segunda-feira, 3 de novembro de 2008

MOÇAMBOLA-2008 - Atlético Muçulmano, 3 – Benfica de Macúti, 0: Incontestável!

INCONTESTÁVEL, esta palavra encaixa-se perfeitamente na análise da vitória do Atlético Muçulmano sobre o Benfica de Macúti, por 3-0.

O Atlético investiu para atingir os objectivos que traçou”, sublinhou, sem com isso tirar mérito à sua equipa que, no seu ponto de vista, fez uma época brilhante
Por vezes até dava a sensação que a o campo estava inclinado, visto que o esférico só circulava no meio campo do Benfica de Macúti, que nunca teve argumentos para suster a pressão dos muçulmanos que como já se previa entraram a todo o gás por forma a garantirem a vitória ainda na etapa inicial.

Diga-se que esta estratégia começou a produzir os seus resultados quando à passagem dos 13 minutos, Aníbal de cabeça, atirou para o fundo da baliza à guarda de Milton, que ficou a ver a bola passar.

Estava visto que os pupilos de Arnaldo Salvado, que suspenso por três meses assistiu o jogo da bancada, iam mesmo conquistar os três pontos, embora a partida estivesse só no início.

A verdade é que desde cedo ficou patente que o Benfica não teria argumentos para travar a bem organizada e destemida equipa do Atlético, que com Eboh à esquerda e Danito Nhamposse à direita iam respondendo pelas alas lançando o pânico para a defensiva adversária. E foi desta forma que o Atlético, que era senhor e dono do jogo, chegou ao segundo golo. O nigeriano Eboh, avança disparado pela esquerda, os defesas não têm pernas para o acompanhar, este entra na grande área e oferece a bola a Jojó que só teve que encostar.

Um belo golo que fez explodir de alegria as dezenas dos adeptos que acorreram ao campo do Atlético Muçulmano, na tarde de sábado.

Os mais exigentes pediam uma goleada e Jojó até quiz fazer a vontade destes, quando solto de marcação, na grande área, viu o seu cabeceamento devolvido pela trave. Era um Atlético à procura de conseguir um resultado histórico, ante um opositor que na primeira parte só fez um remate à baliza, mas sem qualquer perigo para o “keeper” Pinto, que até então era um mero espectador, visto que na etapa complementar os visitantes cresceram no jogo, reflexo disso é que num espaço de dois minutos criaram situações de golo.

Primeiro foi Manhiça e depois Bobó que cara-a-cara com o guarda-redes não tiveram arte nem engenho para bater o desamparado Pinto.

Estes lances eram de alguma forma resultado do facto de o Atlético ter entrado com a intenção de gerir o 2-0, atitude que podia ter sido fatal, uma vez que se o Benfica marcasse a história do jogo poderia tomar outro rumo. Apercebendo-se disso e do perigo que daí poderia advir, os muçulmanos voltaram a ter o controlo do jogo e sem terem feito uma exibição igual à da primeira parte chegaram ao terceiro golo, desta vez por intermédio de Eboh, quiçá o melhor jogador em campo.

O árbitro do encontro, Geraldo Gueze, realizou uma boa exibição.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Geraldo Gueze, auxiliado por Edmundo Macamo e Agostinho Pelembe.

A. MUÇULMANO: Pinto; Amade (Clarêncio), Baúte, Gabito e James; Délcio, Dino (Manuelito), Danito e Jojó (Ngoni); Eboh e Aníbal.

BENFICA DE MACÚTI: Milton; Carlitos, Piduca e Tuto (Best); Aulito, Barrigana, Lucas (Jaimito), Maninho e Cladêncio; Manhiça e Bobó.

IVO TAVARES

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