terça-feira, 28 de julho de 2009

Fórmula 1: Filipe Massa em coma

FELIPE Massa pregou um valente susto a quem assistia à qualificação do GP da Hungria. Na segunda sessão, e num dos sectores mais rápidos de Hungaroring, o piloto brasileiro da Ferrari perdeu o controlo do seu monolugar, chocando contra a barreira de protecção a 193 km/hora.

O brasileiro Felipe Massa (Ferrari)
O acidente foi provocado por uma peça do Brawn-Mercedes de Rubens Barrichello, que se soltou e atingiu Massa na zona frontal do capacete. Inconsciente, o piloto foi evacuado de helicóptero, tendo recuperado os sentidos antes de entrar no hospital AEK de Budapeste.

O diagnóstico revelou comossão cerebral e uma lesão craniana, pelo que os médicos optaram por submeter o piloto a uma intervenção cirúrgica à arcada supraciliar do olho esquerdo. Felipe Massa passou o dia nos cuidados intensivos, está em coma induzido e com prognóstico algo preocupante.

A corrida vai realizar-se sem Felipe Massa e com Fernando Alonso (Renault) na frente. O espanhol conseguiu a 18ª pole-position da sua carreira - primeira em 2009 - e logo na pista que lhe deu o primeiro triunfo na F.1, em Agosto de 2003, quando tinha 22 anos. As performances dos Red Bull de Vettel e Webber têm batido a concorrência e por isso mesmo Alonso já avisou, como que dando a entender que partirá com pouco combustível: "Creio que perderei posições na corrida".

Na Hungria, Jaime Alguersuari (Toro Rosso-Ferrari) começou por despertar atenções, mas o acidente de Massa e a pole de Alonso ofuscaram o mais jovem piloto da história do paddock. No domingo, Alguersuari ficou parado depois de a sua equipa ter desligado o contacto eléctrico com o motor.

BARRICHELLO "NÃO EXISTEM COINCIDÊNCIAS"

O momento do acidente reavivou a memória do trágico dia que vitimou Ayrton Senna, em 1994, e a agitação em torno de Massa foi maior quando ainda há poucos dias o automobilismo perdeu em pista Henry Surtees, de apenas 18 anos, filho de um ex-campeão de F.1. Rubens Barrichello foi o primeiro a lembrá-lo logo depois de ter visitado Massa no hospital: "Não acredito em coincidências.

As coisas acontecem por um motivo e acho que este foi o segundo aviso. Imola foi um aviso. Os carros evoluíram. Infelizmente, perdemos um rapaz, o que é muito triste e não é uma coincidência que isto tenha acontecido agora. Na reunião de pilotos já tínhamos discutido o assunto. Temos de aprender com isto e melhorar as coisas". "Fui visitá-lo , porque já passei pelo mesmo e queria dar-lhe apoio caso a família ainda não tivesse chegado”.

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