terça-feira, 20 de janeiro de 2009

City sem pressa Milan conformado

O MANCHESTER City e o Milan prosseguem as negociações para a transferência de Kaká por uma verba recorde a nível mundial, mas faltam ainda muitos detalhes a serem esclarecidos até que haja acordo entre as partes. Em Inglaterra espera-se pela definição de um acordo entre os clubes, mas em Itália todos passam a bola à vontade do próprio jogador.

A equipe do Manchester City
Mark Hughes, treinador do City, manifestou-se paciente para um acordo que sabe que ainda vai demorar a ficar estabelecido. “Não vai ser um acordo que fique definido do dia para a noite. Não é um caso de se falar com o clube e o com o jogador e está feito em 48 horas, é tudo muito complexo e os valores são demasiado elevados para ficar tudo definido num curto espaço de tempo. Tenho a certeza que vai demorar mais tempo do que o que as pessoas estão à espera”, comentou.

Apesar de assumir o interesse sobre o internacional brasileiro, Hughes confessa que ainda não falou com o jogador. “Temos ainda um longo caminho a percorrer, muitas pontes para atravessar antes de chegarmos a falar com o rapaz para ajustar os ternos do seu contrato. Fiquei desiludido por saber que já estão a falar das perspectivas individuais do jogador, quando essa questão ainda nem foi levantada”, acrescentou.

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Entretanto, em Itália, o estado de espírito não é muito diferente, com as várias partes a admitirem que não vai ser fácil segurar Kaká caso se mantenham em cima da mesa os valores envolvidos. A começar pelo próprio presidente do clube, Sílvio Berlusconi. “Não está nada decidido ainda, mas é muito difícil pedir a alguém para ficar e para respeitar o seu contrato quando lhe foi oferecida uma enorme quantia de dinheiro. Temos de lidar com esta situação de uma forma moralizadora, como um irmão mais velho, como já tinha feito com o Shevchenko. Não lhe soube dizer que não quando chegou a proposta do Chelsea”, contou.

A hipótese de prender o jogador com um novo contrato está fora de questão, até porque essa opção ia inflacionar os salários de todo o plantel. “Não lhe podemos aumentar o salário porque ele já tem um salário elevado e teríamos de subir todos os salários do plantel. Ficarei triste se ele sair, mas não estou a par das negociações”, acrescentou o dirigente.

Uma opinião partilhada por Carlo Ancelotti, treinador do Milan. “Isto já não é como no tempo de Franco Baresi ou Paolo Maldini quando costumávamos dizer apenas que eles não estavam à venda. Já disse que o Kaká não devia sair, é uma parte central do futuro da equipa, mas eu sou apenas o treinador. Treino a equipa. Não escolho os jogadores. Se ele sair, vou ter de aceitar”, confessou.

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