segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MOÇAMBOLA-2009: Fer. Beira, 1-Chingale, 0 - A passo de camaleão

FOI uma partida disputada a passo de camaleão, que mais parecia uma sessão de treino do que propriamente um desafio de futebol.

Akil Marcelino treinador do Ferroviário da Beira
Foi mesmo um jogo lento, morno... enfim, morto, sem jogadas de levantar a assistência, tirando, é claro, o lance do golo. E o golo, este, num jogo disputado lentamente, só poderia acontecer de grande penalidade. Óscar, aos 70 minutos, marcou o tento solitário, de penalte, atirando a bola para um lado e o guarda-redes Jaime para o outro.

Foi uma grande penalidade bem assinalada, apesar das críticas dos elementos do Chingale, durante e depois do jogo, sobre o referido lance. O técnico Sérgio Faife e o capitão Mavó falaram após a partida em “vergonha”, referindo-se ao penalte que, para eles, teria sido forçado pelo árbitro.

Mas foi mesmo castigo máximo. Henrique isolou Tony e este, quando tentava posicionar-se para o remate, é tocado no pé de apoio por Manuelito, caindo em seguida, tendo o árbitro António Hamilton assinalado a falta. Até ficou por mostrar o cartão amarelo ao defesa do Chingale. Aliás, na óptica do técnico “locomotiva”, Akil Marcelino, até deveria ser exibido o vermelho a Manuelito, porque Tony estava só com o guarda-redes pela frente.

Emoção no jogo só existiu no primeiro quarto de hora, quando o Ferroviário tentou mostrar “algum futebol”, altura em que o árbitro não assinalou, aos seis minutos, um penalte limpo, quando um defesa cortou a jogada com a mão. O juiz ainda olhou para o seus assistente, mas era ele quem estava perto da jogada e deveria ver, pois o lance se deu do lado em que o árbitro faz a diagonal nas suas movimentações, estando o auxiliar bem distante.

Depois, ainda houve um cruzamento de Nando, aos 30 minutos, que Henrique, com tudo para marcar, cabeceou por cima, e uns cinco minutos de ascendência do Chingale, na segunda parte, por ironia do destino, mesmo a anteceder o golo do Ferroviário. Só isso!

O árbitro António Hamilton, de Manica, teve uma tarde para esquecer. Para além do penalte não assinalado na primeira parte, esteve muito mal tanto no capítulo disciplinar como no técnico. Muitas faltas foram mal marcadas e outras ficaram por marcar, acontecendo o mesmo na exibição das cartolinas. Não era mesmo o seu dia.

FICHA TÉCNICA

Árbitro: António Hamilton, auxiliado por Edmundo Macamo e Aly Rajá Omar. Quarto árbitro: José Mandava,

FER. BEIRA – Rockssana; Nando, Burra, Ninito e Mano; Timbe (Degato), Nené (Mupoga), Óscar e Betinho; Tony e Henrique (Cândido),

CHINGALE – Jaime; Fred, Elísio, Manuelito e Tony; Diogo, Zé, Hagy e Hilário (Manecas); Magaba e Mavó.

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Timbe, Betinho, Tony, Fred e Hilário.

AMAD SADIQUE (colaboração)

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