quinta-feira, 16 de julho de 2009

TAÇA DE MOÇAMBIQUE - Fer. Maputo, 1–Liga Muçulmana, 0: Whisky muito forte para “muçulmanos”

ADIVINHAVA-SE um despique muito disputado de parte a parte, atendendo que a conquista da Taça de Moçambique é o segundo objectivo imediato das duas equipas para esta época.

apenas o Ferroviário pode continuar a alimentar esse sonho de jogar no moçambola
E, doravante, apenas o Ferroviário pode continuar a alimentar esse sonho. A partida foi mesmo muito disputada, com alguns temperos de violência por parte dos comandados do Prof. Neca, sobretudo quando se viram em desvantagem após o golo de Mendes, aos 32 minutos.

Antes desse tento solitário, a bola quase que residiu no miolo do terreno, bastante povoado e com os jogadores desequilibradores dos dois lados presos aos esquemas tácticos dos técnicos. Whisky e Mendes, por parte dos “locomotivas”, Vling e Carlitos, na equipa adversária, ainda se soltaram um pouco e foram nesses momentos que lograram criar jogadas de perigo.

Como aconteceu aos 30 minutos, numa desmarcação de Jerry, à direita, que centra para a zona perigosa onde surge Luís a rematar certeiro. Mas, antes do esférico esticar as redes, Mendes, em posição irregular, interferiu na jogada, tendo a equipa de arbitragem invalidado o lance, em nossa opinião de forma justa.

No regresso dos balneários, Prof. Neca lançou o zimbabweano Massitara para o lugar de Edgar, para minutos depois trocar Paíto por Maurício, numa clara aposta pelo golo da igualdade.

Com a Liga a habitar praticamente no meio-campo “locomotiva”, porém sem criar perigo, o Ferroviário apostou no seu contra-ataque letal e só não ampliou o marcador porque Jerry, Luís e Maurício foram infelizes.

Chiquinho Conde somou assim a sua terceira vitória consecutiva no comando do Ferroviário, numa altura que a aposta em Whisky para o meio-campo revelou-se acertada para os novos tempos da “locomotiva”. De resto, o “banqueiro” na era de Paulo Camargo encheu o campo ontem e foi a melhor unidade num desafio em que Mendes intrometeu-se nas contas dos próximos onze iniciais de Chiquinho Conde.

A equipa de arbitragem, chefiada por Ainad Ussene, teve uma tarde difícil. Foi permanentemente pressionada pela massa associativa “locomotiva”, sobretudo quando poupava alguns cartões amarelos a jogadores da Liga em lances que o justificavam. Todavia, não influenciou no resultado final e está de parabéns pela coragem no lance do golo invalidado ao Ferroviário.

FICHA TÉCNICA

Árbitro: Ainad Ussene, auxiliado por Adão Chitache e Arsénio Marrengula. Quarto árbitro. Samuel Chirindza

FERROVIÁRIO: Mohamed, Butana, Jotamo, Tony, Fredy, Momed Hagy, Danito, Mendes (Tchaka) , Luís (Maurício) e Jerry (Manhiça)

LIGA MUÇULMANA: Binó, Fanuel, Marito, Gabito, Chico, Paíto (Maurício), Carlitos, Vling, Micas, Chiwepo e Edgar (Massitara).

DISCIPLINA: Cartões amarelos para Whisky, Jotamo, Chico e Chiwepo

Custódio Mugabe

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