar, basicamente toda a primeira parte, faltando somente ao Ferroviário uma pontinha de sorte para abrir o activo, mas também por culpa dos seus atacantes, que se mostraram inoperantes.
Trocando o esférico de jogador para jogador, os treinados pelo malawiano Cannok Munde encurralaram o adversário no seu meio campo e com alguma facilidade chegavam à baliza de Samito. Foi assim que, aos quatro minutos, poderiam ter chegado ao golo, quando Gomez deixa dois contrários pelo caminho e perigosamente cruza rasteiro e atrasado para o interior da área, para um defensor aliviar para canto, com o risco de fazer um auto-golo.
Diga-se, em abono da verdade, o domínio territorial e táctico que o Ferroviário exercia durante quase toda a primeira parte pecava apenas no aspecto da concretização das oportunidades de golo criadas, enquanto o Atlético respondia e chegava de quando em vez à baliza de Zacarias a partir de remates à meia distância, que, mesmo assim, não causavam calafrios aos “locomotivas”. E foi nessa altura que se viu a primeira jogada de perigo engendrada pelo Atlético, que culminou com um “tiraço” de Patrício a roçar a trave.
A segunda metade veio marcar uma realidade diferente em relação à produção das duas equipas, altura em que o Atlético se assenhoreou do jogo e bastaram sete minutos para fazer o golo, por intermédio de Patrício, que agradeceu a deixa oferecida por Zeid, disparando vitoriosamente para o fundo da baliza do amparado Zacarias, aos 52 minutos.
O Ferroviário tentou responder, no minuto seguinte, mas o cabeceamento de Zuma, na sequência de um cruzamento da direita do seu ataque, foi insuficiente para marcar o golo da igualdade.
Eboh, aos 55 minutos, e Danito Nhampossa, aos 58, desperdiçam oportunidades que poderiam ter avolumado o “score”, assim como Patrício de fazer o “bis”, aos 74, com o seu remate a ser devolvido pela trave. Foi um período ascendente dos “muçulmanos”, ante um Ferroviário que lutava para conseguir o golo da igualdade e talvez forçar um prolongamento, situação que não chegou a ocorrer até ao final da partida.
Geraldo Guess e seus pares fizeram um trabalho que, apesar de um e outro que não influenciou no resultado final, foi bom.
FICHA TÉCNICA
Árbitro: Geraldo Guess, auxiliado por Alberto Muiambo e Daniel Viegas.
FER. NAMPULA – Zacarias; Matofa, Duda, Zeid e Hipo; Rojas, Elídio, Zuma e Sparrows (Ginho); Gomez e Mildo (Nando).
ATLÉTICO – Samito; Clarêncio, Baúte, Jaime e Nelito; Moca, Délcio, Fadil (Dino) e Danito Nhampossa (Jojó); Patrício (Madeira) e Eboh.
Acção disciplinar: cartão amarelo Samito do Atlético e Zeid do Ferroviário.
LUÍS NORBERTO
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