segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Zimpeto e Hulene saboreiam primeiros títulos no Bebec



AS equipas dos bairros do Zimpeto e do Hulene, respectivamente dos Distritos Municipais 5 e 3, conquistaram, pela primeira vez, as provas masculina e feminina na XX edição do Torneio de Futebol Infanto-Juvenil, vulgo Bebec, na cidade de Maputo, ao vencerem as finais de sábado, no campo do Desportivo.

A equipe do bairro do Zimpeto do Distritos Municipais 5 , conquistou, pela primeira vez, a prova masculina na XX edição do Torneio de Futebol Infanto-Juvenil, vulgo Bebec
O conjunto do Zimpeto derrotou Urbanização à tangente (1-0), golo conseguido no decurso do segundo tempo, enquanto Hulene destronava 25 de Junho por 2-0, tentos obtidos no primeiro e segundo períodos do jogo.

Zimpeto, que eliminou Luís Cabral nas meias-finais, vencendo-o igualmente por 1-0, foi acompanhado pela sorte durante o seu percurso, tendo conseguido o apuramento como segundo classificado da série “B”, ganha por Inhagóia. Esta equipa, que era tida como uma das fortes concorrentes ao título, com um percurso brilhante na fase de grupos, viu o seu sonho desfeito nas meias-finais, ao ser eliminada na lotaria das grandes penalidades pela Urbanização por 9-8, ao fim de duas séries, após empate sem abertura de contagem.

Urbanização, que por sua vez se destacou como líder da série “C”, graças à qualidade do futebol por si exibido ao longo dos nove jogos correspondentes a esta derradeira fase, acabou consentindo uma derrota, ao não conseguir tirar proveito das ocasiões que criou e perdeu a oportunidade de fazer história, visto que foi a primeira vez que apareceu numa final.

Contudo, Inhagóia acabou sendo honrado pelo terceiro lugar, ao vencer, no período da manhã, Luís Cabral por 1-0. De salientar que Luís Cabra liderou a série “A” e foi acompanhada para a fase de eliminatórias pelo Chamanculo, segundo apurado do grupo.

Por sua vez, Hulene, que se destacou na série “C”, à semelhança do seu adversário na final, 25 de Junho, que liderou a série “A”, quebrou as expectativas em relação ao seu oponente, que já contava com o terceiro título consecutivo. Aliás, o sucesso do Hulene pode ser justificado pela força de vontade, alimentada pelo desejo de chegar ao título que vem sendo adiado há alguns anos, sendo que não é a primeira vez que aquele bairro chegava a uma final.

Hulene deu provas de que estava decidido em chegar mais longe, depois de afastar Polana Caniço, nas meias-finais, por 2-1, seu principal rival na série que integrou. Aliás, a vitória acabou justificando a sua superioridade sobre Polana Caniço que, mesmo assim, conseguiu salvar a honra com a vitória frente à Munhuana por 4-3, na marcação de grandes penalidades, após o nulo no tempo regulamentar e no prolongamento do jogo de apuramento do terceiro classificado.

SALVADOR NHANTUMBO

INHAGÓIA E MAVALANE EQUIPAS “FAIR PLAY”

A Comissão Técnica do Bebec decidiu atribuir o Prémio “Fair Play” a Inhagóia, em masculinos, e Mavalane, em femininos. Para além de ser a equipa mais disciplinada, Inhagóia foi o conjunto que mais claque teve, enquanto Mavalane é uma das formações emergentes no torneio e que apareceu pela primeira vez na fase final. Pelo facto, as duas turmas troféus.

A premiação, desta vez, não foi diferenciada. Zimpeto, Urbanização e Inhagóia receberam também taças, sendo as três melhores equipas em masculinos. Mesma sorte coube a Hulene, 25 de Junho e Polana Caniço, em femininos.

A mesma premiação coube igualmente ao trio de arbitragem, liderado por um dos juízes de categoria nacional, Samuel Chirindza. Este árbitro, que tem trabalhado no Moçambola, foi coadjuvado por Ilídio Cristo, da primeira categoria ao nível da cidade de Maputo.

3 FEVEREIRO E URBANIZAÇÃO COM OS MELHORES ATLETAS

As equipas dos bairros 3 de Fevereiro e Urbanização são as que trouxeram, a nível da premiação individual mais alta, os melhores atletas em masculinos. Trata-se de Rui Joaquim e de Tomás Massafe, que se sagraram melhores jogador e marcador, respectivamente. Enquanto Rui Joaquim foi o jogador que mais se empenhou em campo, vestindo a camisola do 3 de Fevereiro, Tomás Massafe marcou 11 golos pela Urbanização, nos nove jogos que comportaram a fase final.

Em femininos, a sorte coube às formações dos bairros da Munhuana e da Malhangalene. Deolinda da Cruz foi a melhor jogadora pelo Munhuana, enquanto Lúcia Jemusse foi a atleta que mais golos obteve na derradeira fase, marcando sete em igual número de jogos, sendo que a sua equipa (Malhangalene) foi afastada nos quartos-de-final.

Por seu turno, Inhagóia e Hulene destacaram-se no prémio para os melhores guarda-redes, respectivamente através dos atletas Álvaro Emerson e Elina Langa.

Álvaro Emerson sofreu dois golos em nove jogos, colocando Inhagóia como a equipa menos batida. Aliás, ele ficou igualado a Mário Paulino, do Zimpeto, que sofreu o mesmo número de golos em igual número de jogos, mas levou vantagem em função da idade: tem 11 anos, enquanto o seu rival conta com 12. Já Elina Langa sofreu três tentos em nove jogos.

De salientar que as partidas da final foram testemunhadas pelo Vice-Ministro da Juventude e Desportos, Carlos Sousa, e por Marcelino dos Santos, figura emblemática e histórica de Moçambique.

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