segunda-feira, 20 de setembro de 2010

MOÇAMBOLA-2010: Maxaquene, 1-FC Lichinga, 0 - Com o árbitro na jogada


O ÁRBITRO Paiva Dias acabou sentenciando a vitória do Maxaquene sobre o FC Lichinga, ao assinalar uma grande penalidade inexistente. Foi uma oferta de bandeja, pois o central Sadique fez o papel que lhe convinha naquele lance, em que Kito, após tabelinha com Tony, atirou na direcção certa da baliza e o defensor do Lichinga tirou o esférico na linha de golo.



Inconformado com a situação, Kito ainda tentou ir atrás do prejuízo e, com a intenção bem estudada, uma vez que já tinha perdido a posse da bola, atirou-se sobre Sadique que, ainda sob pressão, anulou a jogada. Ao invés de penalizar a atitude do jogador “tricolor”, Paiva Dias assinalou o castigo máximo, alegando um empurrão de Sadique sobre Kito. E acabou sendo o mesmo a cobrar e com sucesso, aos 52 minutos.

Como se não bastasse, Paiva Dias ainda exibiu cartolina amarela a Sadique e a mais um colega seu (Maninho), que protestou veemente a injustiça do juiz da partida e que acabou sufocando a esperança dos visitantes de sair pelo menos com um ponto.

O Maxaquene até mereceu a vitória, pois oportunidades para tal não lhe faltaram. São vários os lances em que tanto Kito como Tony apareceram em posição privilegiada para marcar, porém, o fácil tornou-se o mais difícil, falhando mesmo na boca da baliza
.

O primeiro sinal de golo pertenceu a Emmanuel que, na sequência de um centro bem colocado de Kito, atirou forte contra o poste e, na recarga, Tony rematou por cima, à passagem do minuto 20.

Este foi o único lance clarividente que o Maxaquene registou na primeira parte, durante a qual encontrou dificuldades de traduzir na prática as suas intenções e a encontrar alguma resposta do FC Lichinga que, por seu turno, tentava impor o seu jogo e aproveitar as falhas do adversário, daí que tenha aparecido algumas vezes junto à baliza de Soarito, com destaque para o lance em que o atacante Cássimo atirou para as nuvens, dentro da grande área
.

Na segunda parte, o Maxaquene, para além da oferta do penalte, desperdiçou inúmeras chances e, neste período, o ataque estava bem reforçado com a entrada de Reginaldo, que passou a fazer a dupla com Tony, ocupando o lugar de Liberty, que recuou para apoiar o meio-campo. Foi uma boa lição de Arnaldo Salvado, pois o caudal ofensivo “tricolor” aumentou. Mas, infelizmente, as falhas prevaleceram no capítulo da concretização e o Maxaquene acabou não conseguindo justificar a vitória que, para nós, foi à custa do juiz da partida.


FICHA TÉCNICA


Árbitro: Paiva Dias, auxiliado por Ivo Francisco e João Abreu. Quarto árbitro: Virgílio Absalão.

MAXAQUENE – Soarito; Vasil, Campira, Gabito e Eusébio; Kito, Macamito, Alvarito (Clarêncio) e Emmanuel (Reginaldo); Liberty e Tony.

FC Lichinga – Jorge; Alex, Sadique, Adji e Chimbeta; Maninho (Kikito), Fedo, Zé Maria (Skaba), Nando Macie (Paúnde) e Rachid; Cássimo.

Acção disciplinar: cartão amarelo para Eusébio, Macamito, Alvarito, Alex, Sadique e Maninho.

SALVADOR NHANTUMBO

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