segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Engenheiro Augusto Fernando eleito presidente do Costa do Sol


Augusto Fernando, que sucede no cargo ao engenheiro José Neves, que dirigiu os destinos do clube durante 27 anos, foi eleito com um total de 49 votos. O novo presidente do Costa do Sol é membro do Conselho de Administração da EDM.

O engenheiro Augusto Fernando, quadro do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique (EDM), foi eleito, sábado último, novo presidente do Clube de Desportos da Costa do Sol para o período 2010-2014, durante a assembleia-geral. Augusto Fernando, que sucede no cargo ao engenheiro José Neves, que dirigiu os destinos do clube durante 27 anos, foi eleito com um total de 49 votos.

Augusto Fernando tem pela frente um trabalho árduo, sendo que um dos desafios passa por devolver a dignidade desta à colectividade, sobretudo, no futebol, onde a sua equipa principal está a fazer uma temporada irregular
.

Mas, por outro lado, também dar prosseguimento ao projecto de edificação do complexo desportivo do Costa do Sol que chegou, aliás, a ser projectado para Marracuene, depois das enxurradas que assolaram o clube no princípio desta década.

Durante a assembleia-geral, pacífica, foi ainda apreciado e aprovado o relatório de actividades e contas da direcção cessante com o parecer do Conselho Fiscal.

Por outro lado, discutiu-se a alteração de alguns artigos, tendo ficado esclarecido que a indicação do presidente da mesa da Assembleia-Geral é feita pela Electricidade Moçambique, principal patrocinador do clube “canarinho”.

Ficou, outrossim, estabelecido que todos os funcionários da Electricidade de Moçambique, que quiserem ser sócios do Costa do Sol, poderão fazê-lo por escrito, e estarão isentos do pagamento de cotas.

Augusto Fernando na primeira pessoa

Pouco depois de haver sido eleito presidente do Costa do Sol, Augusto Fernando usou da palavra e começou por felicitar a direcção cessante pelo trabalho desenvolvido ao longo tempo em que dirigiu o clube. “Muito obrigado. Gostaria de saudar a direcção cessante e reconhecer que os títulos conquistados foram produto de muito esforço por parte desta”, referiu.

E, como seria de esperar, reconheceu que há “um desafio muito grande” pela frente.

O clube está a atravessar um período não muito bom. Cabe a esta direcção encarar o desafio de, no próximo Moçambola, ocuparmos os três primeiros lugares”, lançou o repto. Augusto Fernando lembrou ainda que “este mandato é de quatro anos e temos que ganhar dois títulos. Ter duas taças de Moçambique é outro objectivo”, indicou.

A área da formação, garante do futuro, não foi esquecida. “Há um assunto que foi muito debatido aqui. É a questão das camadas de formação. Temos que apostar fortemente na formação de jogadores”, frisou.

O Costa do Sol é um clube ecléctico e Augusto Fernando disse claramente que outras modalidades vão merecer atenção: “Vamos olhar para outras modalidades, porque o Costa do Sol não é feito só de futebol. É verdade que o futebol faz a diferença, visto que é a modalidade que mais títulos ganhou no clube. Nós podemos ganhar noutras modalidades, mas se não conquistarmos um título no futebol não teremos feito nada. Os adeptos são exigentes porque querem, tal como a direcção, que o clube ganhe títulos”, disse o novo presidente do Costa do Sol.

E acrescentou: “penso que, de alguma forma, temos que olhar para outras modalidades como é o caso do atletismo, natação voleibol, entre outras”. “Queremos”, ajuntou, “desenvolver uma rede de olheiros a nível nacional para identificação de talentos para que possam vir trabalhar para o clube”, indicou.

O dirigente acresceu que “precisamos criar essa capacidade internamente. Precisamos de ir buscar aquilo a que chamaríamos fórum de antigos jogadores do Costa do Sol, como é o caso de César, para nos trazer a sua experiência e reforçar a de criar parcerias com nossa a vizinhança, pois temos as escolas portuguesa e francesa. Vamos procurar criar cooperação com eles”, disse. Num outro desenvolvimento, Fernando falou da necessidade do complexo Matchiki Tchiki ser gerido de forma mais “profissional”. “O projecto que aqui foi apresentado é no sentido de ver o que está a falhar para corrigir a situação.

Mas também criar novos grupos para permitir a entrada de novos sócios, adeptos e simpatizantes, uma vez que o Costa do Sol é um dos clubes com mais adeptos
”.

O dirigente indicou ainda que “teremos acordos com sócios internacionais”. Quanto à comunicação, disse: “o Costa do Sol tem uma nova página na internet, onde iremos actualizar todos os acontecimentos do clube e criação de revistas impressas, onde divulgaremos as nossas actividades”, finalizou.

Jersild Chirindza

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