terça-feira, 5 de maio de 2009

Crise não afecta preparativos do mundial 2010

Evento que pela 1ª vez será disputado em África.

Logotipo do Mundial 2010
A Comissão Organizadora do Mundial de 2010, na África do Sul, garante que a actual crise financeira mundial que está assolar vários países não afectará os preparativos com vista ao sucesso do histórico evento que, pela primeira vez, será disputado no continente africano.

A crise financeira global está a reduzir substancialmente o nível de investimento estrangeiro destinado aos programas de crescimento nos países em desenvolvimento, com maior incidência nos Estados do continente africano.

No entanto, Danny Jordaan, director-geral da Comissão Organizadora do Mundial 2010, afirma que os efeitos da actual crise não afectarão, de forma nenhuma, o vasto e ambicioso programa que a África do Sul está a desenvolver, com vista a acolher o Campeonato do Mundo de Futebol.

A África do Sul investiu até a agora três biliões de dólares norte-americanos na construção e melhoramento de várias infra-estruturas de importância angular, entre elas majestosos estádios, estradas, meios de transporte, que vão desempenhar um papel fundamental durante a copa.

O investimento necessário para a finalização das obras, que se encontram na fase terminal, está garantido não havendo, desta feita, qualquer risco capaz de comprometer todo o trabalho iniciado há anos, com vista ao sucesso da prova.

'Foi uma caminhada longa e difícil, mas estamos a superar garantindo os financiamentos para a construção, reconstrução e expansão dos estádios, selecção das cidades, transporte, segurança. Agora estamos a tratar da questão dos bilhetes', disse Jordaan, frisando que já não resta nenhuma dúvida quanto a realização do mundial na África do Sul.

'Nunca na história os sul-africanos voltarão a ter uma oportunidade de mostrar ao mundo o que valem de verdade. Não tenho dúvida que todos os meus conterrâneos saberão acolher esta ocasião impar e fazer do campeonato momento inesquecível', sublinhou Jordaan.

Para o efeito, um total de 10 de estádios altamente modernos, entre novos e adaptados a nova realidade, cuja capacidade varia entre 42 e 97 mil espectadores, estão distribuídos por igual número de cidades em mesma proporção de cidades de províncias daquele país.

Jordaan, entre Tutu e Mandela
Trata-se, na verdade, de belas e autênticas obras de engenharia moderna, construídas e remodeladas em estreita observância dos padrões internacionais recomendados para o efeito. Este grande evento, disputado desde 1930, só pode ser acolhido por países em perfeitas condições de responder a normas estabelecidas.

Os estádios passarão, na sua maioria, a gestão privada após a realização do mundial, com vista a garantir a sua sustentabilidade. Contudo, é intenção das autoridades sul-africanas da modalidade tornar mais competitiva e melhor aproveitar as infra-estruturas edificadas com vista ao mundial.

Dado o valor histórico de que se reveste o mundial, tanto para a África do Sul quanto para a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Jordaan disse ser um sentimento comum no continente que as selecções africanas que garantirem a qualificação passem para a fase seguinte.

Este sentimento foi complementado pelo Secretário Geral da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Jérôme Valcke, que espera ver as selecções africanas caminharem para as fases decisivas da Copa (os oitavos de final, meias-finais até mesmo final), para que esta edição seja verdadeiramente africana.

'Será muito interessante ver as selecções africanas que garantirem a qualificação para o mundial chegarem as fases mais avançadas, para que este campeonato seja de verdade um mundial, ao invés de ser um torneio internacional a realizar-se em Africa', disse Valcke.

O Mundial de 2010 será antecedido pela VI Taça das Confederações da FIFA, que inicia em Junho próximo na África do Sul, e servirá de diagnóstico avaliativo do nível de prontidão dos preparativos rumo ao mundial.

AIM

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