A CASA de Moçambique em Portugal, através do seu respectivo presidente, Enoque João, anunciou segunda-feira a reedição do Troféu Mário Coluna, em Fevereiro de 2009, que se insere na homenagem ao antigo “capitão” do Benfica e da selecção portuguesa, o “Monstro Sagrado”.
Maputo, Quarta-Feira, 5 de Novembro de 2008:: Notícias
O Troféu Mário Coluna foi lançado em Setembro último, na cidade de Viseu, em Portugal, pela Casa de Moçambique em Portugal, em coordenação com a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) e compreendeu a realização de um jogo amigável entre as selecções de Sub-20 de Moçambique e de Portugal, ganho pelos portugueses.
Para além do “amigável” entre as duas selecções, a homenagem culminou com a realização de uma gala, em Paços Ferreira, em que Mário Coluna foi distinguido juntamente com outros jogadores moçambicanos que se evidenciaram nas equipas portuguesas antes e depois da Independência Nacional, casos de Benjamim Wilson, Hilário Conceição, Matateu (a título póstumo), entre outros.
Coluna ainda foi homenageado pelo Benfica no Estádio da Luz, numa cerimónia dirigida pelo presidente do clube, José Filipe Vieira.
Falando na ocasião, o vice-presidente da FMF, Mário Samboco, frisou que a vida de um jogador não se resume apenas no campo e que a homenagem a Mário Coluna é uma retrospectiva que está a fazer-se em reconhecimento dos seus feitos como jogador e como moçambicano que se destacou além-fronteiras.
HOMEM DE CINCO SELECÇÕES
Mário Coluna revisitou a sua história e, chamado a intervir no acto do anúncio da reedição do torneio em sua homenagem, salientou que um dos aspectos marcantes da sua carreira futebolística tem a ver com o facto de ter sido um atleta disciplinado e dedicado, merecendo confiança em várias selecções que existiam em Portugal, nomeadamente selecção A e B, do resto de Europa, de Lisboa/Porto e militar, razão pela qual acabou sendo baptizado com a designação “homem das cinco selecções”.
O “Monstro Sagrado” destacou ainda o facto ter ficado na reserva desde que chegou a Portugal, em 1954, quando tinha 19 anos.
“Mal cheguei ao Benfica fui titular na equipa e depois na selecção portuguesa. Nunca fiquei na reserva”, sublinhou, ajuntando que a homenagem que lhe é dirigida não se restringe a si só, mas sim a outros jogadores moçambicanos que brilharam em Portugal.
Mário Coluna sublinhou que foi a carreira brilhante a nível internacional que possibilitou a sua admissão a membro da CAF e da FIFA, quando se tornou presidente da Federação Moçambicana de Futebol, há sensivelmente nove anos.
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