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quarta-feira, 7 de julho de 2010
Não devemos trabalhar para derrotas - Aires Ali, dirigindo-se às federações nacionais, a-propósito dos Jogos Africanos
NUM dia verdadeiramente desportivo na actividade do Primeiro-Ministro, que começou no período da manhã com a visita a quatro instalações previstas para acolher os mega eventos previstos para este ano e para o próximo, Aires Ali terminou segunda-feira com um encontro bastante concorrido com os presidentes e/ou representantes das federações desportivas nacionais tendo como finalidade analisar o processo de preparação das nossas selecções para os Jogos da CPLP, mas com acento tónico para os Jogos Africanos, cuja dimensão é extraordinariamente transcendental, daí a necessidade de, por um lado, uma organização bastante cuidada e acima de tudo profissional, e, por outro, tudo fazermos para que, na qualidade de anfitriões, conquistarmos maior número de medalhas.
“Ninguém deve trabalhar para a derrota. Ninguém deve trabalhar para o quarto ou quinto lugar. Temos que trabalhar para o primeiro lugar, para ganharmos medalhas. Não podemos organizar os Jogos para os outros virem fazer a festa em nossa casa. Temos que ser anfitriões e também ganhadores”, acentuou o Primeiro-Ministro, para quem o Ministério da Juventude e Desportos, o Comité Organizador dos Jogos Africanos e as federações devem, paralelamente à organização do certame e preparação das selecções, fazer um movimento muito grande à volta dos Jogos Africanos.
Na óptica de Aires Ali, os Jogos Africanos devem imediatamente sair do gabinete e se espalharem por Maputo, entanto que cidade que acolherá o evento, assim como por todo o país, de modo a que Moçambique inteiro saiba que em 2011 teremos esta olimpíada continental. “Temos que mobilizar os adeptos para que desde já se preparem para apoiar os nossos atletas. Temos que criar algo que sirva de elo de aglutinação entre o público e os Jogos, assim como com os atletas”, observou aquele governante, fazendo analogia ao “sui generis” vuvuzela, marca indelével do actual Campeonato Mundial de Futebol e cuja repercussão e simpatia extravasou as fronteiras da África do Sul, sendo hoje um instrumento admirado em todo o planeta.
Perante uma plateia em que se achavam representantes das mais diversificadas modalidades desportivas, do futebol ao halterofilismo e xadrez, do básquete ao triatlo, do atletismo ao tiro, do vólei ao tae kwon do, do ténis à vela e canoagem, da natação ao judo, do boxe ao karate-do, da ginástica ao desporto para pessoa portadora de deficiência, o Primeiro-Ministro disse ser importante que o país faça dos Jogos Africanos um grande momento de patriotismo e de exaltação da moçambicanidade.
“Os Jogos Africanos devem ser um evento que dignifique Moçambique, África e o mundo. Temos que mostrar que somos capazes de organizar com sucesso um evento desta magnitude. Já provámos em diversas ocasiões, somos referência no continente e no mundo, pelo que não devemos falhar. Este é um compromisso de todo um país e que não deve falhar”, vincou Aires Ali, tendo na ocasião manifestado o seu desejo de se encontrar regularmente com as federações e, inclusive, acompanhar os treinos das selecções.
Aliás, porque, grosso modo, as federações se queixaram da falta de dinheiro para implementarem cabalmente os seus planos de preparação, em virtude de ainda não terem recebido a comparticipação do Governo executada através do Fundo de Promoção Desportiva, o Primeiro-Ministro chamou à atenção para a necessidade de se acelerar este processo de forma pragmática, sem burocratismos, sob pena de se arrastar ainda mais os atrasos que se verificam.
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